Em 2013, a CBJ manteve o planejamento de realizar Campeonatos Brasileiros em seis diferentes classes e de levar esses torneios para diversos Estados e regiões. Com isso, o Sub 13 foi realizado na Paraíba, o Sub 15 em Rondônia, o Sub 18 na Bahia, o Sub 21 no Ceará, o Sub 23 no Rio de Janeiro – vale lembrar que a previsão inicial era que Campo Grande sediasse o evento, mas houve uma mudança para que o Sub 23 servisse de evento-teste para o Mundial – e o Sênior no Amazonas. Dentre os Estados que receberam os eventos, três – Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro – conseguiram, pelo menos, um ouro em alguma das edições. Ceará e Amazonas viram atletas formados em academias do Estado chegar às seleções de base, caso da cearense Érika Ferreira e das amazonenses Rita Reis e Rafaela Barbosa. E isso mostra que a política de descentralização tem dado resultados.
“A política da CBJ se baseia em dois pontos principais: o fornecimento de estrutura para os Estados através do Programa de Auxílio às Federações e a organização de campeonatos fora do eixo sul-sudeste, o que possibilita que mais atletas diferentes regiões disputem os maiores torneios brasileiros e evoluam no esporte, não apenas os seis que recebem passagens aéreas da Confederação. Além disso, outros campeonatos de nível nacional foram disputados no sul e no sudeste como o Troféu Brasil em Belo Horizonte, o Grand Prix Interclubes Masculino em São Paulo e o Grand Prix Interclubes Masculino em Porto Alegre”, disse o presidente Paulo Wanderley Teixeira.
Como os dados computam apenas os pódios nos seis Campeonatos Brasileiros, temos um total de 96 ouros, 96 pratas e 192 bronzes, que totalizam as 384 medalhas da temporada, para serem analisados. O Estado de São Paulo, a mais tradicional escola brasileira, conquistou o primeiro lugar no quadro geral com 72 medalhas, uma média de 12 por competição. Os paulistas disputaram 55% de todas as finais e, por isso, são os que mais conquistaram ouros, somando 40% do total.
O segundo colocado em número de ouros é o Rio de Janeiro, com 17% do total. Em número total de medalhas, os cariocas tiveram uma média de oito por competição. Com sete insígnias douradas e totalizando 24 medalhas em 2013, Minas Gerais aparece em terceiro lugar. Com a média de quatro medalhas por competição, os mineiros ainda conquistaram mais seis pratas e 11 bronzes.
Santa Catarina também conquistou sete ouros e superou outro Estado de enorme tradição, o Rio Grande do Sul nos tatames, ficando em quarto lugar nesse quesito. Os catarinenses somaram 26 medalhas (média de 4,3 por competição). O principal destaque vai para os atletas da base do Estado, já que disputaram duas finais no Sub 13, duas no Sub 15 e uma no Sub 18, somando três ouros e duas pratas. Uma amostra de que Santa Catarina deve evoluir no ranking nacional num futuro não muito distante.
Logo depois vem o Rio Grande do Sul, que obteve um número bastante expressivo de medalhas, 34 ao todo, porém apenas seis de ouro. O quadro da base dos gaúchos é bastante favorável e mostra nove finais que resultaram em cinco medalhas de ouro e quatro de prata.
Em sexto lugar, o Mato Grosso do Sul mostra que já está inserido na elite do judô. Foram cinco medalhas de ouro, sete de prata e 16 de bronze em 2013 e um total de 28 medalhas. Os sul-mato-grossenses atingiram a média incrível de 4,6 medalhas por competição, superior a dos mineiros e catarinenses, por exemplo. No lado prático, vemos cinco atletas do Mato Grosso do Sul na área de investimento direto das equipes de base: Larissa Farias (44kg), Layana Colman (52kg), medalhista de bronze no último Mundial Sub 18, e Mariana Veiga (70kg) no Junior, e, no sub 18, Fauze Alle (60kg) e Ana Paula Morais (52kg).
"A federação completou 33 anos de existência e, hoje, temos professores formados para cuidar dos atletas; estamos construindo um CT integrado que vai atender muitos atletas mas, especialmente, aqueles que chegam do interior do estado buscando um espaço para aprimorarem seu trabalho", contou Marcos Cristaldo, presidente da Federação do Mato Grosso do Sul.
Com cinco ouros e somando 20 medalhas, o Paraná é o sétimo colocado, com uma média anual de 3,3 medalhas por competição. Os paranaenses só não subiram ao pódio nos Brasileiros Sub 21, o que mostra um desempenho bastante homogêneo na base e na elite. Em oitavo aparece Pernambuco que somou 16 medalhas, sendo duas de ouro. Os pernambucanos são seguidos de perto pelo Espírito Santo, com 15 medalhas e as mesmas duas de ouro, na nona colocação. O Piauí foi o décimo com duas de ouro e nove medalhas no total.
Os demais sete Estados faturaram uma medalha de ouro em algum Brasileiro e a diferença passou a ser no número de pratas e bronzes. O décimo-primeiro foi Goiás, com 14 medalhas; seguido por Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Maranhão e Mato Grosso. Nas Federações que não conquistaram ouro, destaques para Pará, Amapá, Amazonas, Rondônia e Distrito Federal que chegaram ao pódio com alguma frequência.
O planejamento para 2014 segue a mesma lógica dos últimos anos. O Campeonato Brasileiro Sub 21 será realizado em Campo Grande (17 e 18 de maio), o Sub 18 em São Luís (31 de maio e 1º de abril), o Sub 15 em Macapá (9 e 10 de agosto), o Sub 13 em João Pessoa (23 e 24 de agosto), o Sub 23 em Natal (20 e 21 de setembro) e o Sênior em Fortaleza (18 e 19 de outubro). Vale lembrar que as candidaturas para sediar algum evento são abertas todos os anos pela CBJ para todas as Federações, que devem cumprir garantias mínimas para a realização.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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