Em 2018, a ucraniana Daria Bilodid se tornou a mais jovem campeã mundial de judô na história do esporte, ganhando uma medalha de ouro com apenas 17 anos. Após sua segunda vitória no campeonato mundial em Tóquio, Daria se tornou um novo ícone nas artes marciais, incorporando a beleza e feminilidade do judô feminino. Os fãs da modalidade deram a ela o apelido apropriado de "Rainha do Judô".
Daria é treinada por seus pais: pai Gennady Bilodid e mãe Svetlana Kuznetsova. Sua mãe é a segunda em todas as largadas de Daria e lhe dá um beijo de boa sorte antes da luta. O pai de Daria é bicampeão europeu e medalhista mundial, então não é surpresa que Daria tenha decidido ligar sua vida ao judô desde a infância, inspirada no exemplo de seu pai (embora seus pais fossem contra no início).
Bilodid começou a mostrar bons resultados desde o início, competindo com sucesso entre os juniores menores de 21 já aos 15. Em 2015 Daria venceu os Campeonatos do Mundo e da Europa, e em 2017 passou para os adultos, vencendo o Campeonato da Europa em Varsóvia.
Em 2020, Daria se tornou uma das atletas com mais títulos em sua classe de peso: 2 medalhas de ouro mundiais e europeias e várias vitórias em torneios Grand Prix e Grand Slam.
O arsenal da bicampeã mundial mais jovem
A principal vantagem de Daria sobre suas rivais é a antropometria: seu peso é de apenas 48 kg, enquanto sua altura é de 172 centímetros. Para efeito de comparação, a altura da japonesa Funa Tonaki, com quem a ucraniana lutou na final do Campeonato Mundial em Baku, foi de 148 centímetros. Braços e pernas longos são as principais ferramentas na escolha das ações táticas de um atleta.
Esses benefícios vão ajudar a jovem judoca ucraniana em sua carreira e torná-la favorita em quase todas as lutas.
No judô, assim como no futebol, basquete ou boxe, há uma variedade de táticas que combinam mais uns com os outros, graças aos dados antropológicos. No futebol, por exemplo, um jogador de 160 centímetros não pode jogar como zagueiro, enquanto no judô, um atleta de pernas curtas não pode dar um chute, parte do qual é um movimento de chute. Todos têm que usar seus pontos fortes e técnicas.
Em primeiro lugar, é importante notar que Daria é canhota. Os oponentes estão sempre desafiando os lutadores com a postura oposta. Devido à sua altura, a judoca ucraniana costuma se segurar por cima da faixa. Esses agarrões são bons porque colocam pressão nos ombros e nas costas do oponente e geralmente o fazem se curvar. A judoca ucraniana é uma especialista em solo e apelidada de Anaconda.
Não adianta falar sobre backhands ou underhooks porque eles são os elementos fundamentais de todas as técnicas. O queixo para cima é uma ferramenta para desequilibrar o oponente, enquanto o esticador é um movimento essencial para o arremesso. É com a dobra que quase todos os movimentos do judô começam. Mas a principal vantagem de Bilodid é que ela pode usar esses elementos sob a perna de apoio de seus oponentes. Tudo graças à sua postura canhota.
Todo o arsenal técnico do judô é dividido em vários grupos: técnicas de arremesso e técnicas de contenção. As técnicas de arremesso podem ser divididas em arremessos feitos em pé e arremessos feitos em uma posição de queda usando principalmente as mãos, pernas ou quadril e cintura. Daria prefere usar técnicas de arremesso baseadas no footwork. Mas não exclui o trabalho obrigatório das mãos e do corpo.
Vida fora do tatami
Fora dos esportes, Daria é uma menina modesta e sorridente. O sonho de Bilodid ao terminar a carreira é abrir uma confeitaria. Daria adora doces, mas só pode comprá-los fora da temporada porque ela tem que fazer dieta e manter o peso baixo mesmo entre as competições.
A judoca ucraniana é ativa no Instagram, postando fotos não só do treinamento, mas também da vida, onde frequentemente participa de vários photoshoots de moda para várias marcas e Bilodid é embaixadora da Mitsubishi.
Por: JudoInside
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