
Com cara de lutador de MMA, Tritton (direita) faz marra até no pódio.
A torcida mexicana tem sido exemplar na relação com os atletas estrangeiros, aplaudindo-os mesmo quando derrotam os esportistas da casa. Contudo, um judoca vai ser do México com mais inimigos do que amigos. O canadense Nicholas Tritton, medalha de bronze na categoria até 73 kg, mandou a torcida se calar após derrotar o mexicano Lee Jonathan Mata e ganhou a maior vaia dos Jogos Pan-Americanos até agora.
Após derrotar o rival na disputa pelo bronze, ele levou o dedo à boca em um gesto para os torcedores ficarem quietos. O ginásio quase veio abaixo e ele levou uma chamada do coordenador da competição, mas justificou seu ato comparando o judô ao futebol.
- A torcida vibra pelos atletas da casa, mas eles tentam fazer os juízes mudarem as indicações gritando mais alto na hora das arbitragens. É normal que eles façam isso, mas também é normal comemorar. Vocês vêm do futebol e sabem como que é: celebração, provocação. É normal no esporte.
O problema é que isso não é normal no judô, que é pautado por uma filosofia de respeito aos árbitros, aos adversários e ao público. Provocador, Tritton ainda afirmou que gostou de ser vaiado.
- É ótimo, eu adoro isso. Você quer ouvir uma torcida dessa te vaiando e torcendo contra você. Eu amo quando isso acontece. Eles não vão gostar de mim por aqui, mas eu não me importo, eu até gosto.
Tritton perdeu na semifinal para o brasileiro Bruno Mendonça, que se tornou o eventual campeão da categoria.
Por: R7.com
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