Só dois judocas da equipe Oi/Sogipa estão invictos em 2012. Mayra, Aguiar, 20 anos, vice-campeã mundial, campeã pan-americana, medalhista em Grand Slams e Copas do Mundo e uma das representantes sogipanas nos Jogos Olímpicos de Londres é uma delas. O outro – menos “conhecido” – é Gabriel Barros.
O judoca de 14 anos luta desde os quatro. Fã do esporte, não se interessa pelas modalidades comuns para idade: futebol, basquete, vôlei etc. Em 2012, ele venceu tudo o que disputou. No último final de semana, 14 e 15 de julho, Gabriel conquistou mais uma medalha para a sua coleção, foi campeão da Copa Minas. De quebra, continuou invicto no ano e líder do ranking da Federação Gaúcha de Judô na categoria sub-13.
Tudo isto já faz Gabriel ser diferenciado. Não bastasse as dificuldades que os adversários lhe impõe durante as lutas, ele conta com um obstáculo a mais para vencer os seus embates. O jovem atleta tem miopia, astigmatismo e nistagmo (oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos). Nada que o desanime, afinal, ele sonha em, um dia, ser medalha de ouro em uma edição das Olimpíadas. Pior para os adversários.
Como foi que tu começou no judô?
Um professor apresentou o esporte no meu colégio. Eu tinha quatro anos. Me interessei e fui atrás. Desde lá, nunca larguei o judô.
O que mais te atrai nesse esporte? Por que não o futebol, basquete, vôlei, que é o que o pessoal da tua idade faz?
Eu não gosto de futebol. Os outros esportes comuns, que o pessoal da minha idade pratica, não me atraem. Eu gosto de lutar, de vencer. Os meus colegas e amigos dizem que eu sou agressivo por fazer judô. Já trouxe alguns aqui para a Sogipa, para eles verem como é, e tirarem essa ideia errada.
Quem é o teu ídolo no judô?
Tenho dois, o Flávio Canto e o João Derly. Mas se fosse para escolher um só seria o Canto. Gosto muito mais do estilo de luta dele.
Qual é a importância de ter o João Derly, teu ídolo, perto de ti, aqui na Sogipa?
É legal. Eu treino com ele, ajudo e faço brincadeiras. É, no mínimo, diferente tu ver um ídolo teu compartilhando o mesmo espaço que tu.
Tu luta de óculos? Qual é a maior dificuldade de ter esse problema de visão?
Não. Eu não enxergo nada que fique a mais de dois metros de mim. No judô, não é um problema, afinal, o adversário sempre fica bem próximo a ti. A única coisa ruim é o placar, eu acabo não enxergando-o. Mas aí, quando eu estou perdendo, o meu técnico (Daniel Pires) ou a minha mãe (Tânia Barros) gritam o placar para mim. Se eles não gritam, sei que estou ganhando. (risos)
Tu te sente em desvantagem quando luta com alguém que não usa óculos?
Não. Não acho que isso influencie. Luto como qualquer outro.
Como está sendo o teu desempenho em 2012? É verdade que venceu todas as lutas que disputou?
Sim, é (risos).
Sabia que a única judoca da Sogipa que ainda não perdeu esse ano foi a Mayra Aguiar?
Não, não sabia. É uma coincidência legal, né? Ela ta indo para as Olimpíadas... (risos) Tomara que um dia seja eu.
Vai acompanhar o desempenho dos judocas nas Olimpíadas? Se tu pudesse dizer algo pra eles o que tu diria?
Claro que vou. Acompanho eles todos os dias, como não vou acompanhar nas Olimpíadas? Se eu tivesse que dizer algo, diria para eles fazerem o que fazem todos os dias ali nos treinos. Lutar forte e vencer.
Sonha em seguir a carreira profissional de atleta?
Quero seguir a carreira de atleta sim. Acho que posso. Sonho em, um dia ser medalha de ouro em uma edição dos Jogos Olímpicos.
Por: Raphael Gomes - SOGIPA
Foto: Raphael Gomes
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