terça-feira, 28 de setembro de 2021

Maria Suelen se livra das muletas e trabalha sem pressa por Paris 2024

Maria Suelen Altheman na fisioterapia para recuperar o joelho esquerdo
Foto: Arquivo pessoal

Deixar as muletas de lado foi libertador. Quase dois meses após sofrer uma grave lesão que impediu o sonho da medalha olímpica em Tóquio, Maria Suelen Altheman comemora as pequenas vitórias no processo de reabilitação. Dirigir, ir ao mercado e fazer exercícios na bicicleta ergométrica são motivos para celebrar enquanto voltar ao judô ainda não é possível.

Se a rotina de atividades físicas ainda é limitada, Suelen usa o tempo para reavaliar os rumos. Estuda, pensa no processo de transição de carreira e nas Olimpíadas de Paris. Neste momento prefere não fazer qualquer previsão a longo prazo.

- Quando passassem as Olimpíadas eu ia me preparar para uma transição, competir menos. Mas eu não tive essa oportunidade. Com a lesão foi de uma vez só. Agora penso em voltar a treinar, ver como me sinto no tatame e aí sim tomar essa decisão. Ainda penso em ser mãe, mas nesse momento o joelho não aguenta uma barriga (risos). E esse ciclo também vai ser muito rápido, com menos de três anos. Piscou, passou.

A previsão é de retorno aos treinos em janeiro. Suelen passou por cirurgia para reconstrução do ligamento patelar do joelho esquerdo, rompido nas quartas de final do peso-pesado feminino das Olimpíadas de Tóquio após uma entrada da francesa Romane Dicko. Ainda no tatame a brasileira percebeu a gravidade.

Ao colocar a mão no joelho, sentiu a patela fora de lugar e soube que o caso era cirúrgico. Depois de deixar a área de competições de maca, falou com a família e com os técnicos e tentou acalmá-los. Só após operar, dois dias depois de desembarcar no Brasil, Suelen se permitiu sentir a dor emocional do que a lesão representou.

- A ficha só foi cair mesmo, aquela tristeza, depois que operei. Eu estava no hospital e ainda estavam passando as Olimpíadas na TV. Eu sei o quanto me preparei, não só fisicamente, construindo minha medalha com calma, luta a luta. Aí chorei muito. Não queria falar com ninguém, nem para fazer fisioterapia tinha ânimo. Eu me permiti viver esse luto mesmo porque, se não vivesse isso, em algum momento ia acontecer.

As mensagens das amigas Maria Portela e Ketleyn Quadros, assim como dos técnicos do Pinheiros, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro, ajudaram a recuperar o ânimo. Passada a fase mais dura do processo, Suelen aproveitou o repouso para estudar. Formada em Educação Física, decidiu se inscrever em uma pós graduação e em vários cursos online.

Este é um ponto que faz Suelen refletir bastante. A busca por conhecimento a fez questionar o quão preparada estaria para a transição de carreira que imaginava após o ciclo de Tóquio.

- O processo cirúrgico serve para a gente pensar na vida, no que pode ser feito. O tempo que eu tinha livre eu queria descansar, e agora não, é um tempo que estou tendo para mim. Voltei a estudar. Não sei se caberia ao COB ou a CBJ nos preparar melhor para essa transição, para não tomarmos um susto tão grande. A gente treina, não tem família, feriado... Talvez se tivesse uma preparação melhor não sentíssemos um baque tão grande assim.

Os estudos ajudam a preencher a rotina de Suelen. Atualmente ela faz uma sessão diária de fisioterapia, além de exercícios extras em casa. Agora, autorizada a fazer algumas tarefas cotidianas, como cozinhar e dirigir, a judoca se sente mais plena.

Maria Suelen Altheman evolui na fisioterapia após cirurgia no joelho esquerdo

- Estou evoluindo bem. Graças a Deus tenho uma boa cicatrização. Agora eu comemoro todas essas conquistas: conseguir fazer a rotação de joelho da bicicleta, ganhar essa amplitude... Eu adoro ir ao mercado, e agora posso fazer minhas compras me apoiando no carrinho. Poder fazer minha comida também, sem depender do meu marido.... Estou muito feliz com isso. Só subir e descer escada que ainda não estou conseguindo direito, mas vou conseguir. Vejo que já estou tendo uma qualidade de vida melhor.

Por Helena Rebello - GloboEsporte

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Rio Grande do Sul define seleção sênior para o Campeonato Brasileiro


Após quase oito anos, o judô gaúcho voltou com tudo ao Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre. Após esse hiato sem competições, a Federação Gaúcha de Judô realizou dois eventos em um só fim de semana. No sábado, os veteranos foram aos tatames montados na estrutura para o primeiro treino presencial voltado à classe neste ano. No dia seguinte, foi a vez da seletiva sênior ser realizada.

Prestigiada pelos atletas olímpicos Mayra Aguiar, Maria Portela, Ketleyn Quadros e Rafael Macedo, além do bicampeão mundial João Derly, a seletiva definiu os representantes do RS para o Campeonato Brasileiro da categoria, que será em novembro. As 14 vagas foram preenchidas por judocas de Sogipa e GN União.

“Tivemos um evento muito importante para a nossa federação, com atletas de renome em cima do tatame, além da presença dos atletas olímpicos, que abrilhantaram a disputa”, observou o presidente da FGJ, Luiz Bayard. “Acredito que formamos a melhor seleção para representar as cores do Rio Grande do Sul no Brasileiro sênior.”

Bayard destacou também a volta do judô ao Tesourinha: “Agradecemos a parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, que vem nos auxiliando no retorno, cedendo espaço importante, que é o Tesourinha”.

Os vencedores da seletiva deste domingo foram: Henrique Gusmão (60kg/GN União), Gabriel Genro (66kg/Sogipa), David Lima (73/Sogipa), João Pedro Macedo (81/Sogipa), Marcelo Gomes (90/Sogipa), Leonardo Lopes (100/Sogipa), Leonardo Gonçalves (+100/Sogipa); Maria Antônia Argemi (48/GN União), Nathália Brígida (52/Sogipa), Jéssica Lima (57/Sogipa), Ryanne Lima (63/Sogipa), Nathália Parisoto (78/GN União) e Júlia Vaz Rosa (+78kg/GN União).



Brasileiro será em novembro

O Brasileiro sênior 2021 ocorrerá ainda em um contexto de retomada das competições nacionais. As lutas serão em duas datas, 22 e 27 de novembro, em Pindamonhangaba. Todos os envolvidos no evento precisarão ser testados e serão inseridos em uma bolha de proteção contra a Covid-19.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô

Bahia: Judocas Coiteenses medalham na IV Etapa do Circuito Baiano


Neste sábado, 25 de setembro, os Judocas Coiteenses participaram da IV Etapa do Circuito Baiano, realizado no ginásio municipal de Esportes em Lauro de Freitas para mais uma disputa para os melhores do ano na Bahia. 

Os atletas tiveram o apoio da prefeitura municipal de Conceição do Coité que cedeu o transporte para o local do evento. Os resultados foram os seguintes: 

Lucas vice-campeão veteranos e Terceiro no sênior
Sara vice-campeã no sub 18 e Campeã no sub 21
Edson vice-campeão no Iniciante
Walisson terceiro no Iniciante
Luiz campeão sub 18
Rafael terceiro no sub 18

A equipe agradece a Lucas e Rodrigo Mota pela importante colaboração dispensada a eles.

Por: Vladson Matos - Kodansha 6° Dan


Espírito Santo: Judoca olímpico Nacif Elias trabalha carregando tatame em evento para garantir sua inscrição e participação

Fazer o que for preciso, com dignidade, para participar da competição

A realidade está sendo triste até mesmo para o judoca olímpico capixaba Nacif Elias. Sua situação financeira está complicada. Sem condições de arcar com os valores da inscrição, que custa em torno de quinhentos reais, na categoria Gi e No Gi, do Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu, Nacif Elias se propôs a trabalhar carregando placas de tatame para garantir a sua inscrição e participação neste evento que aconteceu neste sábado, 25 de setembro, no Ginásio “Tancredão”, em Vitória (ES).  

Esforço de quem está determinado a seguir em frente

Se ele está passando por esta realidade, imagina os outros atletas, que não tem sequer a passagem de ônibus para ir aos treinos, com o objetivo de participar de competições. 

Desde 2018, quando se consagrou campeão brasileiro de jiu-jitsu, Nacif não participou mais de competições de jiu-jitsu. E também será sua primeira competição após às olimpíadas de Tóquio. 

“Um dos principais motivos de eu ter voltado a competir é para motivar esta nova geração que está sem esperança e também a pedido do meu mestre Fred Zaganelli. Como todo samurai está pronto para servir, irei lutar”, explicou Nacif Elias. 

E a promessa foi cumprida

O judoca olímpico capixaba Nacif Elias conseguiu pagar sua inscrição, cumpriu sua promessa, participou da competição e conquistou uma medalha de ouro no campeonato brasileiro de jiu-jitsu No-Gi, no Espírito Santo. Após às olimpíadas de Tóquio, esta foi a primeira competição do atleta. Foram duas lutas duras de seis minutos para chegar ao pódio. 

Missão cumprida!

E pode-se dizer que foi um momento de superação para o atleta: “Passei por momentos difíceis, mas Deus me deu forças e posso dizer que representou um recomeço para muitas vitórias!”, declarou Nacif. 

Ele também fez uma publicação em suas redes sociais, falando até que ficou com depressão: 
 
Nacif exibe orgulhoso mais uma conquista

“Após os jogos olímpicos de Tóquio, eu acabei ficando em um período de depressão. E essa medalha de hoje, no Campeonato Brasileiro de Jiu-jítsu No-Gi foi uma vitória, me tirou do buraco. Posso dizer que, mais uma vez, o esporte salvou a minha vida. Se não fosse o esporte, eu não teria saído da minha comunidade em Goiabeiras, ter conhecido 39 países, participado de 2 olimpíadas. Sou muito grato ao esporte, em ter transformado a minha vida. Vou continuar o meu trabalho de expandir o esporte, para que todos tenham acesso e terem a mesma oportunidade que eu tive. Dedico esta vitória primeiramente a Deus, a minha família, ao meu mestre Fred Zaganelli, aos amigos que me apoiam, a todos que acompanham o meu trabalho. Vou continuar treinando forte para chegar ainda melhor nas próximas competições, pois tive pouco tempo para me preparar nessa competição. Vai vir coisa boa, irei começar a fazer várias competições no jiu-jítsu.” 

Nacif em breve irá montar a sua periodização e planejamento para as próximas competições de jiu-jitsu. 

Ele pretende organizar seus treinos no Espírito Santo. Fazer a parte física e treino específico de luta de segunda a sábado, em dois períodos de tempo, um pela manhã e outro a tarde.  

Nesses dois meses anteriores, ele estava fazendo apenas um treino por dia, e ele não se preparou para esta competição de sábado, devido ao período triste e depressivo que ele se encontrava. Pode-se dizer que ele ganhou na garra.  

Recentemente ele foi convocado para ser o coordenador do alto rendimento de judô do Espírito Santo. Então, até o final do ano, ele tem o comprometimento com a federação espírito-santense de judô.  
E em novembro, irá acontecer o campeonato brasileiro de judô. “Pretendo fazer história, trazer várias medalhas para o Espírito Santo, colocando o estado no lugar mais alto do pódio, pois tenho orgulho e honra em ser capixaba”, finalizou o atleta olímpico.  

Por: Raquel Lima - Assessora de Imprensa 

domingo, 26 de setembro de 2021

GP de Zagreb: Confira os resultados do terceiro dia de competição


O primeiro grande evento do calendário após o sucesso dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o Grande Prêmio de Zagreb, acaba de terminar. Foi um acontecimento muito positivo, que viu o advento de uma nova geração de atletas, alguns dos quais sem dúvida estarão em Paris em 2024, enquanto outros já se encontram em fase de preparação para os Jogos de Los Angeles em 2028.

Embora esses eventos globais possam parecer distantes, na realidade as coisas são um pouco diferentes. A partir de maio do próximo ano terá início o novo período de qualificação olímpica e, a partir daí, todos os esforços estarão voltados para o circuito mundial para a conquista desses valiosos pontos. Nesse ínterim, o Grande Prêmio de Zagreb foi um teste perfeito, em muitos aspectos.

Em primeiro lugar e este é sem dúvida o mais importante para os atletas, enquanto ainda estamos em um período pandêmico, o judô continua bem. A segurança e a saúde de todos estão garantidas, graças à política de saúde implementada pela IJF. Zagreb tornou possível reforçar isso ainda mais.

Por outro lado, apesar da ausência lógica de muitos heróis do verão japonês, o judô oferecido por todos os judocas presentes foi de altíssimo nível, o que anuncia uma temporada emocionante para os fãs do nosso esporte.

Tiramos o chapéu para a equipe de organizadores locais, que, sob a liderança do Presidente Sanda Corak, entregou um Grand Prix impecável.

-90kg: MEHDIYEV ganha o segundo ouro para o Azerbaijão

A primeira final do dia foi contra Mammadali MEHDIYEV (AZE), medalhista de bronze no Grand Slam de Tashkent 2021 e Luka MAISURADZE (GEO), medalhista de bronze algumas semanas depois em Kazan.


Sob a pressão de ter dois pênaltis contra ele, Mammadali MEHDIYEV, no entanto, foi o primeiro e último a marcar, com um ko-soto-gake preciso para ippon, não deixando nenhuma fuga possível para MAISURADZE. Esta é a segunda medalha de ouro do evento para o Azerbaijão.

Na primeira disputa pela medalha de bronze Wachid BORCHASHVILI (AUT), cujo irmão foi medalhista de bronze olímpico neste verão em Tóquio, enfrentou Stanislav GUNCHENKO (UKR), que não tinha histórico neste nível de competição até o momento. Um minuto e 49 segundos do período de golden score foram necessários para Wachid BORCHASHVILI marcar ippon após uma partida muito disputada que só foi decidida nos pênaltis.

Com quatro medalhas de bronze no Grande Prêmio já em seu nome, Jesper SMINK (NED) teve a possibilidade de adicionar mais uma, competindo contra KHALMURZAEV Khusen (RUS), medalhista de prata no Grande Prêmio de Tashkent em 2019 e irmão gêmeo do Campeão Olímpico de 2016 Khassan KHALMURZAEV. Este último conquistou a medalha de bronze depois que seu adversário recebeu um terceiro shido, um segundo antes do final da partida, por um ataque falso, erro que lhe custou aquele degrau final ao pódio.


Resultados finais
1 MEHDIYEV Mammadali ( AZE )
2 MAISURADZE Luka ( GEO )
3. BORCHASHVILI Wachid ( AUT )
3. KHALMURZAEV Khusen ( RUS )
5. GUNCHENKO Stanislav ( UKR )
5. SMINK Jesper ( NED )
7. KALJULAID Klen Kristofer ( EST )
7. GOZ Roland ( HUN )

-78 kg: Uma vitória sorridente para STEVENSON

A medalha de prata em Tbilisi este ano, Karen STEVENSON (NED), teve uma nova chance de chegar ao ouro ao enfrentar Patricija BROLIH (SLO) na final, que até agora não tinha nada melhor do que um quinto lugar em um grande prêmio em seu nome.


Vimos essa combinação várias vezes durante o dia: sumi-gaeshi e trabalho de solo. Depois que ela pisou no tatame, totalmente relaxada e sorridente, essa foi a tática que STEVENSON aplicou perfeitamente na final, derrotando Patricija BROLIH com facilidade para ganhar o ouro.

Número 41 do mundo, Sophie BERGER (BEL) e Teresa ZENKER (GER), do 50º lugar, foram as concorrentes à primeira medalha de bronze. Demorou mais de três minutos para ZENKER vencer com um arremesso waza-ari seguido imediatamente por uma imobilização para ippon, mas a alemã dominou claramente seu oponente durante toda a partida. Esta é a primeira medalha em um Grande Prêmio da competidora alemã.

A medalha de prata mundial júnior de 2019 Renee VAN HARSELAAR (NED) enfrentou a vencedora do Sarajevo European Open 2021, Emma REID (GBR), pela segunda medalha de bronze. Após dois minutos, REID assumiu a liderança com um sumi-gaeshi para waza-ari e então foi trabalhar no chão, liberando sua perna e imobilizando VAN HARSELAAR por ippon para ganhar sua primeira medalha em um Grande Prêmio.


Resultados finais
1. STEVENSON Karen ( NED )
2. BROLIH Patricija ( SLO )
3. ZENKER Teresa ( GER )
3. REID Emma ( GBR )
5. BERGER Sophie ( BEL )
5. VAN HARSELAAR Renee ( NED )
7. DZIOPA Paulina ( POL )
7. SCHMID Lea ( GER )

-100 kg: ADAMIAN ganha o primeiro ouro para a Rússia

Arman ADAMIAN (RUS) fez seu maior esforço na semifinal contra o ex-campeão mundial do Cuba Asley GONZALEZ, agora competindo sob a bandeira da Romênia. Depois de uma partida muito disputada, ADAMIAN teve que esperar até o placar de ouro para finalmente conseguir um waza-ari. Na final, ele se opôs a KURBJEWEIT GARCIA Dario (GER), que só tinha um quinto lugar em um grande prêmio em seu nome antes do início do evento de Zagreb.


Depois de apenas 17 segundos, ADAMIAN marcou, registrado primeiro como ippon, mas baixou para waza-ari depois que o vídeo da arbitragem confirmou que KURBJEWEIT GARCIA não caiu de costas. A partida parecia um pouco mais equilibrada então, pelo menos até restarem 44 segundos. ADAMIAN então contra-atacou seu oponente para marcar um segundo waza-ari que lhe ofereceu a medalha de ouro.

O país-sede teve outra chance de conquistar uma medalha, com Marko KUMRIC (CRO) que enfrentou Asley GONZALEZ (ROU) pelo bronze. Não foi uma tarefa fácil, mas Marko KUMRIC, apoiado totalmente por um companheiro presente nas arquibancadas, teve uma ótima atuação, marcando um waza-ari com sumi-gaeshi, provavelmente a técnica do dia e depois mantendo a vantagem até o final. KUMRIC ganhou a segunda medalha para o país de origem aqui em Zagreb.

Falk PETERSILKA (GER), de 23 anos, competiu contra o vencedor do Grand Slam de Kazan nesta temporada, Simeon CATHARINA (NED), também de 23 anos. Eri-seoi-otoshi e kata guruma combinados para o bilhete vencedor para Simeon CATHARINA ganhar a medalha de bronze.



Resultados finais
1. ADAMIAN Arman ( RUS )
2. KURBJEWEIT GARCIA Dario ( GER )
3. CATHARINA Simeon ( NED )
3. KUMRIC Marko ( CRO )
5. PETERSILKA Falk ( GER )
5. GONZALEZ Asley ( ROU )
7. ZEKAJ Shpati ( KOS )
7. EICH Daniel ( SUI )

+ 78 kg: Uma vitória fácil para a TOLOFUA da França

Julia TOLOFUA (FRA) é membro da escola francesa de peso pesado feminino. Ela entrou na final contra Mercedesz SZIGETVARI (HUN), a segunda, há uma semana, em Sarajevo, por ocasião do Aberto da Europa.


Julia TOLOFUA realmente não teve que fazer um grande esforço, ela apenas teve que deixar Mercedesz SZIGETVARI cometer erros e coletar os benefícios. Depois que a judoca húngara foi penalizada três vezes, Julia TOLOFUA pôde desfrutar do sabor do ouro.

A Croácia classificou outra atleta, Tina RADIC, para o bloco final. Ela enfrentou Renee LUCHT da Alemanha para ganhar um lugar no pódio. RADIC sonhava em imitar seu companheiro de equipe Marko KUMRIC, mas infelizmente foi derrotada com uma contenção, mandando a medalha para o competidor alemão.

A segunda francesa da categoria, Laura FUSEAU se classificou contra Helena VUKOVIC (CRO) por uma vaga no pódio. Ninguém parecia ser capaz de encontrar a menor solução para arremessar até o período de pontuação de ouro, quando FUSEAU eventualmente aplicou um pequeno o-uchi-gari para fazer seu oponente reagir com um passo para trás, deixando espaço para FUSEAU lançar um forte o-soto-gari canhoto para ippon, destruindo o sonho de VUKOVIC de chegar ao pódio.


Resultados finais
1. TOLOFUA Julia ( FRA )
2. SZIGETVARI Mercedesz ( HUN )
3. LUCHT Renee ( GER )
3. FUSEAU Laura ( FRA )
5. RADIC Tina ( CRO )
5. VUKOVIC Helena ( CRO )

+ 100kg: Ouro para SPIJKERS para concluir o fim de semana

A última final do dia e da competição viu Jur SPIJKERS da Holanda e Vladut SIMIONESCU (ROU) disputarem o ouro. Eles foram os melhores colocados na categoria e venceram todas as lutas pelo ippon.


Sempre em movimento, Jur SPIJKERS estava assediando SIMIONESCU com todos os tipos de pequenas técnicas destinadas a preparar ataques mais fortes, um dos quais eventualmente veio: um o-uchi-gari massivo que achatou SIMIONESCU para ippon. Ouro para SPIJKERS!

No primeiro concurso de medalha de bronze, Yevheniy BALYEVSKYY (UKR) encontrou Vito DRAGIC (SLO). Após 2'51 de placar de ouro e duas penalidades distribuídas de cada lado do placar, Yevheniy BALYEVSKYY finalmente fez o gol do ippon com uma técnica oportunista de shime-waza.

Daniel ZORN (GER) e Martti PUUMALAINEN (FIN) foram os últimos atletas que tiveram a chance de ganhar uma medalha na edição de 2021 do Grande Prêmio de Zagreb. PUUMALAINEN não deixou a chance fugir dele. Enquanto estava continuamente atacando e correndo riscos, ZORN foi penalizado três vezes e, portanto, desclassificado, oferecendo uma merecida medalha ao competidor finlandês.


Resultados finais
1. SPIJKERS Jur ( NED )
2. SIMIONESCU Vladut ( ROU )
3. BALYEVSKYY Yevheniy ( UKR )
3. PUUMALAINEN Martti ( FIN )
5. DRAGIC Vito ( SLO )
5. ZORN Daniel ( GER )
7. CULUM Zarko ( SRB )
7. MARINIC Enej ( SLO )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau


GP de Zagreb: Análise Técnica Terceiro Dia - o Ranking Fala Volumes

Borchashvili (AUT) e Goz (HUN) se encontrando na recarga de -90kg

Armen Bagdasarov, ele próprio um medalhista olímpico, sabe muito bem a importância dos eventos do Circuito Mundial de Judô para o judoca que se esforça para chegar ao nível mais alto. Agora, como Diretor de Árbitro Chefe da IJF, Bagdasarov oferece sua visão do terceiro dia do Grande Prêmio de Zagreb.

“É interessante ver a nova geração dando um passo à frente após as Olimpíadas. Certamente veremos muitos desses atletas em Paris 2024. Borchashvili (AUT) e Goz (HUN), por exemplo, lutando na recarga de -90kg, trouxeram muito espírito. Talvez eles precisem examinar as táticas mais profundamente no futuro, mas o judô em si está lá. "

"Petersilka (GER) com -100 kg, mostrou um uchi-mata habilidoso contra seu oponente Kosovan e também pode se mover em várias situações de uchi-mata bem, como tori ou uke, usando sukashi e outros contra-ataques de forma eficaz. Ele foi campeão mundial de cadetes em 2015, mas ainda não se classificou para os escalões seniores. Ele parece estar se aproximando muito hoje, com alguma percepção tática notável. 

Mehdiyev (AZE) com -90kg mostrou sua classe hoje, assim como Adamian (RUS) com -100kg. Claro que eles já têm medalhas neste nível e além, mas sua presença é quase um desafio para os recém-chegados e um convite perfeito para melhorar. ”

Mehdiyev (AZE) venceu Khalmurzaev (RUS) na semifinal para se 
manter fiel à lista de classificação.

As duas primeiras sementes com + 100kg provaram sua classificação. Nenhum dos atletas olímpicos anteriores está aqui nessa categoria, mas isso dá uma boa oportunidade para esses pesos pesados ​​mais jovens fazerem grandes partidas e ganharem a experiência de que, sem dúvida, precisam. Os primeiros colocados nos grupos de -78kg e + 78kg também chegaram às suas respectivas finais. Isso é contar sua própria história sobre o valor da lista de classificação e como a organização de torneios alimenta o judoca. "

Karen Stevenson (NED) a caminho da final dos -78kg em Zagreb.

"Não importa quem participa ou não dos eventos, a lista de classificação fornece informações importantes para todos e em todos os eventos informará a seleção e, portanto, a preparação dos treinadores e atletas."

À medida que o torneio chega ao fim, todos concordam que o padrão tem sido alto, considerando o furor dos últimos meses e a óbvia calmaria esperada após essa tempestade. Os judocas se equiparam bem e ofereceram uma visão do futuro do judô mundial e parece que o ciclo de Paris, apesar de seus poucos anos, trará emoção e espírito e tudo isso está chegando mais rápido do que podemos imaginar.

Fotos: Gabriela Sabau

GP de Zagreb: Por que competir em Zagreb?


A poeira mal baixou, mas Tóquio parece distante e, de alguma forma, ainda está conosco. Foi absolutamente necessário seguir direto para o novo ciclo, com Paris a menos de três anos de distância. Este é um ciclo excepcionalmente curto e para que todos os membros da comunidade do judô estejam prontos, eles devem treinar, praticar, ensaiar, desenvolver e analisar agora e isso deve ser feito com habilidade e propósito.

Apesar desta compreensão comum do contexto, não estamos todos na mesma posição e não chegamos aqui a Zagreb com as mesmas experiências ou expectativas. Já notamos a inclusão do judoca mais jovem e dos novos treinadores e árbitros, e eles são armados na Croácia por uma equipe de organizadores altamente experiente, garantindo que este Grande Prêmio seja um torneio bem executado. Essa é uma das formas pelas quais o judô fomenta uma cultura de educação e facilitação, com cada setor e geração zelando pelo outro. É respeitoso, é tolerante e também é progressivo. 

Entre os atletas há uma lista quase inesgotável de motivos para competir neste primeiro evento do Circuito Mundial de Judô desde os Jogos. Se não pensarmos além da superfície, poderíamos supor que conhecemos as razões e talvez suporíamos que todos são semelhantes, mas não é o caso.

Hidayat Heydarov (AZE) é um medalhista mundial duplo com apenas 24 anos e é finalista em Zagreb. No papel a medalha estava assegurada, mas mesmo assim o judô é judô e nada está garantido. Ele está satisfeito por estar em forma e com uma medalha, mas não era estritamente o objetivo, “Tenho o Grand Slam de Baku chegando, em casa e quero muito estar pronto. Este evento é um grande aquecimento para uma nova era. ”

Heydarov (AZE) a caminho do ouro do Grande Prêmio: preparação perfeita

Heydarov não se contentou com suas vitórias anteriores e com tantos anos potencialmente competitivos pela frente, ele tem todos os motivos para planejar um futuro de alto nível. E quanto a outros atletas experientes? Eles pensam da mesma maneira? 

Petra Nareks (SLO) é uma medalhista 5 vezes do WJT com uma carreira esportiva de destaque ao longo de 18 anos desde que competiu em seu primeiro campeonato mundial em Osaka em 2003. Ela tem quase 39 anos e talvez Paris não seja o objetivo. “Foi um presente para mim! Gosto de ficar em boa forma para ter a sensação certa quando estou treinando, mas também é ótimo sentir a adrenalina novamente após a pandemia. É um evento próximo de casa também e me sinto confortável em Zagreb, então há muitos motivos. ”

O compatriota Andreja Leski (SLO), que ganhou a prata com -63 kg no Campeonato Mundial de Budapeste de 2021, deu uma visão diferente e está claramente em um caminho diferente: “Acreditamos que consistência é a chave para obter grandes resultados, então, no final de o ciclo de Tóquio nós tínhamos um mês só para nós, sem treinar e então decidimos que era o suficiente e era hora de voltar à nossa preparação. O principal objetivo neste momento é o Campeonato do Mundo no Uzbequistão e o nosso treinador é de lá, por isso é um grande negócio para ele. Esses eventos são etapas para verificar nosso formulário. Também é como treinar sem grandes expectativas. É bom para toda a equipe estar aqui novamente. ”

A bem descansada Leski (SLO) ganhou ouro em Zagreb

Pelas palavras experientes de Heydarov, Leski e Nareks, diferentes entre si apesar de seu conforto uniforme a este nível, podemos passar para aqueles que acabaram de quebrar seus limites anteriores para vir e competir em Zagreb. 

Emma Reid (GBR) ganhou o ouro no Sarajevo European Open há apenas uma semana com -78kg. Sua visão está totalmente envolvida em uma estratégia de desenvolvimento: “Ainda não tive a chance de competir em muitos eventos do WJT. Agora tive algum sucesso no Open Continental e quero dar o próximo passo. ”

O medalhista mundial júnior de prata e campeão europeu u23, Roland Goz, da Hungria, traz ainda mais diversidade para a mesa, inspirado por um compatriota, “Estou aqui para o desafio depois dos Jogos Olímpicos. Krisztian Toth é o meu parceiro de treino e também a minha motivação, por isso estou aqui para iniciar o ciclo de Paris e quero seguir a carreira dele com a minha. Esta competição é um grande começo, um treinamento para o futuro. Não é o mais forte, mas é a melhor plataforma de lançamento para Paris. ”

Roland Goz (HUN) no Campeonato Mundial para juniores em Marrocos em 2019.

Diversidade de idade, peso, experiência e objetivo podem nos fazer pensar profundamente sobre os processos e raciocínios que nos trazem ao World Judo Tour, mas quando todas as discussões forem concluídas talvez haja menos em que pensar porque o fio que os une a todos é muito simples: Judô e um estilo de vida baseado em valores. Nossa comunidade é competitiva e ambiciosa, mas nossa ligação regular em todo o mundo também nos mostra o quão unidos realmente somos.

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio


sábado, 25 de setembro de 2021

GP de Zagreb: Guilherme Schimidt garante prata para o Brasil


O judô brasileiro começou o ciclo Paris 2024 da mesma forma como encerrou o de Tóquio 2020: no pódio. Neste sábado, 25, o novato Guilherme Schimidt, de 20 anos, conquistou a medalha de prata na final do peso meio-médio masculino (81kg) do Grand Prix de Zagreb, na Croácia. Ele venceu três lutas e só parou na final diante do número um do mundo, Tato Grigalashvili, da Geórgia. Essa foi a primeira medalha do brasileiro em Grand Prix. 

Guilherme Schimidt disputando a final do peso meio-médio masculino contra o número um do mundo, Tato Grigalashvili, da Geórgia.

“Conquistei a medalha de prata na primeira competição pós-Tóquio. Estou muito feliz. Essa medalha vai em homenagem ao meu Sensei que faleceu, Sensei Carlinhos. Obrigado a todos que torceram. Que essa seja a primeira de muitas que virão pela frente”, comemorou o judoca brasileiro, que somou 490 pontos no ranking mundial e deve melhorar sua 35ª posição. 

Schimidt estreou nas oitavas-de-final, batendo o francês Tizie Gnamien por ippon com uma chave de braço. Nas quartas, superou Jose Maria Izquieta, da Espanha, por waza-ari, e avançou à semifinal, onde superou o moldavo Dorin Gotonoaga, por ippon.  

Na luta pelo ouro, Schimidt encarou uma pedreira, o atual número um do mundo, Tato Grigalashvili, da Geórgia, vice-campeão mundial e quinto colocado nos Jogos de Tóquio. O adversário conseguiu um waza-ari de vantagem logo no início da luta e administrou o placar. O brasileiro se manteve agressivo no combate, conseguiu forçar duas punições em Grigalashvili, mas não alcançou a pontuação para ficar com a vitória. 

Guilherme Schimidt é uma das caras novas do judô brasileiro para este ciclo olímpico. Entre seus principais resultados, estão o ouro no Pan-Americano Sênior de Guadalajara, neste ano, e o bronze no Mundial Júnior de 2019. Ele passou pelos dojôs do SESI-Taguatinga e Academia Espaço Marques Guiness, do Distrito Federal, e, hoje, representa o tradicional Minas Tênis Clube, trilhando caminho parecido ao de seus conterrâneas e ídolos do judô nacional, Ketleyn Quadros, Érika Miranda e Luciano Corrêa, que atuou como técnico da seleção, orientando o pupilo em Zagreb.  

Outros três brasileiros também lutaram neste sábado, mas não conseguiram avançar em suas chaves. Luana Carvalho (70kg), caçula da equipe com apenas 19 anos, estreou com boa vitória sobre Shaked Amihai, de Israel, por ippon, mas parou na experiente Anka Pogacnik, da Eslovênia.  

Ainda nos 70kg, Millena Silva, de 21 anos, não conseguiu passar por Andela Violic, da Croácia, na primeira luta, assim como Michael Marcelino (73kg) parou em Jeroen Casse, da Bélgica, nas punições (3-2).  

Dos sete representantes brasileiros em Zagreb, dois chegaram às disputas por medalhas: Natasha Ferreira (48kg) perdeu o bronze e ficou em quinto lugar, além de Guilherme Schimidt, que foi até a final. O time brasileiro foi composto por judocas Sub-23, em sua maioria, que começam a ganhar experiência internacional em competições adultas e a somar os primeiros pontos no ranking mundial. 

Quinta colocada em seu primeiro Grand Prix, Natasha Ferreira vê evolução e motiva-se para corrida rumo à Paris 2024

Peso Ligeiro (48kg) de 22 anos, Natasha Ferreira, em sua segunda participação apenas em etapas do Circuito Mundial Sênior, garantiu o Brasil nas disputas por medalhas do Grand Prix nesta sexta, 24, primeiro dia de competição, e ficou muito perto do pódio, terminando em quinto lugar.  
Natasha disputa o bronze contra a holandesa Gersjes Amber

“Depois do início da pandemia, eu não tive oportunidade de participar de competições sênior nem no Brasil. Mas, me dediquei ao máximo nos treinamentos de campo e sempre mantive o foco na minha preparação”, conta.  

A medalha em Zagreb escapou por muito pouco. Depois de passar pelas preliminares com vitórias seguras sobre Lois Petit, da Bélgica, e Katharina Tanzer, da Áustria, a brasileira caiu na semifinal diante da francesa Melanie Vieu.  

Na disputa pelo bronze, ela enfrentou uma adversária mais experiente, a holandesa Gersjes Amber, de 24 anos, campeã mundial júnior em 2017. Mais alta, Amber conseguiu projetar Natasha para abrir um waza-ari de vantagem. A brasileira não recuou e empatou o duelo com uma bela técnica de pernas.  


No tempo extra, Natasha ainda impôs maior volume de ataques, forçando uma punição à holandesa. Depois de quase 7 minutos de luta no golden score, Amber encaixou um uchi-mata e venceu a luta por ippon. 

Essa foi a primeira competição de Natasha Ferreira com a seleção principal desde que subiu da classe Sub-21 para a Sênior. Em 2019, ela integrou a equipe júnior do Brasil que lutou o Grand Slam de Brasília, em sua primeira experiência em eventos desse nível.   

“Faltou pouco para a medalha. (Do júnior para o sênior) Não senti tanto na força e na preparação física, mas talvez, a maior diferença seja a parte da experiência, que foi o que eu senti. Vim para Zagreb com o objetivo de medalhar. Infelizmente, a medalha não veio. Mas, acredito que tenha sido uma boa estreia em Grand Prix e já senti uma evolução do Grand Slam de Brasília que lutei quando ainda era Sub-21. Minha maior motivação é alcançar a vaga olímpica de Paris, em 2024, e treino todos os dias pensando nisso. Quero chegar nos pódios o quanto antes”, projetou a judoca da Sociedade Morgenau, do Paraná. 

A próxima competição do Circuito Mundial será o Grand Slam de Paris, na França, nos dias 16 e 17 de outubro. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ



GP de Zagreb: Confira os resultados do segundo dia de competição


Quatro novas categorias estiveram em ação no segundo dia do Grande Prêmio de Zagreb, na Croácia. Enquanto no primeiro dia uma onda de jovens varreu a Arena Zagreb, com a idade média dos medalhistas de 24,3 anos, todos os observadores esperavam para saber se a tendência seria confirmada nos homens -73kg e - 81kg e nas mulheres -63kg e - 70kg. Foi o que aconteceu, com a idade média dos medalhistas ainda mais baixa, 23,1 anos, no dia 2.


Outra dúvida que se levantou foi se a França, que pela primeira vez enviou atletas selecionados por seus respectivos clubes, apesar de disputar as cores do país, dominaria os debates como fez nas categorias leves. Elas conquistaram dois títulos femininos, incluindo uma final 100% francesa e também duas medalhas no grupo masculino. Isso não aconteceu hoje, já que a França colocou apenas um jogador no bloco final, enquanto outras nações brilharam, como Reino Unido, Eslovênia e Moldávia.

No entanto, essas não foram as únicas perguntas. Este segundo dia também foi um dia de redenção para alguns atletas que tinham grandes esperanças mundiais e olímpicas alguns meses atrás. Infelizmente para eles, suas esperanças foram desmontadas pela realidade do tatame. Foi o caso de Hidayat Heydarov (AZE), campeão mundial junior em 2017, bicampeão mundial de bronze e também campeão europeu. Talvez seja ainda mais claro no caso de Tato Grigalashvili (GEO), que todos viam como um sério candidato ao título olímpico de Tóquio, mas que perdeu completamente o encontro. Os dois competidores responderam bem às perguntas ao chegar às respectivas finais.

-63 kg: Clever LESKI ganha ouro

Sendo os dois atletas mais bem colocados da categoria, Andreja LESKI (SLO), medalhista de prata nos últimos campeonatos mundiais, e Geke VAN DEN BERG (NED), com um recorde de duas medalhas de Grande Prêmio até o momento, chegaram à final sem lutar também muitos problemas. Depois de uma primeira luta contra Annabelle WINZIG (GER), que era uma grande contendora, LESKI venceu mais duas lutas pelo ippon, enquanto VAN DEN BERG venceu todas as suas rodadas preliminares antes do tempo integral.


A maior parte da final foi uma forte oposição de guarda entre os dois judocas, VAN DEN BERG parecendo mais forte do que LESKI, mas o esloveno estava estável e não temia estar sob pressão. À medida que a partida se aproximava do fim, LESKI habilmente tentou um movimento de quadril antes de mudar de direção em um piscar de olhos para mergulhar sob o centro de gravidade de seu oponente por um sumi-gaeshi para waza-ari e uma segunda medalha de ouro em um grande prix.

Israel é outra equipe que conta com o World Judo Tour com a equipe conquistando a medalha de bronze na primeira prova olímpica de equipes mistas, em Tóquio. Assim, ver novos nomes israelenses é sempre interessante, para descobrir quem podem ser suas futuras estrelas. Claro que Inbal SHEMESH não é totalmente desconhecida, com as suas três medalhas no Grande Prémio antes do Grande Prémio de Zagreb. Ela chegou à disputa pela medalha de bronze e enfrentou Renata ZACHOVA (CZE), campeã europeia junior de 2020, por uma vaga no pódio. Depois de pouco mais de um minuto, ZACHOVA assumiu uma forte liderança com um waza-ari em um contra-ataque baixo, mas alguns segundos depois, SHEMESH marcou de volta com um ippon-seoi-nage canhoto. Era então a hora do placar de ouro! É depois de 5'16 que ZACHOVA finalmente conseguiu um segundo waza-ari enquanto SHEMESH tentava obter uma pegada superior, com um uchi-mata canhoto,

Com apenas 20 anos, Laura FAZLIU é mais um novo membro da poderosa equipe Kosovan, que pode brilhar no futuro. Ela alcançou a disputa pela medalha de bronze contra Angelika SZYMANSKA (POL), uma medalhista europeia u23 em 2020. FAZLIU nunca olhou realmente sob a ameaça de seu oponente e depois de algumas tentativas de uchi-mata, ela implantou seu movimento aéreo para marcar ippon e ganhar um poço merecida medalha.




Resultados finais
1. LESKI Andreja ( SLO )
2. VAN DEN BERG Geke ( NED )
3. ZACHOVA Renata ( CZE )
3. FAZLIU Laura ( KOS )
5. SHEMESH Inbal ( ISR )
5. SZYMANSKA Angelika ( POL )
7. DEKETER Manon ( FRA )
7. BAZYNSKI Nadja ( GER )

-73kg: HEYDAROV assina seu retorno

Sendo 11º na lista do ranking mundial e cabeça-de-chave aqui em Zagreb, Victor STERPU (MDA) não é uma surpresa. Chegou à final da categoria ao derrotar Jeroen CASSE (BEL), Ayub KHAZHALIEV (RUS) e Mark HRISTOV (BEL) na semifinal. Na segunda metade do sorteio, Hidayat HEYDAROV teve que trabalhar muito para chegar também à final após quatro lutas intensas. Seu 47º lugar no mundo não é representativo do talento do atleta azerbaijano de 24 anos. Não há dúvida de que uma competição como o Zagreb é sempre boa para recuperar a confiança.


3'57 dos 4 minutos de tempo alocado foram necessários para que a HEYDAROV encontrasse uma minúscula oportunidade, depois do que parecia ser uma dança entre os dois atletas e poderia ter acontecido de qualquer maneira. No final, foi o campeão do Azerbaijão quem marcou um ippon libertador.

Os dois russos Ayub KHAZHALIEV e Makhmadbek MAKHMADBEKOV (RUS) se encontraram na primeira disputa pela medalha de bronze por apenas uma vaga no pódio. Foi Makhmadbek MAKHMADBEKOV quem conquistou esse lugar depois de marcar duas vezes, a segunda pontuação sendo uma mudança brilhante na direção do movimento do quadril para o sutemi-waza. Esta é a primeira medalha de MAKHMADBEKOV em um Grande Prêmio.

O segundo concurso de medalha de bronze viu Alexandru RAICU (ROU), vencedor do Grand Slam de Tel Aviv no início desta temporada e Mark HRISTOV (BUL), medalhista de prata no Campeonato Mundial Cadet 2017 em Santiago do Chile. Não parecia imediatamente claro por que Mark HRISTOV foi premiado com ippon, mas o vídeo da arbitragem era indiscutível. Enquanto RAICU tentava aplicar uma técnica de sacrifício, HRISTOV envolveu sua perna por dentro e pontuou com um o-uchi-gari. Esta é a primeira medalha para o judoca búlgaro, neste nível.



Resultados finais
1. HEYDAROV Hidayat ( AZE )
2. STERPU Victor ( MDA )
3. MAKHMADBEKOV Makhmadbek ( RUS )
3. Marca HRISTOV ( BUL )
5. KHAZHALIEV Ayub ( RUS )
5. RAICU Alexandru ( ROU )
7. HOJAK Martin ( SLO )
7. CASOS ROCA Salvador ( ESP )

-70kg: Bravo PETERSEN-POLLARD, mas a vitória vai para POGACNIK

É uma característica bem conhecida que ser um atleta de ponta não é 100% garantido para chegar à final, mas ajuda muito e foi o que aconteceu com Anka POGACNIK (SLO), uma cinco vezes medalhista do Grande Prêmio antes de Zagreb . Sem registro no World Judo Tour, Kelly PETERSEN-POLLARD (GBR) não tinha medo de ser um azarão. Ela também chegou à final para abrir sua lista de prêmios nesse nível.


PETERSEN-POLLARD começou a final com bravura e não teve medo da primeira posição de seu oponente na semeadura. Decorridos quatro minutos, como nada estava registrado no placar, começou o período do placar de ouro e novamente o atleta britânico lançou vários ataques fortes. A última não estava preparada o suficiente e devido a um controle potencialmente perigoso no braço do oponente, PETERSEN-POLLARD foi desclassificado, oferecendo o ouro para POGACNIK pela segunda vez em sua carreira.

A Grã-Bretanha pegou fogo na categoria, quando uma segunda atleta competindo com a Union Jack costurada em seu judogi chegou ao bloco final. Katie-Jemina YEATS-BROWN (GBR) se opôs a Alina LENGWEILER (SUI) por um lugar no pódio, para se juntar a sua companheira de equipe, mas isso não aconteceu porque YEATS-BROWN foi lançado duas vezes para waza-ari, seus ataques e contra-ataques claramente sem controle e, portanto, oferecendo oportunidades para a judoca suíça, das quais ela não desistiu.

Na segunda disputa pela medalha de bronze, campeã europeia 2017 u23, Hilde JAGER (NED) se reuniu com Katarzyna SOBIERAJSKA (POL), para garantir a primeira medalha em um grande prêmio para uma delas. Isso acabou sendo para SOBIERAJSKA, já que a competidora polonesa oportunisticamente marcou depois de alguns segundos no período de pontuação de ouro, com um ippon-seoi-nage clássico destro de seus joelhos.


Resultados finais
1. POGACNIK Anka ( SLO )
2. PETERSEN POLLARD Kelly ( GBR )
3. LENGWEILER Alina ( SUI )
3. SOBIERAJSKA Katarzyna ( POL )
5. YEATS-BROWN Katie-Jemima ( GBR )
5. JAGER Hilde ( NED )
7. GALANDI Marlene ( GER )
7. HOELTERHOFF Julie ( GER )

-81kg: GRIGALASHVILI Sinaliza autoconfiança

Tato GRIGALASHVILI (GEO) era sem dúvida o atleta mais aguardado da categoria, senão de toda a competição. Competindo sozinho, sem treinador, aquele que tinha tanta esperança associada ao seu nome mas ao mesmo tempo tanta pressão, entrou relaxado no seu primeiro jogo. Isso valeu a pena, pois levou apenas 11 segundos para colocar seu oponente em órbita com um incrível ura-nage. As rodadas seguintes foram quase tão fáceis para o georgiano, que parecia intocável. Na segunda metade do sorteio, outro competidor impressionou com sua capacidade de arremesso e luta. Guilherme SCHIMIDT (BRA) mostrou ótimo judô, prometendo uma final interessante.


Tato GRIGALASHVILI rapidamente assumiu a liderança com um primeiro gol de waza-ari em um contra-ataque, mas pela primeira vez no dia, o judoca georgiano teve que passar mais de dois minutos no tatame, com SCHIMIDT oferecendo uma forte resistência. Na verdade, o último minuto e meio da partida foi até difícil para GRIGALASHVILI, que estava sob pressão permanente do corajoso brasileiro. Este último não teve medo nenhum e GRIGALASHVILI teve que se manter muito concentrado para não cometer erros, tarefa que acabou cumprindo, para conquistar a merecida medalha de ouro, que com certeza trará de volta um pouco de autoconfiança.

Para a primeira luta pela medalha de bronze, Baptiste PIERRE (FRA), ex-medalhista do Grand Slam de Paris e duas vezes medalhista do Grande Prêmio Dorin GOTONOAGA (MDA) se enfrentaram para completar o pódio. O competidor francês nunca esteve em posição de assumir a liderança. Apesar do treinador ter mandado ele acordar, isso nunca aconteceu de verdade, mesmo com um esforço para fazer uma pequena mudança no ritmo ao final da partida. GOTONOAGA, que já havia marcado um waza-ari cedo, concluiu faltando dez segundos, com um segundo waza-ari para conquistar a medalha de bronze.

A segunda medalha de bronze foi disputada por Robert RAJKAI (HUN), 177 no Ranking Mundial e Jim HEIJMAN (NED), 158. A medalha de bronze foi para a Hungria com a vitória clara de Robert RAJKAI.


Resultados finais
1. GRIGALASHVILI Tato ( GEO )
2. SCHIMIDT Guilherme ( BRA )
3. GOTONOAGA Dorin ( MDA )
3. RAJKAI Robert ( HUN )
5. PIERRE Baptiste ( FRA )
5. HEIJMAN Jim ( NED )
7. URQUIZA SOLANA Alfonso ( ESP )
7. MENDIOLA IZQUIETA Jose Maria ( ESP )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau


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