Benjamin Waterhouse (de azul., no chão) durante disputa dos Jogos
Benjamin Waterhouse cuidava de videiras quando um e-mail chegou a seu computador. Era uma mensagem de seu treinador, Patrick Mahon. A mensagem era importante: informava que ele havia sido selecionado para representar a Samoa Americana na competição de judô dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O notebook, porém, estava quebrado. Coube ao seu irmão mais velho informa-lo do que havia acontecido. Benjamin, então, teria que deixar mais cedo o trabalho sazonal na Thornhill Hotirculture, empresa que contrata força de trabalho temporária para atuar nas viniculturas e horticulturas na região de Hawke's Bay, na Nova Zelândia.
"Meus amigos me falaram e eu fui. É um trabalho bem duro fisicamente. São oito horas por dia. Foram três meses fazendo isso, acho", declarou ao ESPN.com.br, logo após perder na estreia da categoria leve para Chamara Repiyallage, do Sri Lanka, na última segunda-feira.
Waterhouse começou a praticar judô aos 12 anos, principalmente por influência de seu irmão mais velho , Trivolta, que representou Samoa nos Jogos Olímpicos de 200, em Sydney.
"Meu irmão praticava. Eu queria ser como ele... Meu irmão mais velho é um modelo para mim", afirmou.
O caminho no judô teria um final feliz em Londres-2012, mas uma fato esperado acabou com sua competição. Em um torneio em Paris, ele enfrentava um chinês quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. "Foi algo bem difícil", resumiu, enquanto levantava a calça e mostrava uma proteção no joelho.
Difícil também foi a luta perdida no Rio de Janeiro, que o mandou para casa bem mais cedo que o esperado - seu objetivo era chegar pelo menos até as quartas de final.
Sem competições, resta a ele esperar. "Ficarei no Rio até todos os outros atletas participarem", disse.
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