sexta-feira, 7 de maio de 2021

Eleições FPJ: RenovaJudô emite Nota de Esclarecimento


A chapa RenovaJudô vem a público esclarecer que repudia qualquer ilação sobre a sua participação na reunião do dia 23/04/2021, denominada de eleição da FPJ. 

Referida eleição havia sido cancelada pelo Administrador Provisório, mediante Resolução de Intervenção publicada na imprensa oficial de São Paulo no dia 13/04/2021 (https://cbj.com.br/painel/arquivos/atas_reunioes/arquivo_cbj_150153130421.pdf) e a validade deste ato de cancelamento foi reconhecida judicialmente, inclusive. 

A chapa RenovaJudô jamais participaria de uma fraude! Muito ao contrário, anunciou previamente a invalidade da suposta eleição e alertou aos participantes das consequências, que, aliás, advieram com as punições aplicadas pelo STJD do Judô, publicadas no site da entidade (https://cbj.com.br/painel/arquivos/atas_reunioes/arquivo_cbj_143116050521.pdf). 

A afirmação mentirosa de que houve eleição e obtivemos algum voto em minoria trata-se de uma simulação mentirosa para tentar iludir a comunidade judoística e a Justiça de São Paulo, o que renderá a devida responsabilização nas esferas próprias. 

Nossos advogados também muito antes expuseram a ilegalidade da realização da reunião e a não participação do RenovaJudô, por meio de vídeo veiculado nas mídias sociais (https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=4170420432989308&id=100000641783548) e em entrevista pública e notória à Revista Veja (https://veja.abril.com.br/blog/radar/federacao-paulista-de-judo-sob-intervencao-apos-eleicao-questionada/). 

A chapa RenovaJudô apoia incondicionalmente a intervenção na Federação, conforme já confirmada em decisões distintas por quatro vezes pelo Poder Judiciário Paulista, e somente participará de eleições regularmente convocadas pelo administrador provisório. 

RenovaJudô, de Fato e de Direito!

Clique aqui e confira o documento oficial.

Por: ASCOM RenovaJudô

FIJ: Outro Mundo - Conheça a história de Kinaua Biribo de Kiribati.


Podemos imaginar uma mudança de cenário maior do que a que Kinaua BIRIBO vem experimentando há vários meses? A jovem nasceu no que costuma ser chamado de fim do mundo: Kiribati. No segundo dia do Grand Slam de Kazan, ela participou de sua primeira competição. Para uma introdução, isso é algo! Nós a conhecemos nos bastidores do evento. Ela nos contou sobre sua aventura, seu país distante e, claro, o judô.

“Kiribati? Ninguém sabe realmente onde está. Quando me perguntam, explico que fica no meio do Pacífico Sul, mas em geral as pessoas não o localizam. Então, eu explico a eles que este é o primeiro país no mundo em que o sol nasce. "A cena está montada.

Kiribati é assim constituído por três arquipélagos principais, compreendendo um total de 32 atóis, bem como algumas outras ilhotas, cuja capital é Tarawa do Sul. Se a estreiteza do terreno, cerca de 1% do território, o torna um dos menores países do mundo (811 km2), a dispersão das ilhas permite que Kiribati reivindique uma área marítima de 3.550.000 km2, que abrange vários fusos horários. Mas o que talvez mais caracterize Kiribati seja a sua altitude, 2m, o que o torna ameaçado pela subida do oceano e pelas alterações climáticas.


Tudo isso explica por que Kinaua descobriu outro mundo quando chegou a Kazan para o Grand Slam: "O que mais me impressionou foi o tamanho do país. A Rússia é gigantesca comparada a Kiribati e há edifícios altos em todos os lugares, tão altos!"

Ainda assim, por quase um ano, a jovem conseguiu se acostumar um pouco com paisagens totalmente diferentes de seu pequeno paraíso distante, "Há pouco mais de um ano, tive a oportunidade de ir ao Japão treinar por um mês, mas com a explosão da pandemia global, o mês se tornou dois, depois três e agora estou presa lá. Não posso ir para casa. As fronteiras estão fechadas. " 

Isso pode explicar ainda mais o isolamento de Kiribati, que não pode se dar ao luxo de se expor à Covid. As coisas não estão fáceis para Kinaua, que teve que deixar tudo para trás e não sabe quando poderá voltar para casa. Não nos atrevemos a fazer essa pergunta a ela, pois sentimos a emoção se intensificando assim que ela menciona seu povo.


“Há um ano moro no Japão, onde posso treinar e desenvolver meus conhecimentos de judô. Gosto muito da cultura japonesa e principalmente da comida. É tão bom para a saúde. Por outro lado, todas essas montanhas, é complicado para mim, vindo de um país que mal ultrapassa a superfície do oceano e que está ameaçado pela subida das águas ”.

Podemos considerar Kinaua um jovem judoca, integrante de uma federação muito jovem, daqueles que ingressaram mais recentemente na família do judô, sob a liderança de Eddie Karoua, tornando-se membro da FIJ.

Kinaua, que começou no wrestling, só chegou ao judô há menos de dois anos. Em tão pouco tempo, ir dos tatames de Kiribati aos do Japão, depois ao Tour Mundial de Judô, é uma aventura incrível, da qual Kinaua começa a medir em toda sua extensão, “Cheguei a Kazan muito motivada e empolgada. Tudo era tão diferente, você nem pode imaginar, mas quando entrei no estádio e pisei no tatame, de frente para a coreana KIM Seongyeon, de repente senti como se meu cérebro tivesse se esvaziado de toda substância. " Como poderia ser diferente? Mas a beleza do judô também está em sua capacidade de construir histórias extraordinárias.

Aliás, Kinaua não se engana: “Quando comecei a fazer judô, pensei, ok, é um esporte como qualquer outro. Mas rapidamente comecei a perceber que, não, na verdade o judô era muito mais rico do que parecia. Existe um código moral, valores que nenhuma outra atividade carrega. No judô não desenvolvemos apenas nossas capacidades físicas, mas desenvolvemos nossa mente. "

Kiribati, Pacífico Sul

Você tem que ter força mental quando for pego de paraquedas longe de casa e longe de sua família por um período indefinido de tempo, porque Kinaua ainda não sabe quando poderá voltar para casa. No momento, ela está vivendo sua aventura ao máximo, “Eu levo tudo o que há para levar e acima de tudo aprendo. A partir daqui, irei para Moscou, onde poderei continuar treinando para me preparar para o Campeonato Mundial na Hungria e depois voltarei para o Japão. "

Com o Campeonato Mundial, para uma segunda experiência de competição e talvez as Olimpíadas para representar seu país, os próximos meses parecem ser emocionantes, “Estou muito orgulhoso de representar Kiribati no cenário internacional. Eu vi a bandeira do meu país pendurada quando entrei na arena em Kazan. Foi muito comovente. É difícil imaginar o que isso representa e quero dizer a todos os habitantes de Kiribati que pratiquem judô porque nos permite descobrir o mundo e estabelecer uma nova fronteira. ”

Pode-se dizer que Kinaua é uma aventureira moderna, uma aventureira quieta e tímida, mas uma aventureira corajosa e determinada, uma pioneira, "Com tudo o que aprendo todos os dias, sonho em voltar para casa e transmitir os valores do judô para o maior número de pessoas possível. Antes de voar para o Japão, poucas pessoas sabiam sobre judô, mas agora está se tornando cada vez mais popular. Não quero parar por aí, quero continuar aprendendo e fazer do judô uma verdadeira ferramenta de desenvolvimento. Nós precisamos disso."

São já palavras de uma sábia, palavras e feitos que puderam levar Kinaua para longe, muito longe, para novos horizontes, antes que ela encontrasse os seus, orlada por palmeiras e mar turquesa, com som de fundo, som de quedas de judô.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Emanuele Di Feliciantonio

WJC: Hoje começa o espetáculo! Pesagem com encarada em transmissão ao vivo!


É hoje!

O espetáculo do World Judo Challenge começará com a pesagem dos atletas! E desde a pesagem o evento promete muita emoção, com a expectativa de baterem o peso e depois, a novidade das encaradas entre os competidores.

O que será que vai acontecer? Com as provocações (salutares) nas lives que aconteceram nos últimos dias, os atletas finalmente se encontrarão na pesagem. Será um tempero a mais para os combates que acontecerão neste sábado, também a partir das 20h.

Para Kubo, um dos organizadores do WJC, os incêndios no parquinho das lives serviram para dar aquela apimentada nas duplas e hoje, estarão frente a frente para dar aquele "esquenta"! O que vai acontecer? Não sabemos, mas a expectativa é que o espetáculo começará hoje e vai ser quente!

Após a pesagem os atletas serão entrevistados. 

Com comentários de Marcos Hungaro e Edinanci Silva, o WJC1 começa hoje, às 20h, no canal do WJC, a primeira edição deste projeto inovador e audacioso. 

Imperdível.

Clique aqui para se inscrever no canal, ativar o sininho e receber a notificação do início da transmissão.

Por: ASCOM WJC

quinta-feira, 6 de maio de 2021

FIJ: Kazan mantém todas as suas promessas - Resultados do segundo dia


O segundo dia de competição em um evento do World Tour é sempre agitado. Mesmo que haja uma categoria de peso a menos do que os dias 1 e 3, o número de competidores inscritos costuma ser maior ao se aproximar das categorias intermediárias, como com -63kg e -70kg para mulheres e -73kg e -81kg para homens. Essas também são categorias altamente contestadas nas quais as previsões são difíceis e muitas vezes parecem adivinhação cega, já que as forças envolvidas são múltiplas e os atletas que podem reivindicar um lugar no pódio são numerosos.

O ranking mundial ainda é um bom indicador para se ter uma ideia do bloco final. Kazan não é exceção à regra. Vimos, ao longo do dia, favoritos confirmarem seu status e outros desaparecerem prematuramente. Vimos forasteiros tirar grande proveito de sua presença em Kazan e outros cujas esperanças se desvaneceram rapidamente.

A França, que domina as categorias femininas, comprometeu todas as suas chances hoje, deixando de somar valiosos pontos, principalmente na faixa de -81kg, onde a cota olímpica está longe de ser assegurada. A judoca japonesa Arai, que certamente participará dos Jogos, lutou no segundo turno antes de finalmente conseguir progredir na competição, sendo menos afiada que suas companheiras de equipe do primeiro dia. E finalmente perdeu a semifinal contra a russa Madina TAIMAZOVA. O campeão olímpico, Fábio Basile, muito conhecido pelo seu estilo extravagante e número de volta ouro, caiu na segunda luta, após um erro que o arrastou para as costas. Com -81kg, Sagi MUKI (ISR) veio buscar confiança em Kazan. Missão não cumprida, já que foi eliminado no primeiro turno, apesar de ter sido semeado o número um.

Também admiramos a precisão do UNGVARI Átila (HUN), que aproveitou a eliminação de Muki, para se libertar e fazer uma corrida soberba nas preliminares, enquanto os atletas russos continuaram acumulando rodadas, sem ultra-dominação, saindo espaço para outras nações, embora, como país-sede, a Rússia possa inscrever quatro atletas por categoria.

Ainda há muito trabalho a ser feito nas próximas semanas. No início de junho, o Campeonato Mundial será realizado na Hungria. Será o último grande encontro mundial para somar pontos, mas também serve para despertar o ânimo antes da reunião da família do judô em Tóquio. Antes de tudo isso, amanhã será o terceiro e último dia de competição do Grand Slam de Kazan, um evento que, por enquanto, está cumprindo todas as suas promessas.

-63kg: a judoca polonesa Agata OZDOBA-BLACH no topo do pódio da medalha

Não é um insulto dizer que Ketleyn QUADROS (BRA) é uma veterana no Circuito Mundial de Judô, já que a brasileira já era medalhista olímpica de bronze em 2008! Treze anos depois dessa atuação, ela continua competitiva e eficiente, o que deve ser destacado. As pessoas sabem como é difícil permanecer no nível mais alto por um longo período de tempo. Em particular em boa forma em Kazan, QUADROS conquistou sua passagem para a final, onde enfrentou a oposição de Agata OZDOBA-BLACH (POL), quinta no último Campeonato Europeu.

Depois de uma final muito equilibrada, os atletas entraram no período do golden score. Após 20 segundos a brasileira pensou que havia vencido, com um contra-ataque, mas não foi o suficiente para um waza-ari. No final das contas, foi Agata OZDOBA-BLACH quem marcou, depois de mais de dois minutos do golden score, com ippon-ko-uchi-gari para waza-ari.

Além de um quinto lugar no nível de Grande Prêmio, Cristina CABANA PEREZ (ESP) não tinha nenhuma referência ao Grand Slam antes de disputar a medalha de bronze em Kazan, contra Ekaterina VALKOVA (RUS). O russo rapidamente concluiu a partida com dois waza-ari consecutivos, o primeiro de um yoko-tomoe-nage e o segundo de uma queda reversa de seoi-nage para ganhar o bronze.

A segunda medalha de bronze foi disputada por Sanne VERMEER (NED), terceiro lugar este ano em Doha, Tel Aviv e nos Campeonatos da Europa e Andreja LESKI (SLO), no pódio em cada uma de suas recentes saídas também: Campeonato Europeu, Doha, Tel Aviv e Tashkent. É Sanne VERMEER quem vai voltar para casa com a medalha depois de fazer um waza-ari com um movimento de ombro.


Resultados finais
 1. OZDOBA-BLACH, Agata (POL) 2. QUADROS, Ketleyn (BRA) 3. VALKOVA, Ekaterina (RUS) 3. VERMEER, Sanne (NED) 5. CABANA PEREZ, Cristina (ESP) 5. LESKI, Andreja (SLO) 7. SHARIR, Gili (ISR) 7. TRAJDOS, Martyna (GER)

-73kg: dobrar para a Rússia

 Tohar BUTBUL (ISR) parecia bem em seu caminho para ser um finalista de -73kg, mas ele caiu na semifinal para o jovem Makhmadbek MAKHMADBEKOV (RUS), apontando para um pequeno 134º lugar no mundo e apenas 21 anos de idade. Este último encontrou na final o seu companheiro de equipa Ayub KHAZHALIEV (RUS), alguns anos mais velho mas dificilmente melhor classificado no circuito, visto que é atualmente o 114º mundial.

Conhecendo-se perfeitamente, nada parecia diferenciar os dois e assim, após quatro minutos, eles chegaram ao placar de ouro, onde um ataque repentino não foi bem preparado por KHAZHALIEV. MAKHMADBEKOV desapareceu atrás de suas costas, lançando-o com um contra-ataque massivo para ippon. Os dois primeiros lugares para a Rússia.

Para a primeira medalha de bronze, encontramos Vadzim SHOKA (BLR), sétimo no último Campeonato Europeu e Nugzari TATALASHVILI (GEO), bronze em Tel Aviv nesta temporada. 36 segundos de pontuação de ouro foram necessários para TATALASHVILI marcar um belo ippon com o-soto-otoshi, deixando SHOKA deitado de costas.

Foi pela segunda medalha de bronze que vimos dois veteranos do circuito se encontrarem, o medalhista mundial Victor SCVORTOV (Emirados Árabes Unidos) e o medalhista de prata do último Campeonato Europeu, Tohar BUTBUL (ISR). Definitivamente foi Victor SCVORTOV quem mostrou mais vontade de vencer ao controlar os kumi-kata e conseguir um waza-ari com um ko-uchi-gari, uma técnica que o atleta dos Emirados Árabes Unidos usou durante toda a partida para tirar o BUTBUL de Saldo.


Resultados finais
 1. MAKHMADBEKOV, Makhmadbek (RUS) 2. KHAZHALIEV, Ayub (RUS) 3. SCVORTOV, Victor (Emirados Árabes Unidos) 3. TATALASHVILI, Nugzari (GEO) 5. BUTBUL, Tohar (ISR) 5. SHOKA, Vadzim (BLR) 7. KARAPETIAN, Ferdinand (ARM) 7. RAICU, Alexandru (ROU)

-70kg: Talentosa TAIMAZOVA vence pela Rússia

Se as duas japonesas que competiram no primeiro dia de competição cumpriram seu contrato perfeitamente ao ganhar as medalhas de ouro, a história não foi a mesma para ARAI Chizuru. Desde o início das rodadas preliminares, ela mostrou fragilidades, incapaz de encerrar suas competições rapidamente. Não foi um bom sinal e tudo foi confirmado na semifinal, quando ela se despediu de Madina TAIMAZOVA (RUS), fortemente encorajada pelo seu público. Esta última encontrou em seu caminho, para um último confronto, a alemã Giovanna SCOCCIMARRO, terceira no Mundial Masters de Judô em janeiro passado.

A final apresentou vários rostos. A primeira era a de um TAIMAZOVA, dobrado em dois, esperando o contra-ataque, mas permanecendo dinâmico. Depois foi a vez de SCOCCIMARRO ser perigoso, enquanto o russo perdia energia, em ataques por vezes um pouco desesperados e sem finalização. A hora da pontuação de ouro havia chegado. Continuamos a observar uma partida com uma fisionomia um tanto peculiar, composta de poder do lado alemão e sensações variadas do lado russo. Porém, nada aconteceu, SCOCCIMARRO permaneceu de mãos vazias com todos os seus ataques, pois TAIMAZOVA parecia conseguir escapar de tudo, graças à sua flexibilidade. Depois de mais de quatro minutos de placar de ouro, um forte ataque do SCOCCIMARRO, do qual TAIMAZOVA milagrosamente escapou, para lançar um ataque que ofereceu a primeira medalha de ouro para a equipe feminina russa em Kazan.

Na primeira luta pela medalha de bronze, encontramos duas grandes regulares do circuito mundial, Anna BERNHOLM (SWE), já detentora de 5 medalhas de Grand Slam e Maria PORTELA (BRA), vencedora do Grand Slam de Tbilisi em março, mas foi Anna BERNHOLM que acrescentou uma nova medalha à sua lista de prêmios. Como restavam apenas alguns segundos no placar e tudo parecia bloqueado, a lutadora sueca contra-atacou na última tentativa de seoi-nage da brasileira.

Hilde JAGER (NED) ainda é jovem e já mostra grande habilidade para avançar nos grandes torneios do circuito mundial. Ela foi integrada na luta pela medalha de bronze contra o ARAI Chizuru (JPN), que era esperado em melhor posição aqui na Rússia. JAGER começou a partida em ritmo acelerado, impondo sua força e valeu a pena, pois ela fez um belo waza-ari, que ela pensou por um momento ser ippon. Perdendo a concentração, a judoca holandesa foi então lançada com um enorme uchi-mata ao estilo japonês, que não lhe deu chance. ARAI volta para casa com uma medalha e com certeza muitas perguntas, mas nenhuma resposta real em sua mente.  


Resultados finais
 1. TAIMAZOVA, Madina (RUS) 2. SCOCCIMARRO, Giovanna (GER) 3. ARAI, Chizuru (JPN) 3. BERNHOLM, Anna (SWE) 5. JAGER, Hilde (NED) 5. PORTELA, Maria (BRA) 7. BELLANDI, Alice (ITA) 7. NIANG, Assmaa (MAR)

-81kg: UNGVARI conclui um dia incrível

Há dias em que tudo parece funcionar perfeitamente. As partidas são difíceis e ferozes, mas no final todas as peças do quebra-cabeça se encaixam. Foi o que aconteceu com o UNGVARI Attila hoje, até a final. Algumas semanas atrás, ele terminou no pódio em Antalya, mas era para um bronze. Não podemos dizer que seu dia foi um passeio no parque, mas concentrado como nunca antes, preciso com as mãos e confiante em seu tachi e ne-waza, o húngaro se viu em condições de conquistar a medalha de ouro contra o russo Alan KHUBETSOV (RUS), que também fez a competição perfeita até agora.

Ele havia demonstrado desde a manhã, que hoje era o seu dia e ele não decepcionou. UNGVARI Attila, durante a final parecia por vezes um pouco pressionado por seu poderoso adversário, mas em nenhum momento desistiu, nem quando estava sob pressão, nem quando era penalizado. Sempre muito preciso nas empunhaduras, sempre atento ao menor defeito do oponente, esperou o golden score, para sacar sua arma secreta e com um pequeno movimento do pé, jogou seu oponente para um waza-ari. Bravo Attila, que assim entra no grupo de atletas que se destacaram nos últimos meses na categoria de -81kg. Com esta vitória, UNGVARI Átila torna-se o sétimo atleta da Hungaria a vencer um Grand Slam. A lista vem crescendo e isso só reforça o interesse da categoria pelo Mundial e pelas Olimpíadas.

Aslan LAPPINAGOV (RUS), terceiro em Tel Aviv em fevereiro, esteve presente na primeira disputa pela medalha de bronze contra o LEE Sungho (KOR), já detentor da medalha de prata no Grand Slam. Com um maciço seoi-nage reverso no estilo coreano, combinado com um ko-soto-gari, LEE marcou ippon para ganhar a medalha.

Pela segunda medalha de bronze, Yunus BEKMURZAEV (BLR), sem nenhuma referência no circuito internacional, encontrou Murad FATIYEV (AZE), já classificado por duas vezes no circuito desde o início do ano. Mais uma vez FATIYEV subiu ao pódio, após BEKMURZAEV ter sido penalizado pela terceira vez.


Resultados finais
 1. UNGVARI, Attila (HUN) 2. KHUBETSOV, Alan (RUS) 3. FATIYEV, Murad (AZE) 3. LEE, Sungho (KOR) 5. BEKMURZAEV, Yunus (BLR) 5. LAPPINAGOV, Aslan (RUS) 7. CHOUCHI, Sami (BEL) 7. GANDIA, Adrian (PUR)

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

FIJ: O Grand Slam de Kazan, pelos olhos de uma criança

Durante o Grand Slam de Kazan

Kirill Denisov, agora Diretor de Esportes da Federação Russa de Judô, também é cinco vezes medalhista mundial, duas vezes campeão europeu e doze vezes medalhista do World Judo Tour. Ele veio para Kazan acompanhado por 25 famílias, que participam das atividades de seu clube de judô, 'Ichiban'.

Kirill Denisov e as crianças 'Ichiban'

A escola de judô, que pode ser traduzida como 'número um', está localizada em Chelyabinsk, consistindo em 4 dojôs, treinando mais de 900 judocas. Nos últimos três anos, o número de membros da escola foi multiplicado por 15, pois começou com apenas 60 alunos.

Diferentes grupos estão representados: as crianças pequenas (4-5 anos), que é uma mistura de educação física e judô básico, os filhos mais velhos que fazem judô regular e também as famílias, onde os pais treinam junto com os filhos.

O último grupo reúne 140 famílias que estão envolvidas no desenvolvimento do esporte. Alguns dos pais que começaram a praticar judô, agora também ajudam na organização e promoção do judô.

Kirill Denisov disse: “Esta viagem ao Grand Slam de Kazan deu a essas famílias a oportunidade de não apenas ver a beleza da capital do Tartaristão, mas também de se aproximar do mundo do judô, sentir o espírito e se inspirar para vitórias futuras e conquistas esportivas. Essa viagem mostra a eles que o judô também pode ser um feriado ”.

O objetivo do Ichiban não é apenas levantar futuros campeões, mas também popularizar este belo esporte, suas ideias e filosofia, entre as massas e tornar nosso planeta melhor. O clube concentra-se especialmente no desenvolvimento pessoal e participa de atividades beneficentes.

Ichiban também pode ser associado à interatividade. Lá, o treinamento é uma combinação de jogos, master classes, esportes radicais, atividades ao ar livre e eventos ecológicos como o plantio de árvores. O judoca participa de competições na Rússia, Europa e países vizinhos e em 2020 o clube ganhou bolsas do Presidente da Federação Russa e do Governador da região de Chelyabinsk.

Kirill explicou: “Esta viagem deve se tornar uma motivação para as crianças e seus pais, para seguir seus objetivos e sonhos, para trabalhar duro e nunca desistir. O judô não é apenas um esporte, é uma forma de viver e pensar; portanto, é tão importante incutir o amor pelo esporte. ”


Em seguida, o campeão acrescentou: “A cada ano no dojo, vemos cada vez mais rostos aparecerem, com olhos brilhantes, sonhando em deixar um rastro na história mundial. Talvez alguém dessas crianças seja essa pessoa e em alguns anos esteja competindo no tatame diante de uma plateia cheia de gente, lembrando o Grand Slam de Kazan de 2021. É significativo dar ao jovem judoca a possibilidade de olhar para os profissionais e tentar ser melhor. Quando muitos atletas se aposentam, as crianças inspiradas pisam no tatame e é por isso que o futuro desenvolvimento do judô está em suas pequenas mãos ”.


As 25 famílias que fizeram a viagem de Chelyabinsk a Kazan, com certeza têm essas palavras em mente e se lembrarão para sempre do que testemunharam no Tartaristão. Não seria surpresa nos próximos anos se alguns deles se tornassem os atores principais da Volta Mundial de Judô. É tudo o que podemos desejar para eles.

Por: Irina Florescu - Equipe de mídia da FIJ
Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

WJC: Quer apostar nos seus favoritos para o World Judo Challenge 1?

 

Quer apostar nos seus favoritos para o #WJC1?

Agora você pode!

Basta acessar o site do evento e ir na aba "APOSTAS"!

Lá, você pode escolher o seu favorito para vencer cada uma das cinco lutas do WJC e clicar no botão "VOTAR".

Vale lembrar que, para computar o seu voto, você deverá preencher o cadastro.

Faça parte da brincadeira e mostre a torcida pelo seu lutador favorito!


Por: ASCOM WJC


Ketleyn Quadros é vice-campeã do Grand Slam de Kazan, na Rússia


A meio-médio Ketleyn Quadros (63kg) abriu o quadro de medalhas para o Brasil no Grand Slam de Kazan, na Rússia, nesta quinta-feira, 06, ao conquistar a prata na final contra a polonesa Agatha Ozdoba-Blach. Nas preliminares, Ketleyn venceu três lutas por ippon, superando Mokhee Cho (Coreia do Sul), Cristina Cabana Perez (Espanha) e Andreja Leski (Eslovênia).  

Na decisão pelo ouro, a brasileira chegou a projetar a adversária no tempo regulamentar, mas a revisão de vídeo não marcou o waza-ari para Ketleyn. No tempo extra, em situação muito parecida, a polonesa projetou Ketleyn e a arbitragem validou o ponto que deu o título à Blach.  

Essa é a segunda final consecutiva de Ketleyn Quadros no Circuito Mundial. Aos 33 anos, a medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, vive um de seus melhores momentos na carreira desde o pódio olímpico e se aproxima cada vez mais de sua segunda participação, em Tóquio 2020.  

“Essa segunda medalha consecutiva no Circuito me deixa muito feliz. É sinal de que o trabalho está no caminho certo. O resultado vem para te dar uma resposta. E eu fico muito feliz de estar crescendo, me sentir evoluindo na reta final apesar de todos os obstáculos. É continuar trabalhando, porque ainda tem muito pela frente, principalmente nos Jogos. Eu quero estar lá com condição de medalha”, projeta a judoca que, com os 700 pontos conquistados nesta quinta deve melhorar sua 13ª posição no ranking mundial se aproximando da zona de cabeças-de-chave nos Jogos.  

Além dela, outra brasileira chegou ao bloco final de disputas no segundo dia do Grand Slam de Kazan. Motivada pelo ouro no Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, Maria Portela chegou à Rússia como uma das principais judocas na chave do peso médio e passou muito bem pelas preliminares avançando até a semifinal. Primeiro, ela bateu Anka Pogacnik, da Eslovênia, nas oitavas, e superou a holandesa Hilde Jager, nas quartas. Na penúltima luta, Portela parou na alemã Giovanna Scoccimarro e foi para a disputa de bronze, onde caiu no último segundo para a sueca Anna Bernholm.  

“Sou grata, primeiramente a Deus, e a todos aqueles que estão ao meu redor me auxiliando na minha preparação. Estou feliz de chegar, mais uma vez ao bloco final. Infelizmente não saio com a medalha, mas sei que o trabalho e a evolução estão sendo feitas no momento certo. Estou bastante positiva. Sei de alguns erros que cometi hoje. Mas, vai dar certo”, concluiu a judoca gaúcha que busca sua terceira participação olímpica.  

Outros três judocas brasileiros também lutaram nesta quinta. Eduardo Yudy Santos (81kg) venceu Antonio Esposito, da Itália, e parou no bielorrusso Yunus Bekmurzaev, nas oitavas-de-final. Eduardo Katsuhiro (73kg) caiu para Alexandru Raicu, da Romênia, e Aléxia Castilhos (63kg) perdeu para a campeã Ozdoba-Black-Blach, na primeira rodada.  

Pesados fecham participação brasileira nesta sexta, 07 

No último dia em Kazan, o judô brasileiro será representado por sete atletas na Tatneft Arena: Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Silva (+100kg), David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg).  

As preliminares começarão às 5h (Brasília) e as disputas por medalhas serão a partir das 11h (Brasília). O portal live.ijf.org transmite todas as lutas ao vivo. Acompanha também a cobertura em tempo rela pelas redes sociais da CBJ ( @noticiascbj ).  

O Grand Slam de Kazan é a penúltima etapa para o Brasil na corrida olímpica. A próxima competição será o Campeonato Mundial, em Budapeste, no período de 06 a 13 de junho. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Eleições FPJ: Realizado e oficializado o registro da nomeação do interventor da FPJ em cartório


O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Comarca de São Paulo, Foro Central Cível, 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, através do Juiz de Direito Dr. André Salomon Tudisco, publicou a Decisão sobre a Carta Arbitral - Tutela de Urgência, requerido pelo Instituto Camaradas Incansáveis e outro, solicitou, e foi atendido,  a expedição de oficio para o 1º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São Paulo, para determinar o registro do reconhecimento da nulidade da Assembleia Geral Ordinária da FPJ, realizada em 23 de abril, conduzida por quem não tinha legitimidade para tanto e o registro da nomeação do interventor Caio Pompeu Medauar de Souza para administrar a entidade até a data da eleição oficial. 

Clique aqui para ler o documento oficial.

Por: ASCOM RenovaJudô


Araras: Atendendo mais de 400 atletas, Associação Mercadante é referência em Projetos Sociais Esportivos


Há exatos dez anos, a Associação Marcos Mercadante de Judô se empenha e trabalha em prol da igualdade, dando oportunidade para inúmeras crianças e adolescentes de Araras e região.

O Projeto Kimono de Ouro teve início em 2011, o qual é desenvolvido através da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério da Cidadania do Governo Federal. Desde então só houve progresso, através das conquistas de mais de 15 mil medalhas, treinamentos nacionais e internacionais, ações sociais, entre outros.


Hoje a Mercadante executa outros dois projetos sociais, sendo o Projeto Judô Educação – Fase 2 e o Projeto Kimono de Ouro Social – Fase 2, que são desenvolvidos através da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte do Governo do Estado de São Paulo, e tem como objetivo oportunizar crianças de escolas públicas de Araras e também Jaguariúna. 

Atualmente a entidade totaliza mais de 400 crianças e adolescentes contempladas pelos três projetos desenvolvidos, totalizando oito núcleos e duas cidades atendidas.


"Hoje posso dizer que me sinto muito feliz e realizado por saber que essas crianças estão tendo a oportunidade de conhecer e praticar o judô, esporte que transformou minha vida e eu só devo gratidão. O mínimo que posso fazer é retribuir e compartilhar os conceitos dessa arte. Espero que nosso trabalho cresça cada vez mais nos próximos anos, continue sendo referência e que lá na frente isso reflita de forma positiva em nossa sociedade, assim como foi para mim", disse o sensei kodansha, Marcos Mercadante.

Por: Associação Mercadante de Araras

FIJ: Sorria por favor!

ABE Uta (JPN), Dzmitry MINKOU (MLR) e Hélène RECEVEAUX (FRA) foram todos
medalhistas em Kazan em 2021

Nenhuma competição pode se expandir sem a contribuição de fotógrafos e equipes de filmagem. Visualizar competições, obter emoções e entender o processo de um evento é uma parte muito importante da vida do judô. Apesar do grande interesse da mídia de todo o mundo, a FIJ possui equipe própria e estúdio.

O FIJ Photo Studio foi inspirado por uma sugestão da Gabriela SABAU e foi criado há 3 anos. A ideia principal é tirar boas fotos de cada atleta e promovê-los da maneira que eles merecem.

Gabriela disse: “As fotos antigas não tinham qualidade suficiente para publicidade e criação de banners, mas agora o problema está resolvido e muito melhor do que esperávamos. Graças a este estúdio, hoje é possível criar novas fotos de atletas. Às vezes tínhamos um atleta de 26 anos com uma foto de quando ele tinha 14 anos e isso é fixo. Também nos oferece a possibilidade de criar diferentes colagens que podemos usar para banners e pôsteres e que podem ajudar a promover o judô em todo o mundo ”.

Emanuele Di Feliciantonio no estúdio

As sessões de estúdio não são só para os esportistas, mas também para os integrantes da IJF, incluindo staff, técnicos, médicos, fisioterapeutas, etc. Então, suas fotos diferem das dos atletas, sendo mais formais, como em um passaporte. Eles são usados ​​para documentos, cartões de credenciamento e papéis importantes.


A equipe do FIJ Photo Studio é formada por dois profissionais, que dedicaram suas vidas à fotografia. Tanto Gabriela SABAU quanto Emanuele DI FELICIANTONIO começaram a fotografar aos 14 anos. Ela era fotógrafa amadora com a câmera do pai. Ele era um fotógrafo de judô novato. Ambos estudaram outras especialidades na universidade, mas ganharam experiência com fotógrafos mais experientes. Gabriela foi cercada por cinegrafistas competentes, enquanto Emanuele foi criado pelo pai, que também é um hábil fotógrafo de judô. Atrás deles está um novo arquivo abundante de trabalho árduo e paciência, mas ainda há muito trabalho a ser feito.

Gabriela Sabau

O estúdio é organizado um dia antes de cada competição. Quando a sala do fundo preto (para o contraste com o judogi branco) for escolhida e todos os equipamentos e luzes instalados, o estúdio pode iniciar o processo. Funciona todos os dias durante as preliminares, até  às 16h00.

Mais da metade dos atletas do Circuito Mundial de Judô e quase todos os judocas de ponta já tiraram fotos de estúdio. De cada vez, são tiradas pelo menos 4 fotos: de frente, lado esquerdo e direito, mais uma extra que é muito especial. “Chama-se imagem de celebração e mostra emoções sinceras. Pedimos que pensem em ganhar a medalha de ouro no Mundial ou nas Olimpíadas ”, explica Emanuele.

Teddy Riner (FRA)

A interação com os atletas também é uma arte, uma arte de entender as pessoas, uma arte da visão e da beleza e de estudar coisas novas. Gabriela e Emanuele têm que enfrentar a barreira da linguagem, mas ela não atrapalha o processo, pois sabem se comunicar por meio da linguagem corporal e das expressões faciais. Eles mostram ao judoca as poses e dizem o que devem fazer no quadro. “Os fotógrafos precisam ser abertos, engraçados e comunicativos para obter as emoções certas dos atletas”, disse Emanuele. Tanto ele quanto Gabriela tentam fazer todos os judocas rirem, para criar condições confortáveis. Esta é a única maneira de obter fotos tão vívidas, cheias de alegria e grandes esperanças.

Este estúdio vai continuar vivendo, enquanto o judô estiver vivo, porque a cada ano novos atletas passam a fazer parte de uma grande família do judô e todos deveriam ter uma bela memória capturada pela câmera.

Quando o evento acabar

“Esta foto é um retrato para as gerações futuras”, disse Emanuele. Os fotógrafos mal podem esperar para tirar novas fotos e conhecer novas gerações de campeões, que contribuirão para o desenvolvimento futuro do judô.

O FIJ Photo Studio está atualmente trabalhando duro no Grand Slam de Kazan e se preparando para o Campeonato Mundial em Budapeste, que começará em 6 de junho de 2021.

Por Irina Florescu - Equipe de mídia da FIJ
Fotos: Gabriela Sabau, Emanuele Di Feliciantonio

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Primeiro dia em Kazan tem vitórias de Ketelyn Nascimento, Daniel Cargnin e Eric Takabatake


Nesta quarta-feira, 05, o Brasil estreou no Grand Slam de Kazan, na Rússia, com sete judocas no tatame da Tatneft Arena. Os melhores desempenhos ficaram por conta de Ketelyn Nascimento (57kg), Daniel Cargnin (66kg) e Eric Takabatake (60kg), que venceram uma luta cada e pararam nas oitavas-de-final. Gabriela Chibana (48kg), Nathália Brígida (48kg), Jéssica Pereira (57kg) e Willian Lima (66kg) caíram na estreia e não avançaram em suas chaves.  

No segundo dia, a seleção contará com Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (63kg), Maria Portela (70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg) e Eduardo Yudy Santos (81kg) lutando pelos primeiros pódios do país nesse Grand Slam. Essa é a penúltima etapa do Circuito Mundial antes dos Jogos Olímpicos. Em junho, o Campeonato Mundial de Budapeste encerrará a corrida olímpica e definirá os classificados de cada categoria (18 primeiros mais cotas continentais). 

Confira aqui as chaves completas e todos os resultados do dia. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Eleições FPJ: STJD publicou a decisão do julgamento de processo disciplinar desportivo realizado em 30 de abril


O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Judô (STJD) publicou nesta quarta-feira, 05 de maio, a Decisão da Sessão Ordinária de Julgamento, ocorrida em 30 de abril, sobre as denúncias imputadas pela Procuradoria da Justiça Desportiva as pessoas físicas ou jurídicas relacionadas no documento, ou seja, pessoas de direito e funcionários da Federação Paulista de Judô que não cumpriram algumas regras estabelecidas pelo interventor, Dr. Caio Pompeu Medauar de Souza, nomeado para gerir a entidade que estava acéfala desde o fim do mandato da gestão anterior que se encerrou em 31 de março de 2021.

Entenda o caso

Pelo descumprimento das regras estabelecidas, o interventor notificou o STJD do Judô que pediu para a Procuradoria da Justiça Desportiva tomar as devidas providências. Foi solicitada e aceita a suspensão preventiva por 30 dias dessas pessoas, no dia 22 de abril de 2021, cujas determinações também não foram cumpridas, motivando então a citação para a realização da Sessão Ordinária de Julgamento que ocorreu na sexta-feira, 30 de abril, às 10h.

Documentos do processo publicados pelo STJD:







Por: ASCOM RenovaJudô

Dia 1 - Grand Slam de Kazan lançado soberbamente


O primeiro dia do Grand Slam de Kazan decorreu nas melhores condições possíveis, para as cinco primeiras categorias inscritas no torneio. Embora este seja o último grand slam de qualificação para os Jogos Olímpicos, antes do Campeonato Mundial de Judô da Hungria 2021, muitos atletas fizeram a viagem à Rússia para garantir os pontos finais que poderiam lhes oferecer uma passagem para Tóquio. Para outros, esta competição é um teste muito bom, tendo em vista a preparação para o próximo ciclo olímpico e foi assim que vimos novos nomes aparecendo na lista de prêmios.

Ao longo do dia, pudemos assistir a jogos empenhados e muito bem disputados, algumas primeiras rodadas tornando-se finais quase individuais e pessoais. É preciso dizer que cada ponto pode contar quando chegar a hora de determinar quem irá a Tóquio. Assim, não era raro vermos os jorros de alegria que estamos acostumados a ver à medida que nos aproximamos das partidas por medalha, no início da competição. As apostas são altas e não é surpreendente ver a pressão se transformar em uma liberação de energia com o passar das rodadas.

Neste contexto, onde cada resultado, por menor que seja, é de suma importância, pudemos testemunhar o domínio total dos atletas japoneses, que provam, se for preciso, que estão prontos para o encontro de seus mora daqui a algumas semanas, no Budokan em Tóquio. Também descobrimos uma equipe russa muito produtiva, com a vantagem de competir em casa, mas também perfeitamente focada e pronta para mostrar que o Grand Slam de Kazan é o seu grand slam. Por fim, vimos que, embora já saibam que não vão competir em Tóquio neste verão, as francesas que competem em Kazan continuam colhendo resultados significativos.

-48 kg: Vitória Fácil para TONAKI

Bicampeã mundial e medalhista de prata no World Judo Masters em janeiro passado, TONAKI Funa (JPN) foi a favorita da competição e provou ser a mais forte até a final, onde enfrentou Irina DOLGOVA (RUS), que surpreendentemente derrotou a campeã europeia de 2020 Shirine BOUKLI (FRA), após um placar de ouro muito disputado na semifinal.

Em menos de um minuto, TONAKI conseguiu um waza-ari, que foi cancelado, mas imediatamente seguiu para o chão com um osae-komi para ippon. Com essa vitória clara e fácil, a judoca japonesa prova que será uma das favoritas da competição de Tóquio.

A francesa ficou com o objetivo de buscar a medalha de bronze, mas devido a uma lesão sofrida no primeiro turno, explicando também por que não estava em sua melhor forma, exigiu que ela se aposentasse do torneio. Francesca MILANI (ITA), vencedora do Grand Slam de Antalya no início de abril, encerrou o dia com a medalha de bronze.

Apenas 213º no Ranking Mundial, Irena KHUBULOVA (RUS) conseguiu se classificar para a disputa pela medalha de bronze, contra a medalhista de bronze do Antalya Grand Slam Shira RISHONY (ISR) e ela precisou de apenas 16 segundos para marcar ippon com um uchi-mata para vencer uma merecida primeira medalha a esse nível.


Resultados finais
 1. TONAKI, Funa (JPN) 2. DOLGOVA, Irina (RUS) 3. KHUBULOVA, Irena (RUS) 3. MILANI, Francesca (ITA) 5. BOUKLI, Shirine (FRA) 5. RISHONY, Shira (ISR) 7. BULGAKOVA, Kristina (RUS) 7. NIKOLIC, Milica (SRB)

-60kg: Campeão do Mundo CHKHVIMIANI vence o Campeão Europeu da Geórgia
 em 2020, mas sem resultado em 2021 até agora, Robert MSHVIDOBADZE (RUS) foi o número um semeado e, como anunciamos durante a prévia, ele tinha a capacidade de trazer de volta um medalha para o país anfitrião. Foi o que garantiu ao chegar à final, onde enfrentou a oposição do atual campeão mundial, Lukhumi CHKHVIMIANI (GEO), que, apesar das lutas duras, conseguiu livrar-se das armadilhas das eliminatórias.

Assistimos a uma final muito acirrada, nenhum dos dois competidores tendo a menor oportunidade de marcar, mas ambos mostraram grande engajamento, uma excelente capacidade de escapar de situações complicadas e finalmente entraram no placar de ouro com apenas um shido em nome de MSHVIDOBADZE. Após alguns segundos, CHKHVIMIANI também foi penalizado. 4 minutos e 19 segundos foram necessários para CHKHVIMIANI finalmente marcar ippon com um osae-komi-waza, após uma incrível série de ataques, contra-ataques e fugas e uma incrível onda de energia. No final da luta, eles mostraram um belo respeito e espírito esportivo um pelo outro.

Apontando para um distante 104º lugar no ranking mundial, Ayub BLIEV (RUS) faz parte desta nova geração de competidores para quem um grand slam em casa é uma magnífica oportunidade de brilhar e não deixou de o fazer, classificando-se para o bronze disputa de medalhas contra seu compatriota Ramazan ABDULAEV (RUS), também de 23 anos. A próxima geração de atletas russos já está se preparando para florescer. ABDULAEV finalmente derrotou seu compatriota e conquistou a medalha de bronze.

Na segunda disputa pela medalha de bronze, encontramos o detentor de três medalhas no Grande Prêmio, David PULKRABEK (CZE), contra Dauren SYUKENOV (KAZ), cujo recorde no circuito mundial ainda estava em branco antes do início da competição. Após quatro minutos, onde nada foi marcado e SYUKENOV foi apenas penalizado com um shido, foi a vez do primeiro placar de ouro do bloco final, mas foi a vez de PULKRABEK ser penalizado duas vezes, colocando-o sob pressão, com um terceiro shido, iminente, que ele recebeu depois de bem no 8º minuto do tempo de competição. Bronze para SYUKENOV!


Resultados finais
 1. CHKHVIMIANI, Lukhumi (GEO) 2. MSHVIDOBADZE, Robert (RUS) 3. ABDULAEV, Ramazan (RUS) 3. SYUKENOV, Dauren (KAZ) 5. BLIEV, Ayub (RUS) 5. PULKRABEK, David (CZE) 7. LUTFILLAEV, Sharafuddin (UZB) 7. PLAFKY, Moritz (GER)

-52kg: Quem pode parar o ABE?
Quem pode derrotar ABE Uta do Japão? Essa é a grande questão que permanecerá válida até as Olimpíadas de Tóquio. Com certeza, ninguém durante as rodadas preliminares do Grand Slam de Kazan. A japonesa estava, sem dúvida, em boa forma. Na final ela enfrentou Astride GNETO (FRA), que vai substituir em Tóquio, já que o líder indiscutível da categoria na França é o número um do mundo Amandine BUCHARD.

Sem nenhuma surpresa, ABE Uta foi o primeiro a entrar em ação e o judoca japonês acertou um waza-ari com um sode-tsuri-komi-goshi aéreo. Poucos segundos depois, ela concluiu no chão com uma imobilização por uma vitória indiscutível que poderia anunciar novas vitórias pela frente.

Evelyne TSCHOPP (SUI) está presente nos blocos finais regularmente. Mais uma vez, ela se ofereceu a oportunidade de ganhar uma medalha, contra Alesya KUZNETSOVA (RUS), que não teve nenhum recorde melhor do que um sétimo lugar em Tel Aviv nesta temporada. Depois de uma tentativa fracassada de ippon-ko-uchi-gake de KUZNETSOVA, TSCHOPP controlou seu oponente e a seguiu até o chão para aplicar um imparável shime-waza para ippon, para ganhar o bronze.

15º no mundo, Gefen PRIMO (ISR) conquistou uma bela e promissora medalha de bronze no último Campeonato Europeu. Pela segunda disputa de medalha de bronze em Kazan enfrentou Ana PEREZ BOX (ESP), 12ª colocada no ranking mundial, que segurou PRIMO por 20 segundos para ippon, após um belo trabalho no chão.


Resultados finais
 1. ABE, Uta (JPN) 2. GNETO, Astride (FRA) 3. PEREZ BOX, Ana (ESP) 3. TSCHOPP, Evelyne (SUI) 5. KUZNETSOVA, Alesya (RUS) 5. PRIMO, Gefen (ISR ) 7. CHITU, Andreea (ROU) 7. KOCHER, Fabienne (SUI)

-66kg: CHOPANOV ganha primeiro ouro para a Rússia
 O público russo esperava por uma final 100% russa, mas isso sem contar com Dzmitry MINKOU (BLR), que teve um desempenho excelente na semifinal para eliminar Yakub SHAMILOV (RUS) . Na final enfrentou Murad CHOPANOV (RUS), medalhista de bronze em Antalya no dia 1 de abril.

Após um minuto e meio, o CHOPANOV foi penalizado pela primeira vez por passividade e parecia um pouco confuso em termos de ataques, mas o russo esperava o momento certo para aplicar um contra-ataque para um ippon claro. 

Classificado como 81 no mundo KUANOV Yesset (KAZ) tinha apenas duas medalhas de ouro no Aktau Asian Open com seu nome, antes de entrar no concurso de medalha de bronze contra o Bagrati NINIASHVILI (GEO), quinto em Tbilisi em março. Com apenas onze segundos restantes e nada marcado, o placar dourado estava se aproximando rapidamente, até que KUANOV marcou um waza-ari com um sumi-gaeshi desesperado, seguido imediatamente por uma imobilização para ippon ganhar o bronze.

O último concurso de medalha de bronze nos trouxe os dois russos, Aram GRIGORYAN (RUS), medalhista de bronze em Tashkent e Yakub SHAMILOV (RUS), finalista em Budapeste em outubro de 2020. A medalha de bronze foi para SHAMILOV depois que GRIGORYAN tentou escapar de um poderoso sode -tsuri-komi-goshi usando a cabeça, o que é proibido e ele foi desqualificado. 


Resultados finais
 1. CHOPANOV, Murad (RUS) 2. MINKOU, Dzmitry (BLR) 3. KUANOV, Yesset (KAZ) 3. SHAMILOV, Yakub (RUS) 5. GRIGORYAN, Aram (RUS) 5. NINIASHVILI, Bagrati (GEO) 7. ABDULZHALILOV, Abdula (RUS) 7. HUSEYNOV, Elchin (AZE)

-57kg: RECEVEAUX Controla Tudo pelo Ouro

Obviamente, competir em casa teve um efeito benéfico sobre Daria MEZHETSKAIA (RUS), número três semeado na competição e atualmente em 17º lugar no ranking mundial, desde que se classificou para a final, onde encontrou a francesa Hélène RECEVAUX. Esta última digeriu visivelmente sua não seleção para os Jogos Olímpicos, pois a Federação Francesa preferiu Sarah-Léonie CYSIQUE a ela. Sua entrada na final do Grand Slam de Kazan é uma grande ilustração da resiliência de que os atletas de ponta são capazes.

Depois de uma primeira metade bem equilibrada da final, RECEVEAUX saiu na frente com um o-uchi-gari para waza-ari que foi por um momento atribuído a MEZHETSKAIA, mas logicamente corrigido com a ajuda da vídeo-arbitragem. A partir daí, a francesa parecia ter o controle total da luta, dominando tanto em pé quanto no chão e ganhando alguns segundos preciosos para encerrar o dia com uma bela medalha de ouro pendurada no pescoço.

Eliminada pela RECEVAUX na semifinal, Theresa STOLL (GER) enfrentou KIM Jisu (KOR) pela primeira medalha de bronze, a fim de recuperar o nível do último Grand Slam de Tashkent. A alemã garantiu a medalha de bronze com um waza-ari marcado no primeiro tempo da partida de uma uchi-mata destra, que segurou até o final.

A Rússia se encaixou muito bem nessa categoria e colocou a segunda competidora no bloco final, com Yulia KAZARINA (RUS), que se opôs à sérvia Marica PERISIC, terceira em Tashkent há algumas semanas. PERISIC rapidamente assumiu a liderança com um seoi-nage para waza-ari, que ela dobrou um pouco depois com um segundo ippon-seoi-nage perfeitamente executado. Bronze para PERISIC!


Resultados finais
 1. RECEVEAUX, Helene (FRA) 2. MEZHETSKAIA, Daria (RUS) 3. PERISIC, Marica (SRB) 3. STOLL, Theresa (GER) 5. KAZARINA, Yulia (RUS) 5. KIM, Jisu (KOR) 7. ILIEVA, Ivelina (BUL) 7. NELSON LEVY, Timna (ISR)

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

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