quinta-feira, 14 de julho de 2022

Encontro de Kôdanshas promovido pela CBJ ganha chancela pan-americana e acontecerá em agosto, em Joinville (SC)


O Encontro Nacional de Kôdanshas promovido pela Confederação Brasileira de Judô desde 2017 chega, em 2022, à sua 5ª edição com uma grande novidade. Ele passará a ser um encontro pan-americano, recebendo os grandes mestres do judô brasileiro ao lado de kôdanshas de outros países do continente americano. Após dois anos de pandemia de covid-19, o evento terá seu retorno presencial na cidade de Joinville, em Santa Catarina, e abrirá suas portas para toda a comunidade judoca continental.

“A CBJ vem organizando esse evento ano após ano e, nesta ocasião, abre os tatames para toda a comunidade pan-americana de judô. Por isso, agradeço profundamente a toda a equipe da CBJ, em especial ao seu presidente, mestre Silvio Acácio. Vamos todos nos encontrar para encontrar o melhor caminho para o Judô”, convida o presidente da CPJ, Carlos Zegarra.  

A parceria da CBJ com a Confederação Pan-Americana de Judô indica uma mudança de patamar com o sucesso do evento, criado na gestão do presidente Silvio Acácio Borges, que vem buscando reconhecer e valorizar cada dia mais as contribuições dos professores kôdanshas ao judô nacional. 

“Depois de um período difícil imposto pela pandemia, será uma grande alegria reencontrar com os amigos judocas que são grandes referências no nosso esporte no país e fazem parte da bela história do Judô Brasileiro. Chegou a hora de compartilhar experiências, conhecimentos e continuar contribuindo para o desenvolvimento do Judô” disse Silvio Acácio Borges, Presidente da Confederação Brasileira de Judô. 

PROGRAMAÇÃO

O primeiro dia de programação oficial está recheado de palestras, homenagens e dinâmicas em grupo a partir das 9h. Além disso, no segundo será realizado o Campeonato Brasileiro de Kata e a foto oficial do encontro.

O evento contará com as palestras “Desenvolvimento Esportivo das Equipes de Transição da CBJ: Uma Proposta Metodológica”, com o Prof. Marcelo Theotonio; “Judô nas Escolas: Quebrando Paradigmas”, com o Prof. Saimon Magalhães; e “Kata: A Evolução das Competições”, com o Prof. Rioiti Uchida. 

Ações e programas ministrados e promovidos pela Confederação Brasileira de Judô também serão abordados. O Prof. Robnelson Ferreira apresentará palestra sobre "Compliance a Governança na CBJ"; o Dr. Paulo Schmitt falará sobre o Programa de Integridade da CBJ e a Profª. Dra. Clarice Pires sobre o Programa de Formação Continuada de Treinadores e Treinadoras.

INSCRIÇÕES

Os brasileiros deverão realizar sua inscrição através do sistema Zempo, até as 16h do dia 04 de agosto.

Já para os estrangeiros, será através do endereço de e-mail cbj@cbj.com.br. A cópia do passaporte, a graduação Kôdansha e carta da Federação do interessado autorizando a participação no evento precisarão ser anexadas.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Seleção Júnior disputará a Copa Europeia Sub-21 de Paks, na Hungria, neste final de semana


A Seleção Brasileira Júnior de judô disputará a Copa Europeia Sub-21 de Paks, na Hungria, neste final de semana. O evento distribuirá importantes pontos para o ranking nacional e mundial, sendo a última competição antes do Campeonato Mundial Júnior, que acontecerá entre os dias 10 e 14 de agosto, em Guayaquil, Equador. 

Neste ano, a equipe sub-21 participou de dois campeonatos internacionais e conquistou ótimos resultados. O primeiro, que foi o Pan-Americano de Lima, rendeu 16 medalhas individuais e o título por equipes. O segundo, que foi a Copa Europeia de Graz, na Áustria, trouxe quatro medalhas e o quarto lugar no quadro geral.

Guia de Paks

A Copa Europeia de Paks distribui 100 pontos ao grande campeão de cada categoria, 60 aos segundos colocados e 40 aos terceiros no ranking mundial sub-21.

O Brasil contará com 38 judocas na competição, sendo 21 homens e 17 mulheres.

No sábado (16), primeiro dia de competição, lutam as categorias 63kg, 70kg, 78kg e +78kg (feminino) e 60kg, 66kg e 70kg (masculino). Já no domingo, lutam 48kg, 52kg e 57kg (feminino) e 81kg, 90kg, 100kg e +100kg (masculino).

A transmissão ao vivo será pelo site da União Europeia de Judô. Em ambos os dias, as preliminares começarão às 4h (horário de Brasília). O bloco final acontecerá logo depois, mas a organização ainda não divulgou o horário. O Twitter oficial da CBJ (@JudoCBJ) fará a cobertura ao vivo das disputas por medalhas.

Confira a delegação brasileira em Paks:

COMISSÃO TÉCNICA 

Maicon Maia - Chefe de Equipe
Douglas Potrich - Técnico Seleção Transição
Marcus Agostinho - Técnico Seleção Transição
Alexandre Katsuragi - Técnico Seleção Transição
Renato Ikegaya - Técnico Procit
Silvana Nagai - Técnica Procit
Victor Penalber - Técnico Procit
Thiago Ferreira - Fisioterapeuta


SELEÇÃO FEMININA:

Alexia Nascimento (48kg/Judô Futuro/FJMS)
Rafaela Batista (48kg/Instituto Santa Cruz/FJERJ)
Mariana Nunes (48kg/Instituto Reação/FJERJ)
Giovana Shimada (52kg/Judô Clube Mogi das Cruzes/FPJ)
Bianca Reis (57kg/Academia Corpo Arte de Cultura Física/FEMEJU)
Gabriela Santos (57kg/Judô Clube Mogi das Cruzes/FPJ)
Beatriz Comanche (57kg/Umbra-Vasco/FJERJ)
Milena Demarco (57kg/ASs. Moura de Judô/FJMS)
Julia Henriques (57kg/Judô Clube Mogi das Cruzes/FPJ))
Isabella Montaldi (63kg/São João Tênis Clube/FPJ)
Sara Silva (63kg/Instituto Reação/FJERJ)
Kaillany Cardoso (63kg/Minas Tênis Clube/FMJ)
Giovana Galkowski (70kg/SESI-SP/FPJ)
Mari Silva (70kg/Club Athletico Paulistano/FPJ)
Eliza Ramos (78kg/C.R.Flamengo/FJERJ)
Beatriz Freitas (78kg/E.C.Pinheiros/FPJ)
Ana Soares (+78kg/Instituto Reação/FJERJ)
 
SELEÇÃO MASCULINA:

Ryan Conceição (60kg/Associação Nagai/FJERJ)
Henrique Silva (60kg/Grêmio Náutico União/FGJ)
Michel Augusto (60kg/SESI-SP/FPJ)
Matheus Pereira (66kg/Instituto Reação/FJERJ)
Ronald Lima (66kg/E.C.Pinheiros/FPJ)
Paulo Rodrigues (66kg/KIAI/FJERJ)
Gabriel Falcão (73kg/Instituto Reação/FJERJ)
Antônio Medeiros Neto (73kg/Instituto Reação/FJERJ)
Vinicius Ardina (73kg/SESI-SP/FPJ)
Kauan dos Santos (81kg/C.R.Flamengo/FJERJ)
Felipe Bothome (81kg/KIAI/FGJ)
Matheus Abreu (81kg/Instituto Reação/FJERJ)
Cauã Galdeano (81kg/Instituto Reação/FJERJ)
Paulo Gallotti (81kg/Academia Lugon/Femeju)
Guilherme Morais (90kg/SESI-SP/FPJ)
Renan Furtado (90kg/Instituto Reação/FJERJ)
Jesse Barbosa (90kg/Umbra-Vasco/FJERJ)
Kayo Santos (100kg/Minas Tênis Clube/FMJ)
Vitor Fagundes (+100kg/Grêmio Náutico União/FGJ)
Yuri Santos (+100kg/Umbra-Vasco/FJERJ)
Gabriel Santos (+100kg/Instituto Reação/FJERJ)

CBJ firma parceria de três anos com Curitiba e Federação Paranaense de Judô para realização de competições nacionais


A Confederação Brasileira de Judô firmou parceria junto à Prefeitura de Curitiba e à Federação Paranaense de Judô (FPRJ) para a realização de três competições nacionais de judô anualmente na capital Curitiba até 2024. O acordo foi assinado nesta quarta-feira, 13, na sede da CBJ, no Rio de Janeiro, pelo presidente da Confederação, Silvio Acácio Borges, pelo presidente da FPRJ, Helder Marcos Faggion, e pelo secretário de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba, Carlos Eduardo Pijak Jr.  

A comitiva paranaense contou ainda com a presença de Guilherme Schlichta, diretor do departamento de Incentivo ao Esporte e Promoção Social de Curitiba, e de Carlos Kussumoto, diretor técnico da FPRJ.  

“É um compromisso que vai abranger todo o ciclo com três grandes competições em Curitiba. Essa forma de garantir os eventos com antecedência em estados que têm já histórico e capacidade de realização é muito importante para garantirmos o nosso calendário de competições com tranquilidade”, afirmou o presidente da CBJ.   

Há duas semanas, a cidade recebeu o CBI - Taça Brasil Sub-21 de Judô, que levou cerca de 400 atletas ao ginásio do Clube Curitibano em dois dias de competição. O Sub-13, Sub-15 e Qualifiyng já estão previstos para acontecerem em Curitiba, em outubro deste ano. Com o novo acordo, a capital paranaense se tornará a sede única desses 3 eventos para os anos de 2023 e 2024 também. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Foto: Lara Monsores

terça-feira, 12 de julho de 2022

Educação CBJ abre processo seletivo para estágio prático no Programa de Formação Continuada de Treinadores


A Coordenação de Educação da Confederação Brasileira de Judô abriu, nesta terça-feira (12), o processo seletivo para o Estágio Prático - Módulo I, que acontecerá entre os dias 24 e 28 de julho, em Pindamonhangaba-SP. O objetivo é desenvolver de forma prática os conhecimentos, habilidades e competências abordadas no Programa de Formação Continuada de Treinadores.

O curso terá um total de 40 horas e seu conteúdo prático foi organizado em três módulos (Introdutório, Intermediário e Avançado). No primeiro, os alunos aprenderão o planejamento estratégico da ação de treinamento de campo; no segundo, farão atividades práticas contemplando observação, coparticipação e regência; e por fim, no terceiro, desenvolverão um relatório de estágio. As aulas foram planejadas por meio das trilhas de aprendizagem, dentro da plataforma de EAD da CBJ, a educacao.com.br 

Somente treinadores filiados e preparadores físicos que tenham realizado o Programa de Desenvolvimento Esportivo Nível I: Perspectiva Metodológica de Longo Prazo (Formação Continuada de Treinadores – Módulo I) poderão se inscrever. Serão ofertadas quatro vagas ao todo, sendo duas masculinas e duas femininas. O curso Formação Continuada de Treinadores - Estágio Prático será gratuito. Os selecionados precisarão somente arcar com as despesas de transporte e hospedagem. Para saber os critérios de seleção, clique aqui.

As inscrições acontecerão através do sistema Zempo, de 13 a 18 de julho. A documentação exigida será a Ficha Técnica do interessado e todos os documentos que comprovem seus itens.

A divulgação dos quatro técnicos aprovados será no dia 20 de julho.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Judô Atibaiense Participa da XVI Copa Minas e é Vice-Campeão Geral no Sub 15


Sexta-feira, 08 de julho, 39 Judocas da equipe atibaiense de judô do São João Tênis Clube/Associação Paulo Alvim de Judô Atibaia/Secretaria de Esportes da PEA, dirigida pelos treinadores Thiago Valladão, Pi, Angélica da Silva e Jair Gimenez, se deslocaram para a capital mineira de Belo Horizonte para disputar a XVI Copa Minas Tênis Clube de Judô no dia 09. 

Este que é um dos mais fortes eventos da modalidade e de grande preparação para torneios nacionais do calendário desportivo, reunindo aproximadamente 1000 atletas, nas classes Sub13, Sub15, Sub18 e Adulto, representado as principais potências da modalidade do Brasil e também de Québec - Canadá. A equipe participou nas classes Sub15 e Sub18, apesar da viagem longa e cansativa, os atibaienses fizeram mais uma grande apresentação, trazendo para casa, duas medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze, levando à equipe a segunda colocação no pódio geral na classe Sub15, e décima primeira colocação no geral de todas as classes.

Os atibaienses que subiram no pódio são: 

Sub15 Campeões Camila Oliveira e Nicola Montaldi (Colégio Atibaia). 
Vice-Campeão Cesar Godoy Terceira Colocada Julia Vieira 
Quintos Colocados Ana Carolina dos Santos, Raissa Vieira e Mariana de Oliveira. 

Sub18 Terceiros Colocados Gabriel Bueno e Pedro Meirelles. 
Quinto Colocado Matheus Tsukamoto (Colégio Atibaia). 

Os judocas agradecem a CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS S.A., COLÉGIO ATIBAIA, HOTEL BOURBON ATIBAIA LTDA, ATIBAIA RESIDENCE HOTEL & RESORT, MTPLUS – consultoria em Segurança e Medicina do trabalho Ltda., CORA – Centro de Ortopedia e Reabilitação Atibaia Ltda., UNIMAGEM – Unidade de Diagnóstico por imagem São Francisco de Assis Ltda., UNIFAAT – Instituição Educacional Atibaiense Ltda., OFICIAL DE REGISTRO DE IMOVÉIS, PRIMEIRO TABELIÃO de Notas e de Protesto de Letras e Títulos da Comarca de Atibaia, SEGUNDO TABELIONATO de Notas e Protestos de Letras e Títulos, Estruturas Metálicas Ando, Centro Integrado Atibaia Odontologia, Fisioterapeuta Layla Nery, Viação Atibaia São Paulo, Academia R Sette, Preparador Físico Roger Fonseca, Psicóloga – Rubiana Shimoda, Centro Radiológico Atibaia – Alvinópolis, Escola de Inglês - iBox English – família Alaby, Imprensa de Atibaia e Boletim OSOTOGARI, que acreditam e apoiam o judô atibaiense

Por: APAJA - Atibaia

Brasileiros sobem no ranking mundial após medalhas em Budapeste


Dez judocas brasileiros subiram de posição no ranking mundial após o fim do Grand Slam de Budapeste, que aconteceu nos dias 8, 9 e 10 de julho. A competição distribuiu importantes pontos para iniciar a corrida por uma vaga em Paris 2024.

O Brasil terminou a competição no terceiro lugar geral, conquistando três medalhas – um ouro, uma prata e um bronze. Um dos destaques foi Guilherme Schimidt (81kg), campeão de sua categoria e que conquistou seu terceiro ouro em 2022. Com o novo título e 1000 pontos somados, ele atingiu a melhor posição no ranking de sua carreira ao se tornar o número quatro do mundo.

Confira as demais atualizações:

Rafaela Silva (57kg), que antes de Budapeste era a 11ª, subiu uma posição com a conquista da prata na Hungria e agora é a 10ª;

Mayra Aguiar (78kg), medalha de bronze, subiu uma posição e agora ocupa a 6ª colocação;

Rafael Macedo (90kg), quinto lugar em Budapeste, subiu cinco posições e agora ocupa a 21ª;

Rafael Buzacarini (100kg), sétimo lugar em Budapeste, subiu uma posição e agora ocupa a 13ª;

Yasmim Lima (52kg), que venceu uma luta e caiu na segunda rodada, subiu 20 posições e agora ocupa a 67ª;

Willian Lima (66kg), que venceu uma luta e caiu na segunda rodada, subiu uma posição e agora ocupa a 7ª;

João Cesarino (+100kg), que venceu uma luta e caiu na segunda rodada, subiu 58 posições e agora ocupa a 88ª;

Matheus Takaki (60kg), que caiu na primeira rodada, subiu 49 posições e agora ocupa a 219ª.

William Souza (100kg), que caiu na primeira rodada, subiu nove posições e agora ocupa a 148ª.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


domingo, 10 de julho de 2022

Grand Slam de Budapeste: Resultados do terceiro dia.


-90kg - Masculino

Tantas coisas aconteceram que é melhor mencioná-las em ordem, lentamente e bem, para que ninguém se perca ao longo do caminho. Primeiro, um pouco de protocolo, porque é importante prestar homenagem àqueles que merecem. O Comitê Internacional de Fair Play concedeu a Laszlo Toth, presidente da Associação Húngara de Judô e da União Europeia de Judô, um prêmio vitalício que recebeu das mãos do ex-presidente da Hungria e novo embaixador da Federação Internacional de Judô, H.E. Pal Schmitt.

Agora, vamos suar. -90kg é o mais leve entre as chamadas categorias pesadas. Os atletas são mais altos e mais fortes, mas ainda são ágeis e rápidos o suficiente. Há muito desgaste, especialmente com o passar das horas e as batalhas continuam. A outra atração é o alto número de judocas de enorme qualidade. É por isso que é difícil prever e Budapeste foi um excelente exemplo disso.

Christian Parlati teve duas rodadas de abertura fáceis, se esse adjetivo pode ser aplicado ao judô. Nas quartas-de-final, o italiano encontrou o sérvio Nemanja Majdov, que é um dos judocas com espinhos, venenosos, com vários truques em sua mala. Parlati venceu, e foi agradavelmente surpreendido para evitar o primeiro azeri Mammadali Mehdiyev, eliminado pelo inesperado húngaro Gergely Nerpel. Dizemos surpresa agradável, não porque Nerpel era indigno, muito pelo contrário, mas porque ele chegou às quartas-de-final sem um pingo de energia. Parlati ganhou sua passagem para as semifinais, onde enfrentou Rafael Macedo. O brasileiro também passou no teste do dia com as cores voadoras, primeiro derrotando o alemão e vice-campeão olímpico Eduard Trippel, lutando pelo bronze depois. Olhe para o número de candidatos ao título que falamos e não estamos nem na metade do caminho.

Na parte de baixo da tabela, o cubano Iván Felipe Silva Morales foi um dos candidatos mais sérios. Suas duas primeiras lutas foram uma formalidade, mas nas semifinais ele cruzou caminhos com Sanshiro Murao. Já dissemos isso quando ele ganhou o ouro no Grand Slam em Paris, somos fãs dos japoneses. Aos 21 anos, Murao é como uma melodia, capaz de mudar ritmo e tom dependendo do momento. Ele parece mais leve que seus oponentes, mas tem velocidade diabólica, está sempre em movimento e tem a técnica refinada da escola japonesa. Vê-lo lutar é uma delícia e em Budapeste ele não era brincadeira. Ele teve dois momentos delicados, um com o francês Maxime-Gael Ngayap Hambou e outro mais tarde, nas semifinais. Murao se livrou de Silva Morales e enfrentou seu segundo grande obstáculo do dia, o georgiano Beka Gviniashvili. Se o japonês é leve como uma vespa, Gviniashvili é um touro, robusto, sólido, sempre procurando contato e ippon. Era uma oposição de estilos dignos de admiração pelo desperdício de energia e pelo número de ataques implantados por um e outro. Murao ganhou, mais fresco, mais inteiro e ainda não falamos sobre a final. 

Parlati contra Murao, os jovens levaram, com suas armas pessoais, uma categoria que é sempre uma garantia de espetáculo. Murao continuou sua série triunfante tocando sua grande melodia, ganhando o ouro eliminando Parlati em uma final que esperávamos muito mais. Foi o sexto título do Japão na Hungria.

Gviniashvili estava infeliz com sua derrota na semifinal e esmagou Nerpel na disputa pela medalha de bronze com ashi-waza para waza-ari logo de cara e uma brutal pick-up segundos depois. Sim, o georgiano não estava feliz; Talvez ele esteja agora!

Silva Morales e Macedo dividiram a segunda luta pelo terceiro lugar. O que no início parecia ser um monte de obrigado terminou em muito obrigado e a medalha voltou para Havana com um belo sumi-gaeshi por Silva Morales. 


Resultados Finais
1. MURAO Sanshiro (JPN)
2. PARLATI Christian (ITA)
3. GVINIASHVILI Beka (GEO)
3. SILVA MORALES Ivan Felipe (CUB)
5. NERPEL Gergely (HUN)
5. MACEDO Rafael (BRA)
7. JAYNE John (EUA)
7. USTOPIRIYON Komronshokh (TJK)

-78kg - Feminino

Estamos cuidando especialmente desta categoria. Eles são em geral altos, rápidos e poderosos, aqueles que fazem barulho ao cair e nós gostamos do som de um corpo caindo quando significa ippon.

Dos presentes, a boa notícia foi o reaparecimento do campeão olímpico, Shori Hamada. A má notícia, para a japonesa, foi que ela perdeu em sua primeira partida desde Tóquio 2020, contra Alice Bellandi. Agora Hamada sabe que durante sua ausência, os outros não perderam seu tempo. Vamos falar sobre Bellandi porque o caso dela é especialmente interessante. Quando ela estava com -70kg, ela estava com fome e nossas fontes transalpinas confessaram isso para nós. Agora, com mais quilos e uma dieta mais tolerante, o italiano é mais confortável e nos dizem que ela é de força sobrenatural. Ela marcou waza-ari contra um Hamada cuja atitude variou de surpresa a jet-defasado. Ela é especialista em ne-waza; Foi assim que ela ganhou seu título olímpico e teve a chance de assiná-lo contra Bellandi, mas como agora ela tem músculos para distribuir, a italiana escapou dos braços dos japoneses como se estivesse se alongando depois de uma longa noite de sono. A parte mais difícil foi feita, pelo menos parecia assim, mas a brasileira Mayra Aguiar não é alguém a ser levada de ânimo leve. Ela já estava ganhando medalhas e títulos quando Bellandi estava na escola. Os italianos devem ter dito algo a Bellandi para que ela não perdesse o foco. Não sabemos seu histórico acadêmico, mas em Budapeste ela ouviu como uma boa aluna e anulou Aguiar.

A primeira semente foi Inbar Lanir, que você já sabe se você lê-nos muitas vezes. De qualquer forma, ela deve ser apresentada caso haja alguém inconsciente. O israelense tem gostado de medalhas, terceiro em Portugal e segundo na Mongólia, com apenas 22 anos e já ocupando o terceiro lugar no ranking mundial. Ultimamente ela tem ganhado velocidade e traz ataques devastadores. Lanir esmagou a cubana Kaliema Antomarchi, que não é de se deixar ser pisoteada, e repetiu isso com a dominicana Eiraima Silvestre, que parece ter uma mania para os britânicos. Em seus dois primeiros compromissos, Silvestre afundou a frota de Sua Majestade, representada por Natalie Powell e Emma Reid.

Das arquibancadas, eles disseram a Bellandi para ter cuidado nos estágios iniciais porque Lanir é uma daquelas que ataca com enorme fúria. É uma categoria de muitos quilowatts. A italiana suportou e assumiu a liderança em termos de tomar a iniciativa. Lanir não conseguiu reverter a tendência e perdeu por shido. Bellandi ganhou seu primeiro ouro no Grand Slam. Com mais quilos e comendo mais e melhor, a vida pode ser mais bonita. Para ela, pelo menos, é.

Aguiar não quis suar e arrasou com Reid com um fabuloso uchi-mata para uma 18ª medalha de Grand Slam. Repetimos, 18 medalhas de Grand Slam!

A campeã olímpica Hamada também não se sentia confortável em sua luta pelo bronze contra Silvestre; é claro que ela precisa competir mais. No entanto, ela tem tanta qualidade que foi suficiente para derrotar a dominicana com seu domínio, mais uma vez, do ne-waza. Osae-komi e pelo menos um bronze para consolar os japoneses.


Resultados Finais
1. BELLANDI Alice (ITA)
2. LANIR Inbar (ISR)
3. AGUIAR Mayra (BRA))
3. HAMADA Shori (JPN)
5. REID Emma (GBR)
5. SILVESTRE Eiraima (DOM)
7. LEON Karen (VEN)
7. ANTOMARCHI Kaliema (CUB)

-100kg - Masculino

Por um momento nos convencemos de que estávamos assistindo a série Game of Thrones. Quando procuramos em outro lugar um favorito mordeu a poeira.

O primeiro foi o belga Toma Nikiforov. Logo depois, o israelense Peter Paltchik se despediu. O azerbaijão Elmar Gasimov decidiu que esta não era sua guerra e saiu pela porta dos fundos no segundo round. Ok, você vai dizer que seu rival era o espanhol Nikoloz Sherazadishvili e que ele merecidamente ganhou e você não está errado, mas Gasimov é como um espinho no pé com anos de experiência na mesma categoria e poderia ter ido mais longe. Outra que caiu derrotada foi a georgiana Onise Saneblidze. Restavam poucos reinos para conquistar e dois guerreiros superiores aos demais. De um lado o georgiano Varlam Liparteliani e do outro a japonesa Iida Kentaro.

Liparteliani tem cicatrizes, lutas memoráveis, títulos e perdas dolorosas. Ele é o eterno medalhista de prata em grandes ocasiões, um judoca excepcional e uma pessoa ainda melhor. Ele é, por outro lado, o único georgiano que trabalha no chão e tem uma devastadora trava de braço dentro de Osae-Komi. Assim ele chegou à final como uma nova versão de Liparteliani porque ele parece rejuvenescido e com um judô mais polido, se isso for possível. Ele eliminou o dinamarquês Mathias Madsen nas semifinais, autor de um torneio sensacional, com vitórias sobre Paltchik e o suíço Daniel Eich.

Por sua vez, Kentaro anunciou a tendência muito rapidamente com vitórias rápidas contra o maltês Isaac Bezzina e o cazaque Aibek Serikbayev. Os japoneses então tiveram que aumentar a taxa de fogo contra Saneblidze, mas sua obra de arte veio nas semifinais contra Sherazadishvili, a quem ele pulverizou em 16 segundos. A final entre Liparteliani e Kentaro era lógica para o que cada um tinha exibido até então.

Kentaro ofereceu uchi-mata. Liparteliani reagiu com seu movimento especial, kanstetsu-waza seguido por osae-komi, mas os japoneses conseguiram se libertar. Liparteliani pressionou até o fim, mas os japoneses seguraram o sétimo ouro para o Japão.

Eich e Sherazadishvili queriam o bronze. Ambos estavam tentando obter um bom aperto. O suíço era muito desconfortável para o espanhol, muito inteligente, taticamente falando. Na pontuação de ouro, Sherazadishvili executou uma façanha para sugerir o makikomi, mas acorrentou-o a uma varredura. Foi um bronze brilhante por ippon para os espanhóis.

O jovem Zsombor Veg terminou um dia magnífico, para ele. Depois de eliminar o belga Nikiforov, ele conseguiu entrar na luta pelo bronze e ganhou sua primeira medalha de Grand Slam com uma obra-prima uchi-mata que desencadeou delírio nas arquibancadas.


Resultados Finais
1. IIDA Kentaro (JPN)
2. LIPARTELIANI Varlam (GEO)
3. SHERAZADISHVILI Nikoloz (ESP)
3. VEG Zsombor (HUN)
5. EICH Daniel (SUI)
5. MADSEN Mathias (DEN))
7. SANEBLIDZE Onise (GEO)
7. BUZACARINI Rafael (BRA)

+78kg - Feminino

Agora que quedas de energia estão sendo anunciadas em todo o mundo, estamos felizes que Idalys Ortíz tenha retornado ao circuito mundial de judô, porque seu sorriso é capaz de iluminar alguns continentes.

Não é necessário apresentar a cubana, que poderia muito bem encher uma mala de 30 quilos com suas medalhas. Em Budapeste, ela passou pelo torneio para chegar a uma enésima final como se fosse a coisa mais normal do mundo. Também tivemos o prazer de conhecer novamente o vencedor do Grand Slam de Paris, Wakaba Tomita, que começou no final do torneio, mas não parou até a última partida. 

Ao longo do caminho, Raz Hershko apareceu, que nos treinou para vê-la ganhar torneios e medalhas, mas desta vez ela foi retirada do evento antes que ela pudesse dizer qualquer coisa sobre o chinês Xin Su. Ela e seu compatriota Shiyan Xu marcaram o retorno dos pesos pesados chineses ao mais alto nível e nós os perdemos, porque com eles na corrida você tem que elevar a barra. Os dois caíram nas mãos de Ortíz e Tomita e os dois estavam fora do alcance dos outros. Seria o oitavo ouro japonês ou o primeiro para Cuba. A bicampeã mundial e medalhista de ouro de Londres 2012 usou toda sua experiência para tentar esgotar física e mentalmente os japoneses, que não pareciam vacilar. Se ela sofreu, ninguém sabia. O árbitro penalizou Ortíz três vezes e foi o fim, com um domínio avassalador do Japão.

Hershko e Xu organizaram um belo duelo com ataques de ambos, especialmente os israelenses. As duas ofereceram um grande show com judô de qualidade, que é o que as pessoas querem ver. No golden score, a chinesa recebeu uma terceira penalidade que não manchou sua grande atuação. Hershko somou sua oitava medalha de Grand Slam e a sexta na Hungria para Israel.

A tunisiana Nihel Cheikh Rouhou enfrentou a segunda chinesa na corrida, Xin Su, pelo segundo bronze. Aqui as coisas mudaram em comparação com o que era visto antes. Não foi um combate de muitos quilates. No golden score Su marcou waza-ari com ko-soto-gari e ganhou sua primeira medalha de Grand Slam. 


Resultados Finais
1. TOMITA Wakaba (JPN)
2. ORTIZ Idalys (CUB)
3. HERSHKO Raz (ISR)
3. SU Xin (CHN)
5. XU Shiyan (CHN)
5. CHEIKH ROUHOU Nihel (TUN)
7. KAMPS Marit (NED)
7. AMARSAIKHAN Adiyasuren (MGL))

+100kg - Masculino

O Danúbio foi o Rubicão que Teddy Riner cruzou, outro voltando ao Circuito Mundial de Judô. A lenda francesa chegou à Hungria, assistiu e venceu sem que seu pulso quebrava.

Jelle Snippe e Teddy Riner
Alguns dirão que a ausência de Krpalek, Tushishvili e companhia abriu caminho para Riner. É possível, mas irrelevante. O importante é que em Budapeste ninguém sabia como parar a progressão suave do dez vezes campeão mundial, que venceu todas as suas lutas por ippon. 

Muitos dos presentes não lutaram contra Riner, alguns nunca o farão, outros tiveram sorte, como o holandês Jelle Snippe, de 23 anos, finalista em Budapeste. Dos mais de 400 atletas presentes em Budapeste, Snippe foi certamente o que foi para casa mais feliz porque ganhou sua primeira medalha de Grand Slam, que também foi sua primeira no Circuito Mundial de Judô e ele lutou contra a lenda francesa, que culminou em um espetacular uchi-mata que todos os presentes provaram com prazer,  o holandês em pessoa provavelmente também.


Teddy Riner e sua filha

Quanto a Riner, se este Grand Slam foi uma pedra de toque antes do campeonato mundial, tanto presente quanto ausente já sabem que o Júlio César do judô cruzou o Rubicão e, no momento, não vimos nenhum Brutus. 

Magomedomar Magomedomarov conquistou o bronze ao conquistar o georgiano Gela Zaalishvili. 

O uzbeque Shokhruh Bakhtiyorov brilhou em sua luta contra o finlandês Martti Puumalainen. Primeiro ele concedeu um waza-ari, mas ele reagiu em grande estilo com dois waza-ari em seguida, dois ko-soto-gari e que era tudo gente, da Hungria. 


Resultados Finais
1. RINER Teddy (FRA)
2. SNIPPE Jelle (NED)
3. MAGOMEDOMAROV Magomedomar (Emirados Árabes Unidos))
3. BAKHTIYOROV Shokhruh (UZB)
5. ZAALISHVILI Gela (GEO)
5. PUUMALAINEN Martti (FIN)
7. FREY Johannes (GER))
7. KOKAURI Ushangi (AZE)

Fotos: Gabriela Sabau, Emanuele Di Feliciantonio e Tamara Kulumbegashvili

Mayra Aguiar é bronze e Brasil termina Grand Slam de Budapeste com três pódios


Neste domingo (10), a Seleção Brasileira de Judô conquistou mais um pódio e fechou o Grand Slam de Budapeste com três medalhas. Após derrotar a britânica Emma Reid com um ippon relâmpago, Mayra Aguiar (78kg) levou o bronze e somou seus primeiros pontos na corrida de classificação para Paris 2024. O Brasil também teve um ouro, de Guilherme Schimidt (81kg), e uma prata, de Rafaela Silva (57kg), e terminou a competição em terceiro lugar no quadro geral.

Mayra Aguiar venceu a venezuelana Karen Leon nas quartas de final e caiu para a italiana Alice Bellandi na semi, após acumular três shidos. O confronto inédito pelo bronze, contra Reid, terminou ainda no primeiro minuto de luta. Foi a terceira medalha da brasileira neste ano. Em abril, ela foi ouro no Pan-Americano, em Lima, e em junho foi prata no Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia.

A conquista rendeu à brasileira 500 pontos no ranking mundial, onde atualmente ocupa a oitava posição. Ela voltará a lutar no Grand Prix de Zagreb, na Croácia, que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de julho.

Demais resultados do domingo

Rafael Macedo (90kg) disputou o bronze de sua categoria contra o cubano Ivan Felipe Silva Morales, mas levou um ippon no golden score e acabou ficando com a quinta colocação.

Mais cedo, nas preliminares, William Souza (100kg) perdeu na estreia para o alemão Daniel Herbst; Rafael Buzacarini (100kg) passou por Cedric Olivar, da França, e por Gonchigsuren Batkhutag, da Mongólia, mas caiu nas quartas de final para o vice-campeão olímpico Varlam Liparteliani, da Geórgia, e na repescagem ficou com a sétima colocação. Já Rafael Silva (+100kg), o Baby, perdeu na segunda rodada para o holandês Jelle Snippe; e João Cesarino (+100kg) venceu a estreia contra o chinês Yongjie Yin, mas foi eliminado pelo francês Teddy Riner, duas vezes campeão olímpico, na segunda rodada.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


"Paz, Amizade e Unidade"


"Paz, amizade e unidade." Nestes tempos, eles podem parecer palavras brandas, mas para nós não são. Essas foram as palavras do presidente da Federação Internacional de Judô, Marius L Vizer, na cerimônia de abertura do Grand Slam Hungria 2022, porque as palavras são uma coisa e qualquer um pode fazer isso, enquanto os fatos são outra coisa muito diferente.

A cerimônia começou com um minuto de silêncio emocionado e sincero em memória do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, assassinado na sexta-feira e sempre um bom amigo da família do judô. Vizer tomou a palavra para lembrar que o mundo precisa dos valores do judô, tão simples quanto sólidos, e um pouco batidos nos últimos tempos.


O Presidente Vizer fez seu discurso com a prova do que ele estava dizendo sob seus olhos. 800 crianças, trezentos delas da Ucrânia e resgatadas das garras do horror pela federação internacional, graças ao imenso apoio da Associação Húngara de Judô e do governo húngaro, participaram da cerimônia. Esses são os fatos. Parecia uma sessão das Nações Unidas, com a notável diferença de que os pacificadores usam capacetes azuis e estão armados de qualquer maneira. Usamos judogi, é nossa língua e lutamos no tatame e não fora, cumprimentando uns aos outros antes de lutar e apertar as mãos depois. Esses são os fatos.


Houve momentos de bondade e esperança que terminaram com outro tributo a um homem de paz. Marius L Vizer, mas também Laszlo Toth, presidente da Associação Húngara de Judô e da União Europeia de Judô, bem como o Ministro da Defesa húngaro, H.E. Kristof Szalay-Bobrovniczky, presenteou H.E. Pal Schmitt, ex-presidente da Hungria e membro do Comitê Olímpico Internacional, com um diploma credenciando-o como o novo embaixador da Federação Internacional de Judô.

Em pouco mais de meia hora, o judô reuniu o passado, o presente e o futuro como uma continuação de um projeto de vida chamado harmonia, educação e paz, ou judô, se preferir. 

Fotos: Gabriela Sabau

sábado, 9 de julho de 2022

Bahia: Lançamento do livro "Mestre Ciro - Um expoente do judô"


Francisco de Magalhães Pinto - Mestre Ciro -, de 87 anos, há 56 fundou o Clube Itapagipano de Judô na sala de estar de sua residência.

Desde então vem acumulando e disseminando conhecimentos sobre a arte marcial e sobre a vida, movido pela ética e pela espiritualidade. Seus milhares de alunos e ex-alunos admiram, além do Mestre, a pessoa inspiradora com quem conviveram dentro e fora do dojô.

Motivada pela gratidão e pelo reconhecimento, a “família CIJ” convida a comunidade baiana para o lançamento do livro em homenagem ao grande Mestre Ciro.

Serviço:
Lançamento do livro em homenagem ao grande Mestre Ciro.
Data: 14/07/22
horário: 19h
Local: Sede do Clube Itapagipano de Judô
Rua Octávio Barreto, 15. Bonfim. Salvador - BA

Para adquirir o livro
Valor do exemplar: R$ 25,00
PIX/CNPJ: 13445 622 0001 75
Enviar comprovante para para WhatsApp (71) 99126 9011

Por: Ana Carla Muniz - CIJ Salvador/BA

Chegou no Spotify: 2º Seminário Internacional de Gestão do Conhecimento no Esporte


A apresentação no 2° Seminário Internacional de Gestão do Conhecimento no Esporte: Investigação e Boas Práticas para Excelência na Gestão do Esporte, realizado pela Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC) e parte do evento da KM Brasil Experience, em junho/2022, traz na participação de Rodrigo Motta o Esportismo e a importância da institucionalização de ações inovadoras no contexto da gestão do esporte. Sua apresentação já está disponível no Spotify.

"Foi uma honra participar do evento organizado pela respeitada SBGC! Minha apresentação está disponível em podcast e espero que seja enriquecedor para todos, como foi pra mim participar desse evento", disse Rodrigo Motta.

A SBGC é uma OSCIP que desde 2001 promove a integração entre academia, terceiro setor e organizações públicas e privadas interessadas em praticar, desenvolver e pesquisar o tema Gestão do Conhecimento. Por meio de eventos e de treinamentos contribui para o compartilhamento de conceitos, métodos e técnicas que promovam a socialização do conhecimento, o aumento da efetividade das organizações, a competitividade do País e a qualidade de vida das pessoas. 

Clique aqui e acesse!

Por: Boletim OSOTOGARI


Grand Slam de Budapeste: Resultados do segundo dia.


-81kg - Masculino

A apoteose veio na categoria mais intensa. O belga e campeão mundial Matthias Casse bateu no muro italiano de Antonio Esposito. Nas quartas-de-final, Esposito ficou sem combustível contra Nugzari Tatalashvili, que, como seu nome sugere, vem dos Emirados Árabes Unidos, mas acima de tudo ele tinha acabado de vencer o georgiano Giorgi Sherazadishvili e o esperançoso local Átila Ungvari. Tatalashvili estava confiante e se movia feliz, mas o grande Saeid Mollaei também estava rondando. O Azeri derrubou seu amigo Sagi Muki na primeira luta, que ambos comemoraram. Após a derrota, o israelense queria que Mollaei ganhasse o ouro e Mollaei levou a sério, provavelmente para aliviar a dor de seu amigo. O fato é que ele eliminou Tatalashvili e deu a Guilherme Schimidt um compromisso na última luta. O brasileiro eliminou o turco Vedat Albayrak, um dos figurões da categoria, para tentar estragar os planos do casal Mollaei-Muki. E ele fez!

Foi um bom dia para Mollaei e um grande para o jovem brasileiro naquele que foi o primeiro ouro para seu país na Hungria. Agora você sabe, no judô, nunca tome as coisas como garantidas.

Esposito, depois de lidar com Casse e Tatalashvili, teve que usar uma fraqueza para evitar ser esmagado por Albayrak. O italiano estava carbonizado, incapaz de atacar. O que ele não perdeu foi sua lucidez e quando o terceiro shido estava prestes a cair, ele fez o turco cair. Foi um respiro. Além disso, ele perdeu seu treinador, que foi expulso por falar quando não deveria. A trégua, essa lucidez e a inteligência italiana quebraram os planos de Albayrak, que acabou eliminado. Bronze para a Itália!

Tatalashvili e o canadense François Gauthier-Drapeau lutaram pelo bronze que fechou o segundo dia. Tatalashvili marcou waza-ari a um minuto e meio do tempo com um bom yoko-otoshi e uma mudança natural na direção. Tatalashvili ganhou sua quarta medalha de Grand Slam. 


Resultados Finais
1. SCHIMIDT Guilherme (BRA)
2. MOLLAEI Saeid (AZE)
3. ESPOSITO Antonio (ITA)
3. TATALASHVILI Nugzari (Emirados Árabes Unidos))
5. ALBAYRAK Vedat (TUR)
5. GAUTHIER DRAPEAU Francois (CAN)
7. MASABIROV Asad (KGZ))
7. ZABOROSCIUC Nicon (MDA)

-70kg - Feminino

Uma montanha-russa, foi o que o Grand Slam Hungria foi nesta categoria. A porto-riquenha Maria Pérez teve o luxo de derrotar a primeira semente, a holandesa Sanne Van Dijke, antes de ser eliminada nas mãos da alemã Miriam Butkereit, que por sua vez havia vencido a britânica Kelly Petersen-Pollard. A campeã mundial Barbara Matic ficou encantada, avançando calmamente no torneio até perder para a japonesa Saki Niizoe, que, por sua vez, pôs fim às esperanças da brasileira Maria Portela e da israelense Maya Goshen. Foi uma montanha-russa que levou a uma final entre o alemão e os japoneses com um prognóstico favorável para este último.

Quarenta segundos foi preciso Niizoe para ganhar o quinto ouro para o Japão, com um seoi-otoshi baixo. Demorou mais para subir ao altar até o tatame do que ganhar. A alemã demorou a entender que um trem estava vindo para atropelá-la.

Matic não saiu de mãos vazias, derrotando Petersen-Pollard pelo bronze. 

Pérez enviou Goshen voando em um espetacular ippon-seoi-nage para levar sua primeira medalha do Circuito Mundial de Judô desde 2019.


Resultados Finais
1. NIIZOE Saki (JPN)
2. BUTKEREIT Miriam (GER)
3. MATIC Barbara (CRO)
3. PEREZ Maria (PUR))
5. PETERSEN POLLARD Kelly (GBR))
5. GOSHEN Maya (ISR)
7. COUGHLAN Aoife (AUS)
7. VAN DIJKE Sanne (NED))

-73kg - Masculino

Concluímos que Lasha Shavdatuashvili é imortal, simples assim. Caso contrário, alguém tem que nos explicar a extraordinária longevidade de um atleta que melhora continuamente com o tempo. Que safra de títulos o georgiano tem desde que foi proclamado campeão mundial aqui, em Budapeste, em 2021. Foi primeiro em Paris e depois em Tbilisi e na Hungria que ele ofereceu uma nova classe de táticas e técnicas que devem ser ensinadas em todos os dojos do mundo.

Chega um momento em que o importante não é que ele ganhe, mas como ele faz isso, com inteligência e um olho clínico. Suas vítimas do dia, o americano Dominic Rodríguez, o mongol Odbayar Ganbaatar, o italiano Fabio Basile e o polonês Adam Stodolski, não causaram sérios problemas ao campeão mundial, que parece estar em seu elemento mesmo quando lhe dá duas penalidades. Ele dá a impressão de que ele não se importa, indo sobre seus negócios, seu sangue frio é impressionante.

Seu adversário na final foi o azeri grampo Hidayat Heydarov. Há anos, Heydarov esteve à sombra de Rustam Orujov, o indiscutível número um da categoria na equipe de seu país, vice-campeão olímpico e mundial. Há algum tempo, os resultados de Heydarov têm sido melhores e isso se traduz em medalhas e finais. Sua jornada para a final foi plácida, sem grandes choques, deixando ao longo do caminho o americano Jack Yonezuka, o polonês Wiktor Mrowczynski e o tajique Behruzi Khojazoda, muito inferior no papel e no tatame em Budapeste. Nas semifinais ele sofreu um pouco mais contra o cubano Magdiel Estrada, mas a coisa realmente séria ainda estava por vir.

A final foi um negócio muito sério, voando alto, de primeira classe. São duas judocas fenomenais, com experiência, força e técnica. O placar dourado foi alcançado com uma penalidade para o georgiano e a impressão de que os Azeri tinham mais poder. Um segundo shido chegou e Shavdatuashvili foi encurralado. Foi uma luta taticamente espetacular que acabou com a hegemonia de Shavdatuashvili nos últimos meses, nas mãos de um sensacional Heydarov que marcou com um te-waza com sabor de ouro. Agora sabemos que o georgiano não é imortal e também não é uma má notícia.

Orujov lutou pelo bronze contra Estrada. O veterano azeri marcou com soto-makikomi que lhe rendeu sua 16ª medalha de Grand Slam e considerando que eles mudaram de treinador e têm que se adaptar a outros métodos, é um excelente resultado para Orujov. 

O israelense Tohar Butbul não queria que a Polônia conquistasse uma segunda medalha e assim colocou para Stodolski na luta pelo segundo bronze. Acontece que Butbul é um homem de palavra. Um sode-tsuri-komi-goshi mais ude-garami para virar seu oponente, para concluir com uma imobilização. É mais fácil fazê-lo do que dizer, parada total. 


Resultados Finais
1. HEYDAROV Hidayat (AZE)
2. SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO)
3. ORUJOV Rustam (AZE)
3. BUTBUL Tohar (ISR)
5. ESTRADA Magdiel (CUB)
5. STODOLSKI Adam (POL)
7. KHOJAZODA Behruzi (TJK)
7. BASILE Fabio (ITA))

-63kg - Feminino

O que um judoca japonês e polonês tem em comum além das cores de suas bandeiras? Em princípio, nada, mas em Budapeste duas mulheres se uniram por um objetivo comum, a medalha de ouro e uma maneira de obtê-la, através do bom judô.

A primeira se chama Megumi Horikawa, que você sabe que pelo nome dela não vem de Varsóvia. A japonesa ocupa uma posição discreta no ranking mundial, 27, mas ao olhar atentamente para sua história, as coisas mudam. Em segundo lugar em Tel Aviv, terceiro em Baku e uma série de medalhas nos últimos cinco anos, Horikawa apareceu na Hungria liderando a equipe japonesa nesta categoria. Primeiro ela teve o prazer de eliminar a holandesa e a nona do mundo, Sanne Vermeer. Em segundo lugar, ela eliminou a lenda local, Hedvig Karakas. Enquanto ela estava a caminho, ela facilmente superou a australiana Katharina Haecker, antes de dar à campeã europeia Gemma Howell uma ducha fria nas semifinais. Suas quatro vítimas ocupam melhores lugares no ranking, o que significa que no circuito profissional tudo é possível.

Angelika Szymanska também tinha uma rota cheia de armadilhas. Seu primeiro round foi relativamente tranquilo contra Jing Tang, da China. Então, como Horikawa, ela teve que competir com mulheres mais experientes e todas elas foram cozidas pela polonesa por causa de um fogo lento. Primeiro a israelense Gili Sharir e depois a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, antes de sem cerimônia empurrar a brasileira Ketleyn Quadros para fora de seu caminho.

Os japoneses pareciam o trem-bala, marcando waza-ari antes que as pessoas soubessem que a luta tinha começado. Horikawa executou uma técnica maciça de ashi-waza que não conseguiu o pouso completo na parte de trás. A partir daí, ela fechou como uma ostra e Szymanska não tinha a faca em seu repertório para abri-la. Foi realmente um compromisso total de ambas as mulheres. Para quem gosta de estatísticas, as quatro medalhas de ouro do Japão em tantas finais devem ser destacadas.

O primeiro bronze foi sul-americano. A venezuelana Anriquelis Barrios derrotou Quadros, que ainda estava pensando em sua derrota na semifinal. Um waza-ari na forma de um ko-soto-gari que chegou muito cedo e má gestão da luta custou a medalha para a brasileira. A venezuelana era melhor e mais inteligente.

Maylin Del Toro Carvajal queria que a espanhola continuasse sendo falada sobre o tatame, mas para isso ela teve que neutralizar Gemma Howell, que prefere inglês. Del Toro estava sempre à frente do ataque, então logicamente Howell foi penalizado três vezes.


Resultados Finais
1. HORIKAWA Megumi (JPN)
2. SZYMANSKA Angelika (POL)
3. BARRIOS Anriquelis (VEN)
3. DEL TORO CARVAJAL Maylin (CUB)
5. QUADROS Ketleyn (BRA)
5. HOWELL Gemma (GBR))
7. BEAUCHEMIN-PINARD Catherine (CAN)
7. HAECKER Katharina (AUS)

Fotos: Emanuele Di Feliciantonio e Tamara Kulumbegashvili

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