terça-feira, 30 de março de 2021

Alagoas: Open Nordeste de Judô Funcional e Inclusivo agitou os dois últimos finais de semana!


A Federação Alagoana de Judô (FAJU) realizou o Open Nordeste de Judô Funcional nos dois últimos finais de semana. Até 2019 era um evento presencial e com participação restrita dos estados do nordeste. A pandemia exigiu adaptações e inovações que possibilitou a abertura do evento para todo o Brasil, de forma virtual. E para abrilhantar ainda mais este evento foi englobado o Judô Inclusivo, apoiado pela Associação Brasileira de Judô Inclusivo (ABJI). 

Participaram 223 atletas de 22 estados, 21 árbitros de várias Federações comandados pelo Sensei Angel Peleteiro - BA com a chancela da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). 


Foram 2 finais de semana de confrontos emocionantes. Os atletas que subiram ao pódio virtual receberão suas medalhas que serão enviadas em breve para as Federações co-irmãs. 

Em parceria com a Uniodonto Maceió, CBJ, ABJI e Canal Golden Score, a transmissão do evento foi ao vivo pelo youtube proporcionando aos familiares e amantes do Judô interagirem com os participantes, sendo um grande entretenimento nos finais de semana. 

Clique aqui e confira os resultados do Open Nordeste de Judô Funcional.

Clique aqui e confira os participantes do Open Nordeste de Judô Funcional Inclusivo.

Clique aqui e confira as transmissões realizadas.

Por: ASCOM FAJU

Portugal: Jud(on) -Treino de Judô on-line com Luciano Correa


O Jud(on) continua com a sua forte capacidade de mobilizar a comunidade para a prática desportiva em tempos de Pandemia. Depois das últimas ações que envolveram centenas de participantes, as atividades terão na sua próxima edição uma dimensão internacional.

No próximo dia 2 de abril, o clube de judo da cidade vidreira contará no seu "Dojo virtual" com uma das figuras de maior relevância do Judo Brasileiro, o campeão do Mundo - 100 kg no Rio de Janeiro em 2007. Luciano Corrêa , possui um palmares invejável onde se destacam os seguintes títulos: Campeonatos do Mundo de Judo (Ouro Rio 2007 -100kg; Bronze Cairo 2005 -100kg) ; Jogos Pan-Americanos (Ouro Guadalajara 2011 –100 kg, Ouro Toronto 2015 –100 kg , Bronze Rio 2007 -100kg ); Universíadas (Bronze Daegu 2003 -100kg ). Luciano, participou ainda nas olimpíadas de Beijing e de Londres, desempenhando na atualidade funções com a seleção Brasileira de Judo.

Luciano Corrêa é ainda responsável por um projeto social com enorme impacto no Brasil, o ‘Esportes sem fronteiras’" que pretende através da prática do Judo proporcionar a centenas de crianças mais carenciadas a melhoria do seu desempenho escolar.

Esta iniciativa integra a comemoração do Dia Internacional de Atividade Física, efeméride instituída pela Organização Mundial de Saúde  tendo como objetivo  promover a prática de atividade física junto da população, assim como mostrar os benefícios do exercício físico.

Jud(ON) Luciano Corrêa é uma organização conjunta do Judo Clube da Marinha Grande e do clube Belga , Judo Club Zelem que reunirá participantes de diferentes países numa ação articulada entre os dois clubes. 

O evento é dirigida a todos os Judocas e comunidade, contanto com a presença do Olímpico Nuno Saraiva, Treinador Mario Meuleman ( Bélgica ) e do Professor / Treinador João Teixeira. Jud(ON) Luciano Corrêa terá transmissão direta na plataforma zoom através do Link

https://zoom.us/j/93128429565?pwd=TUlGckhyZ0QvTXRRRGdlUEZzeG1oUT09  ID da reunião: 931 2842 9565 Senha de acesso: jcmg Sendo também transmitido através do facebook e Instagram do Judo Clube da Marinha Grande. 

O Judo Clube da Marinha Grande através do Jud(on) pretende continuar a garantir a todos os seus participantes a oportunidade e possibilidade de prática regular de atividade física,  potenciando e ajustando de forma comprometida  o pilar da promoção da saúde, o pilar do desenvolvimento desportivo e o pilar da educação e formação para e pelo desporto. Nas dinâmicas criadas pretende-se ainda criar uma articulação intersectorial e a sustentabilidade do desporto.

Por: Judo Clube da Marinha Grande - Portugal


segunda-feira, 29 de março de 2021

WJC: A luta do 80k será entre Breno Alessi e Adriano Dricks. Confira a live.

 

Hoje a live já começou com fogo no tatami. Kubo já chegou apresentando os dois lutadores do quarto Card do WJC, que está prometendo muito nessa luta. A juventude de Breno Alessi contra a experiência de Adriano Dicks promete uma luta sem precedentes no peso 80k.

A não poderia faltar as perguntas da dupla de organizadores do evento, Gil e Kubo, fazendo aquela provocação básica para esquentar os ânimos dos lutadores e do público.

Hoje revelaram também como será o sistema de arbitragem, que também foi tema de uma das perguntas.

Então, quer saber tudo sobre o World Judô Challenge? Assista a live clicando aqui.

Dia 08 de maio, às 19h no canal do Youtube do WJC.

Por: ASCOM WJC


WJC: Daqui a pouco definição do quarto Card! Quem será o adversário de Breno Alessi?

 

Quem será colocado frente a frente com o judoca Breno Alessi no tatami do WJC? 

#WJCLIVE hoje às 20h!

A partir das 20h, na conta do Instagram será revelado o adversário do Pitbull ao vivo! 

E Kubo e Gil não vão perdoar. Vai rolar perguntas para colocar fogo nesse tatami!

Clique aqui para acessar a conta do Insta do WJC!

Por: ASCOM WJC



Como a tecnologia evoluiu e pode ajudar atletas, árbitros e organizadores


Muito poucos esportes estagnaram. Conforme os tempos avançam e novos esportistas entram em cena, como em Tbilisi no Grand Slam, esses esportes tendem a existir em um estado de evolução quase constante. Nos últimos anos, essa evolução tem demonstrado uma propensão a trazer esportes para as garras da revolução tecnológica como a cobertura de vídeos no judô e formas de análise.

O judô está evoluindo, não só dentro do esporte, mas também para transformar o judô e melhorar as condições dos atletas, da arbitragem e da organização de eventos como o replay de vídeo no estádio. Em um esporte tradicional como o judô, a tecnologia é difícil de implementar, mas a análise de vídeo é insuportável atualmente.

Para alguns, isso representa uma grande aquisição tecnológica, para outros, a tecnologia atua mais como um complemento às atividades que não podem ser totalmente removidas do mundo real; das corridas de cavalos ao futebol, poucos esportes estão totalmente separados da tecnologia.

E, embora o judô tenha visto algum progresso no campo da inovação tecnológica especializada, há muito mais a ser feito. Leia mais sobre seu impacto atual e potencial nos competidores, árbitros e organizadores abaixo.

CONCORRENTES
Para o judoca, uma das maneiras mais fortes em que a tecnologia pode ser utilizada com grande efeito no mundo do judô é através do uso de realidade virtual, que já está sendo implantada em uma variedade incrivelmente ampla de esportes - especialmente esportes de combate - para apoiar o lutador no treinamento e aperfeiçoamento. A relação virtual será uma nova forma de treinar métodos, certamente em tempos de vírus. 

Embora sua implantação difira drasticamente em diferentes esportes, aqueles que se concentram no combate obtiveram grande sucesso ao utilizar a tecnologia para exercitar não apenas o corpo, mas também a mente. Os esportes de combate dependem fortemente da preparação mental, e isso é algo que o exercício solo muitas vezes não consegue atender o suficiente. Com a realidade virtual para esportes de combate, os lutadores podem aproveitar ao máximo a tecnologia de imersão e se transportar para um 'espaço' de treinamento mental, além de físico.

ÁRBITROS FIJ
Não somos, neste momento, estranhos ao uso da tecnologia na arbitragem. Sua implantação tem sido relatada com mais veemência no campo do rugby e do futebol, onde os esportes utilizam o Television Match Official (TMO) e o Video Assistant Referee (VAR), respectivamente.

Ainda assim, o escopo de utilização da inteligência artificial e da realidade aumentada nos esportes vai muito além dos esportes com bola. Da mesma forma que é implantado nessas partidas, os árbitros de judô podem utilizar tecnologia avançada de IA para analisar em grande quantidade cada momento de uma competição, onde for necessário, a fim de reduzir o conflito - algo que sempre foi um questão dentro do esporte, e tornou a arbitragem do judô um trabalho impopular .

O uso de câmeras de 360 ​​graus e sistemas de replay já garantem a maior cobertura possível - tanto para os espectadores, quanto para os competidores e árbitros - mas, com o clima atual para aprimorar a tecnologia para uso em esportes especializados, podemos antecipar muito mais mudanças no horizonte.

ORGANIZADORES DE EVENTOS
Para quem tem experiência em realizar torneios e em garantir fluidez para o dia, você já sabe o quão desafiador pode ser garantir que tudo corra bem. Em alguns casos, e com regularidade crescente, um sistema integrado de gerenciamento de jogo está sendo utilizado, por meio do qual a criação de pools, bem como a atribuição de lutadores aos tatames e a combinação automática das pontuações podem ser alcançados com relativa facilidade e agilidade - garantindo assim que lutadores, espectadores , e os oficiais do torneio possam se concentrar no que realmente importa.

Para os lutadores, manter o controle da programação da partida pode ser extremamente perturbador, e é por isso que se concentrar em tornar esse sistema o mais eficiente e eficaz possível será tão vital para o esporte no futuro.

Mais globalmente, vimos a enorme dificuldade de competir neste período de pandemia. Tem muito mérito organizar torneios internacionais e muito mais treinar e participar dessas competições, com as restrições atuais e a tecnologia pode ajudar a explorar vírus em eventos.



domingo, 28 de março de 2021

WJC: Nesta segunda tem live para a divulgação do quarto Card


Nesta segunda-feira, 29 de março, a organização do World Judo Challenge (WJC) realizará mais uma live para revelar o quarto Card de lutas.

Gil e Kubo revelarão e também farão perguntas para os dois lutadores. Eles prometem botar fogo no parquinho, ou melhor, botar fogo no tatami! 

As lives tem sido interessantes e com muita interação do público participante.

O WJC está trazendo o judô tradicional de volta, mas com novas regras, grandes atletas e muito entretenimento!

A live acontecerá na conta do Instagram do World Judo Challenge e começará às 20h.

Clique aqui para acessar a conta.

Por: ASCOM WJC


Rafael Silva é prata, Beatriz e Suelen ficam com bronzes e Brasil fecha Grand Slam de Tbilisi com quatro pódios


Depois de um dia dourado com o título de Maria Portela (70kg), o judô brasileiro voltou ao pódio do Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, neste domingo, com seu trio de pesos pesados. No masculino, Rafael Silva “Baby” ficou com a medalha de prata, parando apenas na final diante do georgiano Gela Zaalishvili. Entre as mulheres, Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza garantiram uma dobradinha no pódio vencendo Yan Wang, da China, e Raz HErshko, de Israel, respectivamente, nas lutas pelos bronzes do +78kg. 

Atual número 10 do mundo, Baby chegou à Tbilisi como cabeça-de-chave número um do torneio e teve ótimo desempenho nas preliminares. Jogou e imobilizou Shockruh Bakhtiyorov, do Uzbequistão, nas oitavas-de-final, e não deu chances ao Georgiano Saba Inaneishvili, projetando o adversários duas vezes para anotar dois waza-ari (ippon).  

Na semifinal, encarou um adversário mais experiente, o cubano Andy Granda, que ofereceu uma luta mais equilibrada com o gigante brasileiro. Mais agressivo e melhor na disputa de pegada, Rafael Silva forçou três punições a Granda, levou duas, e se garantiu na decisão com Gela Zaalishvili, jovem promessa da Geórgia, campeão mundial júnior e ouro no Grand Slam de Tel Aviv neste ano.  

Em luta apertada, o georgiano conteve os ataques do brasileiro e conseguiu a projeção por ippon no golden score para ficar com o ouro em casa.

A medalha de prata dá a Rafael Silva mais 700 pontos no ranking mundial. Ele disputa a vaga olímpica com David Moura, que não lutou na Geórgia. Ambos estarão no Grand Slam de Antalya, na Turquia, no próximo domingo.  

Dobradinha de bronze no pesado feminino

O Brasil fez bonito também no pesado feminino, com Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman garantindo uma dobradinha de bronze no pódio da categoria. A prata ficou com a portuguesa Rochele Nunes e o ouro ficou com a chinesa Shiyan Xu, que venceu as duas brasileiras - Bia na semifinal e Suelen nas quartas. 

Na primeira disputa de bronze, Bia superou a israelense Raz Hershko, por ippon. Em seguida, Maria Suelen superou a gigante chinesa Yan Wang nas punições. 

Nas preliminares, Beatriz venceu Anzhela Gasparian, da Rússia, e Yelysaveta Kalanina, da Ucrânia. Já Suelen, passou por Nazgul Maratona, do Cazaquistão, e também superou Kalanina, na repescagem. 

O Brasil ainda teve Rafael Macedo (90kg) e Leonardo Gonçalves (100kg) no tatame Georgiano neste domingo. Macedo parou em Shermulhammad, do Uzbequistão, na primeira rodada. Léo venceu Koffi Kreme Kobena, da Costa do Marfim, mas não passou pelo uzbeque Turoboyev, nas oitavas.  

A seleção brasileira de judô seguirá diretamente para a Turquia, onde disputarão o Grand Slam de Antalya, a partir da próxima sexta-feira. Nessa etapa, o Brasil terá Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Willian Lima (66kg) e David Moura (+100kg), ao lado daqueles que lutaram em Tbilisi.  

RESULTADOS FINAIS: 

Judô – Grand Slam (Tbilisi)

Ouro
Maria Portela (70kg)

Prata
Rafael Silva (+100kg)

Bronze
Beatriz Souza (+78kg)
Maria Suelen Altheman (+78kg)

5º lugar
Larissa Pimenta (52kg)

7º lugar
Ketelyn Nascimento (57kg)
Ketleyn Quadros (63kg)

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Grand Slam Tbilisi: Resultados do último dia


Tivemos que esperar até a última final para saber qual nação terminaria no topo do quadro de medalhas, já que a distribuição de medalhas foi homogênea ao longo dos três dias de competição. Na verdade, três países conquistaram duas medalhas de ouro: Mongólia (terceiro colocado), Canadá (segundo colocado) e Geórgia (primeiro colocado), enquanto 22 têm medalhistas e 36 atletas colocados no bloco final.

O país anfitrião pode ficar satisfeito com este resultado. Em um contexto muito difícil e competitivo, estar entre os primeiros da classificação era quase garantido para a Geórgia, mas o primeiro lugar era tudo menos certo.

Lembraremos deste último dia o título de Marcus NYMAN e sua capacidade de finalizar no chão, quando não há solução em pé. Vamos relembrar a dobradinha holandesa de -78kg, o aniversário festejado perfeitamente para Shady ELNAHAS (CAN), o retorno em vigor da China na categoria + 78kg e finalmente claro o título dos pesos pesados ​​na prova masculina para o georgiano ZAALISHVILI.

Em menos de uma semana o World Judo Tour fará uma parada nas margens do Mar Mediterrâneo, em Antalya, para um novo Grand Slam. Estaremos esperando por você e por novas emoções, para continuar seguindo a aventura das corridas de qualificação olímpica.

-90kg: Terceiro Grand Slam de Ouro para NYMAN em Tbilisi

Nicholas MUNGAI ainda não estava entre os 4 favoritos da competição, ao contrário de suas compatriotas Francesca MILANI (medalha de prata com -48kg) e Odette GIUFFRIDA (medalha de ouro com -52kg). Ele produziu um judô sólido ao longo do dia, o que lhe permitiu chegar à final da categoria até 90kg. À sua frente, encontramos um judoca com duas vitórias no Grand Slam na mochila, o sueco Marcus NYMAN.

NYMAN é mais alto que MUNGAI e isso obviamente incomodou o italiano, que teve algumas dificuldades em se aproximar de NYMAN, mas o que talvez seja ainda mais perigoso com o sueco é sua habilidade em ne-waza. Mais uma vez NYMAN provou ser muito eficiente no chão e após uma sequência muito boa pegou MUNGAI com uma forte imobilização para ippon e uma terceira vitória em um grand slam.

Para a primeira luta pela medalha de bronze, Davlat BOBONOV (UZB), segundo em Tashkent há duas semanas e Li KOCHMAN (ISR), sem referência nesta temporada, se enfrentaram. KOCHMAN começou atacando, mas foi penalizado duas vezes por infrações de kumi-kata, forçando-o a se arriscar e BOBONOV, que parecia um pouco cansado, ainda encontrou a energia necessária para impulsionar KOCHMAN nas vigas do local com um majestoso ura-nage, por ippon.

O trabalho de Ilias Iliadis, treinador principal do Uzbequistão, está começando a dar frutos e os atletas uzbeques podem ser encontrados cada vez com mais frequência nos blocos finais dos eventos do World Judo Tour. Este foi novamente o caso do segundo atleta uzbeque, Shermukhammad JANDREEV, que enfrentou o mongol GANTULGA Altanbagana por um lugar no pódio. Durante a maior parte da luta GANTULGA parecia bastante passivo, mas obviamente estava procurando o momento certo para aplicar sua técnica preferida, uchi-mata e fez isso perfeitamente, com uma execução soberba e controle perfeito da manga para marcar ippon.


Resultados finais
 1. NYMAN, Marcus (SWE) 2. MUNGAI, Nicholas (ITA) 3. BOBONOV, Davlat (UZB) 3. GANTULGA, Altanbagana (MGL) 5. JANDREEV, Shermukhammad (UZB) 5. KOCHMAN, Li (ISR) 7. BOZBAYEV, Islam (KAZ) 7. BROWN, Colton (EUA)

-78kg: AUSMA conclui o dia com ouro

Na ausência dos melhores do mundo, o sorteio oficial da categoria possibilitou algumas surpresas. As judocas holandesas Natascha AUSMA e Karen STEVENSON entenderam isso perfeitamente e aproveitaram todas as oportunidades de se encontrarem na final.

Como costuma ser o caso quando dois atletas do mesmo país se enfrentam no bloco final, nenhum deles conseguiu realmente tirar vantagem um do outro, até uma sequência no chão que parecia qualquer outra, mas havia uma pequena diferença que ofereceu uma chance à AUSMA de aplicar um shime-waza, que ela não largou. Ippon para AUSMA!

Bernadette GRAF (AUT), segunda em Tel Aviv em 2020, sem dúvida esperava uma final, mas teve que se contentar com a disputa pela medalha de bronze contra Inbar LANIR (ISR), terceiro em Tashkent recentemente. Infelizmente para a austríaca, o LANIR levou apenas 9 segundos para marcar ippon com um ura-nage massivo.

A seleção feminina chinesa é particularmente conhecida por sua capacidade de estar presente em grandes eventos mundiais e os títulos mundiais e olímpicos conquistados pelas competidoras chinesas são incontáveis. À medida que esses grandes eventos se aproximam no horizonte, começamos a ver o reaparecimento de competidoras chinesas nas colocações. Devemos ver isso como um sinal? Vamos descobrir em breve. Nesse ínterim, MA Zhenzhao (CHN) se viu em posição de ganhar o bronze contra a russa Aleksandra BABINTSEVA e foi isso que ela fez. Totalmente dominada pela forte pegada de BABINTSEVA, MA resistiu até o período do placar de ouro, onde aproveitou um erro da russa para marcar com um contra-ataque para o ippon.


Resultados finais
 1. AUSMA, Natascha (NED) 2. STEVENSON, Karen (NED) 3. LANIR, Inbar (ISR) 3. MA, Zhenzhao (CHN) 5. BABINTSEVA, Aleksandra (RUS) 5. GRAF, Bernadette (AUT) 7. BROLIH, Patricija (SLO) 7. SHMELEVA, Antonina (RUS)

-100 kg: Feliz Aniversário para Shady ELNAHAS

Seguindo os passos de seus companheiros, que já conquistaram três medalhas nos dois primeiros dias, Shady ELNAHAS, que fez aniversário ontem, entrou na final da categoria -100kg. À sua frente não estava o mais conhecido competidor georgiano, mas Ilia SULAMANIDZE (GEO) não ligou e produziu seu melhor judô para eliminar o atual campeão mundial, Jorge FONSECA (POR), de quem falamos dias atrás, como alguém que pode ganhar ou perder a qualquer momento, antes das fases finais.

A final foi uma bela oposição de estilo com SULAMANIDZE produzindo judô de estilo georgiano, baseado em contato próximo e contra-ataques, enquanto ELNAHAS estava produzindo alguns ataques mais tradicionais. Foi com um desses ataques que o canadense acertou um waza-ari com um ko-uchi-gari de longa distância. Foi uma ótima maneira de concluir seu fim de semana de aniversário. 

O primeiro concurso de medalha de bronze viu o vencedor do Grand Slam de Abu Dhabi 2017, Niiaz BILALOV (RUS) e Muzaffarbek TUROBOYEV (UZB), medalhista de bronze em Tashkent há duas semanas se enfrentando. Mais uma vez, o uzbeque subiu ao pódio depois de lançar zilhões de ataques no tempo regular e no placar de ouro. Apenas um era realmente necessário e tinha o controle necessário para acertar um waza-ari com um soto-maki-komi. 

Toma NIKIFOROV (BEL) que venceu em Tashkent por sua volta, desta vez teve que estar feliz com um possível bronze. Ele enfrentou Joakim DVARBY (SWE) por um lugar no pódio. O mínimo que podemos dizer é que DVARBY tentou e tentou arduamente lançar o NIKIFOROV com entradas brilhantes de yoko-tomoe-nage ou movimentos maciços do ombro, mas talvez um pouco profundamente abaixo do centro de gravidade do belga, de modo que DVARBY não conseguiu finalizar o movimento. Toma NIKIFOROV usou um único erro de DVARBY para jogá-lo com um ura-nage baixo para waza-ari. Cansado mas feliz, NIKIFOROV saiu no final com uma nova medalha pendurada no pescoço.


Resultados finais
 1. ELNAHAS, Shady (CAN) 2. SULAMANIDZE, Ilia (GEO) 3. NIKIFOROV, Toma (BEL) 3. TUROBOYEV, Muzaffarbek (UZB) 5. BILALOV, Niiaz (RUS) 5. DVARBY, Joakim (SWE) 7. MINASKIN, Grigori (EST) 7. SANEBLIDZE, Onise (GEO)

+ 78 kg: China com XU está de volta ao peso pesado feminino

A China tem uma tradição de campeãs de peso pesado feminino. Com apenas uma medalha de Grande Prémio até ao momento, XU Shiyan é talvez a próxima campeã, ao entrar na final para defrontar a portuguesa Rochele NUNES (POR).

Assim que a final começou, XU assumiu a liderança e parecia ter controle total sobre a partida. Ela até fez um waza-ari, mas foi quando mudou de tática e deu esperança a NUNES de voltar à partida, mas XU novamente se aproveitou de uma situação no chão para imobilizar sua oponente para ippon. 

No primeiro concurso de medalha de bronze, Raz HERSHKO (ISR) e a primeira brasileira Beatriz SOUZA disputaram uma medalha. Raz HERSHKO tentou contornar Beatriz SOUZA, mas a diferença de força era muito grande entre as duas concorrentes, para que HERSHKO colocasse sua oponente em perigo. Por fim, a SOUZA lançou um poderoso o-soto-gari para não deixar nenhuma chance de fuga para a israelense.

A segunda brasileira, Maria Suelen ALTHEMAN, se classificou para a segunda disputa pela medalha de bronze contra a segunda judoca chinesa, que foi penalizada três vezes para dar a vitória à brasileira pela 17ª medalha de Grand Slam.


Resultados Finais
 1. XU, Shiyan (CHN) 2. NUNES, Rochele (POR) 3. ALTHEMAN, Maria Suelen (BRA) 3. SOUZA, Beatriz (BRA) 5. HERSHKO, Raz (ISR) 5. WANG, Yan (CHN ) 7. KALANINA, Yelyzaveta (UKR) 7. SLUTSKAYA, Maryna (BLR)    

+ 100kg: ZAALISHVILI conclui para a Geórgia 

O medalhista olímpico e mundial Rafael Silva teve uma boa oportunidade de somar preciosos pontos para a qualificação olímpica e não perdeu a chance. Na ausência do ex-campeão mundial Guram Tushishvili, a Geórgia ainda teve uma boa chance de subir ao pódio e essa chance teve um nome: Gela ZAALISHVILI. Ele enfrentou o gigante brasileiro por ouro.

Não é sempre que acontece, que alguém é capaz de lançar Rafael SILVA com um ippon massivo como ZAALISHVILI fez nesta final. Depois do tempo regulamentar, em que ambos os atletas se neutralizaram, o georgiano deu a impressão de que estava a preparar algo e de fato estava. Com uma enorme combinação sode o-soto, ele fez SILVA perder o equilíbrio e rolar de costas. Isso encerra um belo dia de competição para ZAALISHVILI e para o país anfitrião. 

Um segundo competidor georgiano esteve presente no bloco final, Saba INANEISHVILI, que enfrentou Cemal ERDOGAN (TUR) pela medalha de bronze. Depois de pouco menos de 1 minuto, o georgiano de 19 anos contra-atacou ERDOGAN pelo ippon e pela primeira medalha em um grand slam. 

A última disputa pela medalha de bronze foi composta por Maciej SARNACKI (POL) e Andy GRANDA (CUB). Logo após a metade da partida, os dois atletas tinham um waza-ari ao lado do nome, quando Andy GRANDA fez um belo ippon, de uma situação que poderia ter ido em qualquer direção, para ganhar a medalha de bronze.


Resultados Finais
 1. ZAALISHVILI, Gela (GEO) 2. SILVA, Rafael (BRA) 3. GRANDA, Andy (CUB) 3. INANEISHVILI, Saba (GEO) 5. ERDOGAN, Cemal (TUR) 5. SARNACKI, Maciej (POL) 7. HEGYI, Stephan (AUT) 7. YUSUPOV, Alisher (UZB)

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Foto: Marina Mayorova

Grand Slam de Tbilisi: O gosto da vitória!

Sami Chouchi derrotando Shamil Borchashvili

Era a primeira vez que ouvia o hino do seu país do alto do pódio. Uma melodia que soou para ele, em sua homenagem, porque era a primeira vez que uma medalha de ouro do Grand Slam enfeitava seu pescoço. Muitas emoções durante o dia, ele começou a chorar, pensando em sua família.

“Tenho pensado em minha esposa e minha filha”, disse Sami Chouchi no final da cerimônia de medalha. É o segundo dia do Grand Slam de Tbilisi, o belga está exausto depois de um dia difícil, mas quando fala, o cansaço desaparece.

“De manhã não estava muito bem. Eu sou uma guerreira, nunca desisto, e isso tem me ajudado a me concentrar e a me sentir melhor aos poucos. "

Chouchi luta na categoria -81kg, uma das mais competitivas, com muitos candidatos ao título. O belga é um dos mais bem adaptados à situação global e atingiu um nível tremendo que lhe permite conviver com os melhores. Em Tel Aviv calou os presentes ao derrotar o ídolo local e campeão mundial, Sagi Muki, no primeiro round, com um ippon extraordinário. Não há muitos capazes de fazer o forte israelense voar e cair no chão, Chouchi fez. Em seguida, duas semanas depois, com uma medalha em Tashkent, mas o ouro ainda estava faltando. Isso é outra coisa.

“É verdade que estou em boa forma, gosto do que coloco em prática no tatame e gosto disso. Você tem que se divertir para que o judô fique mais fluido. ”
 
O que fluiu para a Geórgia foram os ippons na corrida de Chouchi ao ouro. Primeiro, ele se livrou do russo Tepkaev. Qualquer russo é sempre um grande obstáculo, principalmente no primeiro turno, ainda mais quando você não se sente muito bem. Chouchi venceu, mais por vontade do que por talento. O talento veio depois, eliminando o islandês Iura e o português Egutidze. A essa altura, ele já estava avançando em velocidade de cruzeiro à espera da semifinal com Tato Grigalashvili.

“Ele é meu amigo. Lutar com ele em casa é algo muito especial.”

Isso merece um capítulo separado porque Grigalashvili é mais do que apenas um amigo. Ele é o número três do mundo, campeão europeu, vencedor do Masters de Doha e, para muitos, favorito para os Jogos Olímpicos. Para piorar as coisas, ele lutou em casa e um georgiano em casa não é exatamente um passeio no parque. 

“Foi uma luta excepcional, gostei muito porque o Tato é um lutador nato, como qualquer georgiano, e também é muito bom, muito forte”.

A vitória na Geórgia tem um sabor especial, especialmente com um ippon. No entanto, o obstáculo final teve que ser superado primeiro, Shamil Borchashvili. Com passaporte austríaco, mas nascido na Geórgia, obviamente muito motivado. Tanto que aos doze segundos da final ele executou um waza-ari contra Chouchi.

"Que idiota eu sou, foi a primeira coisa que pensei", explica Sami. “Eu o conheço, sabia o que ele ia tentar e também como. E ele conseguiu. Tive alguns segundos para me concentrar, esquecer o que havia acontecido e aplicar minha estratégia. "

O plano era simples, ataque e pontuação. O belga tinha um encontro com o ouro e não queria atrasá-lo. Um ippon brutal, à imagem e semelhança do que foi mostrado ao longo do dia, encerrou um torneio que parecia pensado para ele.

É por isso que ele estava chorando, porque a vitória na Geórgia é para muitos uma missão complexa demais. Sami Chouchi queria ouvir o hino de seu país e pensar em sua família do alto. Agora ele conhece o sabor da vitória.

Foto: Marina Mayorova

Grand Slam de Tbilisi: Análise técnica do terceiro dia

Dennis Van Der Geest

No último dia de competição em Tbilisi, perguntamos ao campeão mundial holandês de 2005, Dennis Van Der Geest, quais foram suas impressões.

“Deixe-me começar com as competições de hoje. Tivemos bons resultados, sem dúvida, mas também lutas muito boas. Mesmo quando acabavam com muitos shidos, ainda era bom de assistir.

A Geórgia teve dois homens em duas finais diferentes e isso é muito positivo porque as estrelas locais Liparteliani e Tushishvili não compareceram. Então, aqueles dois na final, Ilia Sulamanidze nos -100kg e Gela Zaalishvili na categoria pesado se aproveitaram da situação. Também vimos isso em Tashkent. Os locais podem colocar quatro judocas por categoria e sempre há uma pedreira sólida nesses países. Quando o judoca não está por perto, sempre há novos rostos prontos para lutar e muitos deles se dão muito bem. Eles tiveram uma chance e a aproveitaram. É uma pena que não haja espectadores porque isso dá uma energia extra, especialmente aqui.

Globalmente falando, estou bastante satisfeito com o que vimos durante estes 3 dias.

Algo chamou minha atenção. Alguns ainda não entendem que quando o árbitro fala hajime, até que diga mate ou ippon, a luta não acaba. Detectei alguns casos em que faltou concentração, por isso concederam um ippon após apenas quinze segundos de disputa. Nesse nível, você não pode cometer tal erro.

Vimos algumas ótimas transições da posição em pé para ne-waza com a intenção de marcar. Isso é interessante porque quando ocorre a transição existe uma área cinza, alguns segundos que não são bem aproveitados por muitos, pois quando finalmente reagem já é tarde demais. Outras fazem muito bem, por exemplo, a seleção feminina do Japão, mas são coisas que precisam ser treinadas. Existem judocas que não trabalham o ne-waza e na minha opinião é um erro, pois é uma parte indispensável da prática do judô.

Marcus Nyman

Se eu tivesse que destacar um único judoca, diria o sueco Marcus Nyman. É bom vê-lo novamente na final porque, embora não seja o mais espetacular, nem o mais talentoso, é um trabalhador incansável e seu ne-waza é muito sólido. Não comete erros e tem uma boa abordagem táctica que lhe permite vencer. Você não precisa ser o melhor para vencer.

Mais globalmente, vimos a enorme dificuldade de competir neste período de pandemia. Tem muito mérito organizar torneios internacionais e muito mais treinar e participar dessas competições, com as restrições atuais. Os atletas não podem sair do hotel, às vezes nem mesmo dos quartos, por motivos de segurança. Como consequência, por exemplo, não podem correr para perder peso. É muito complicado para eles e por isso o judô que vimos desde o Masters não é dos melhores. Não pode ser, mas temos visto o melhor judô possível e, acima de tudo, uma vontade de ferro e muitos sacrifícios por parte dos atletas. Essa luta permanente para se adaptar e progredir é a melhor notícia. “

Fotos: Marina Mayorova

sábado, 27 de março de 2021

Bahia: FEBAJU lança revista comemorativa de 50 anos da entidade.

 

A Federação Baiana de Judô (Febaju) acaba de lançar a edição especial da Revista Virtual Judô Bahia. Os textos reunidos nessa edição têm como tema os avanços conquistados pela modalidade e pela entidade nos exercícios 2019/2020, além de trazer iniciativas afirmativas e inclusivas.  A publicação inclui matérias sobre a representatividade feminina na arbitragem, artigo sobre saúde e psicologia esportiva e uma retrospectiva de eventos e atividades.

A Revista Virtual Judô Bahia é um periódico online e está disponível no endereço: https://febaju.com.br/revistaatualizada/

Ou, clique aqui e confira a nova edição.

Thaís Brandão
Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)

Jornadas Heróicas: Confira o bate Papo de Rodrigo Motta com Manoel Machado


Rodrigo Guimarães Motta é judoca, executivo e empresário, escritor e pesquisador acadêmico. Pensando em contribuir de forma mais abrangente o universo esportivo, administrativo e acadêmico, criou esse canal. 

Nele podemos encontrar momentos de sua trajetória intensa e complexa em todos esses campos. Fica a torcida que sejam vídeos estimulantes e que contribuam para a formação de pessoas que se interessam pelos assuntos desse Canal! 

Caso queira se aprofundar em algum dos temas desenvolvidos, envie e-mail para rodrigo.motta@rgmotta.com.br

Dentro do projeto do Canal, Motta conversa com executivos e com esportistas para compreender como as cinco competências que compõe a teoria do Esportismo (atitude, visão, estratégia, execução e trabalho em equipe) podem ser úteis para a superação da metas no esporte e no trabalho.

Na entrevista acima ele conversa com Manoel Machado, um dos mais renomados executivos do Brasil, mestre em administração e que já comandou empresas como a Ferrero, Danone, Kimberly Clark e Enova Foods. O tema da conversa foi a EXECUÇÃO.

Aproveite e se inscreva no Canal Rodrigo Guimarães Motta, ative o sininho para receber notificações de novos vídeos em primeira mão, deixe o seu "curtir" e compartilhe com seus amigos.

Por: ASCOM ICI





Grand Slam de Tbilisi: Certeza e Incerteza - Resultados do segundo dia


O segundo dia de um torneio World Judo Tour como o Grand Slam em Tbilisi é sempre mais compacto, com apenas quatro categorias de peso competindo, mas ainda é um dia particularmente dinâmico e espetacular. Este não era uma exceção à regra.

O segundo dia de um torneio World Judo Tour como o Grand Slam em Tbilisi é sempre mais compacto, com apenas quatro categorias de peso competindo, mas ainda é um dia particularmente dinâmico e espetacular. Este não era uma exceção à regra.

A partir das 10h os jogos decorreram um após o outro, seguindo um ritmo veloz no ritmo de Adjaruli ou Baghdadouri (danças tradicionais georgianas). No entanto, várias nações demonstraram sua capacidade de aprender danças locais rapidamente. A Mongólia ganhou assim uma segunda medalha de ouro, com TSEND-OCHIR Tsogtbaatar, após o título de MUNKHBAT Urantsetseg no primeiro dia. Este bom desempenho, sobretudo sabendo que TSEND-OCHIR venceu há duas semanas em Tashkent, permite à Mongólia assumir a liderança no ranking das nações, à frente da Geórgia.

O Canadá sai com força com dois finalistas, incluindo um título, enquanto Brasil e Bélgica venceram as chances em duas categorias ainda muito disputadas.

Existem vários prazos excelentes e seria preciso um adivinho para tirar conclusões agora. Aqueles que estavam em boa forma hoje, ainda estarão em algumas semanas? Aqueles que sofreram, encontrarão os recursos necessários para melhorar seu nível? Estamos longe de ter todas as respostas e os próximos prazos estão cada vez mais interessantes. Antes disso, haverá mais um lindo dia de judô, domingo, 28 de março, em Tbilisi.

-63kg: BEAUCHEMIN-PINARD abre a colheita canadense para o dia

A equipe canadense esteve em grande forma durante o segundo dia do Grand Slam de Tbilisi e começou com Catherine BEAUCHEMIN-PINARD, que confirmou seu papel como favorita da competição ao se classificar para a final, onde encontrou YANG Junxia (CHN), que não aparecia em um pódio internacional desde sua medalha de bronze em 2019 no Grand Slam de Abu Dhabi.

A final começou com dois atletas tentando controlar o adversário, mas com sequências especialmente incertas no chão, onde os dois competidores pareciam capazes de ganhar a vantagem. Foi finalmente BEAUCHEMIN-PINARD quem encontrou a abertura, em pé, após um controle muito rígido da manga para deslizar por baixo com um kata-guruma baixo para ippon.

OZBAS Szofi (HUN), de apenas 19 anos, é um daquelas jovens judocas que estão crescendo, depois de ter surgido nos juniores, agora mostrando o nariz para os mais velhos, sem medo. Campeã mundial júnior em 2019, medalha de bronze em Budapeste em 2020, a jovem voltou a marcar presença no bloco final de uma prova do circuito mundial, pela medalha de bronze, contra o lutador holandês Geke VAN DEN BERG, que volta a se dar bem em Tbilisi , tendo sido finalista aqui em 2019. VAN DEN BERG assumiu a liderança com um contra-ataque forte e dobrou o placar pouco tempo depois para ganhar sua primeira medalha em um grand slam. 

Lucy RENSHALL (GBR) voltou ao bloco final, pela segunda medalha de bronze, contra a vencedora do Grand Slam de Ekaterinburg 2019, Daria DAVYDOVA (RUS). Após trinta segundos do período de pontuação de ouro, o russo pode finalmente contra-atacar uma das inúmeras tentativas de arremesso de quadril do RENSHALL, para ganhar o bronze. 


Resultados finais
 1. BEAUCHEMIN-PINARD, Catherine (CAN) 2. YANG, Junxia (CHN) 3. DAVYDOVA, Daria (RUS) 3. VAN DEN BERG, Geke (NED) 5. OZBAS, Szofi (HUN) 5. RENSHALL, Lucy (GBR) 7. FAZLIU, Laura (KOS) 7. QUADROS, Ketleyn (BRA)

-73kg: Segunda Vitória consecutiva para TSEND-OCHIR

Pela segunda final consecutiva, o Canadá esteve presente, com uma bela atuação de Arthur MARGELIDON. É preciso dizer, mais uma vez, que o canadense não é realmente um estranho. Semeado como número um em Tbilisi, ele terminou em um bom terceiro lugar em Budapeste em 2020. Desta vez, MARGELIDON está subindo uma marcha. Na final encontrou TSEND-OCHIR Tsogtbaatar (MGL), já vencedor em Tashkent há duas semanas, que na semifinal destruiu as esperanças de medalha de ouro do judoca Kosovan Akil GJAKOVA (KOS).

Esta foi uma final interessante, com alguns ataques muito bons do canadense, mesmo que ele sempre pareça engajado em um seoi-nage em câmera lenta, controlando apenas a ponta da manga, mas com algumas fugas impressionantes do mongol. Com dois shido ao lado de seu nome, TSEND-OCHIR olhou um pouco para trás, quando de repente se envolveu com um ko-uchi-gari que marcou um waza-ari. TSEND-OCHIR então só tinha que manter o controle por mais alguns segundos e prestar atenção para não receber um terceiro shido, para ganhar um segundo grand slam consecutivo.

Na primeira luta pela medalha de bronze, foi um velho conhecido da torcida georgiana e do mundo do judô que pisou no tatame. Lasha SHAVDATUASHVILI não é outro senão o campeão olímpico de Londres 2012 e medalhista de bronze do Rio 2016 e ainda tem a motivação para ganhar medalhas. À sua frente, Akil GJAKOVA (KOS), vencedor do Grande Prêmio de Budapeste em 2019 e que quer continuar a provar que Kosovo também está se tornando uma nação que importa para os homens, mas após receber um terceiro shido, GJAKOVA foi derrotado, oferecendo a medalha para a Geórgia e SHAVDATUASHVILI.

O segundo georgiano presente no bloco final faz parte da jovem geração de atletas que já estão com os pés na porta e que pretendem correr para a brecha para inscrever o seu nome no panteão de renomados competidores georgianos nos próximos anos. Aleko MAMIASHVILI (GEO) enfrentou o experiente russo Denis IARTCEV, de trinta e poucos anos. Depois de uma partida muito emocionante, onde os dois atletas marcaram waza-ari, eventualmente Aleko MAMIASHVILI poderia se aproximar do IARTCEV para apresentar um o-uchi-gari, dirigido até o chão com perfeito controle da parte superior do corpo e um perfeito e claro ippon.


Resultados finais
 1. TSEND-OCHIR, Tsogtbaatar (MGL) 2. MARGELIDON, Arthur (CAN) 3. MAMIASHVILI, Aleko (GEO) 3. SHAVDATUASHVILI, Lasha (GEO) 5. GJAKOVA, Akil (KOS) 5. IARTCEV, Denis ( RUS) 7. KARAPETIAN, Ferdinand (ARM) 7. YULDOSHEV, Murodjon (UZB)

-70kg: PORTELA adiciona mais um ouro à sua lista de prêmios 

Não era bom estar entre as favoritas no grupo de -70kg, já que muitas delas foram eliminadas da competição prematuramente. A primeira finalista, porém, não é uma estreante, Maria PORTELA (BRA), que já tem uma boa lista de prêmios em seu currículo com 9 medalhas de Grand Slam até agora, antes do início da final de hoje. À sua frente, uma jovem russa, Madina TAIMAZOVA, já finalista em Doha este ano e que, a cada uma das saídas, mostra cada vez mais confiança.

A final não foi a mais espetacular do dia, já que shido começou a chover sobre os dois competidores, sendo o terceiro concedido a TAIMAZOVA por agarrar o título, dando a oportunidade à PORTELA de conquistar mais uma medalha de ouro no World Judo Tour .

Quinto em Tashkent, há duas semanas, Anka POGACNIK (SLO) se ofereceu mais uma chance de subir no pódio, contra Gulnoza MATNIYAZOVA (UZB), que em Tashkent recentemente levantou um povo inteiro com sua bela medalha de bronze, mas mais uma vez POGACNIK perdeu para MATNIYAZOVA com um uchi-mata espetacular para waza-are.

Para completar o pódio, Joana CRISOSTOMO (POR), apenas 71ª no ranking mundial, se opôs a Gabriella WILLEMS (BEL), segunda em Düsseldorf em 2020. A vitória foi de Gabriella WILLEMS, após assumir o controle do braço de CRISOSTOMO para uma chave de braço e um ippon.


Resultados finais
 1. PORTELA, Maria (BRA) 2. TAIMAZOVA, Madina (RUS) 3. MATNIYAZOVA, Gulnoza (UZB) 3. WILLEMS, Gabriella (BEL) 5. CRISOSTOMO, Joana (POR) 5. POGACNIK, Anka (SLO) 7. ALREBAI, Asma (BRN) 7. COUGHLAN, Aoife (AUS)

-81kg: CHOUCHI dá um grande golpe em Tbilisi

A categoria -81kg é sempre uma das mais esperadas e que oferece um grande show. Mais uma vez, foi o que aconteceu ao longo do segundo dia de competição em Tbilissi. Semente número um, Tato GRIGALASHVILI (GEO) fez o pó acender até a semifinal. Encontrou no seu caminho o belga Sami CHOUCHI (BEL). Sem dúvida o georgiano pensou que isso seria uma formalidade, mas contra todas as expectativas, CHOUCHI mandou GRIGALASHVILI de volta aos estudos, para encontrar no final outra surpresa, o austríaco Shamil BORCHASHVILI, vencedor contra o mundial e medalhista olímpico Antoine VALOIS-FORTIER, também na semifinal.

Depois de apenas doze segundos, BORCHASHVILI assumiu uma liderança muito forte, ao marcar um magnífico ippon que foi logicamente alterado para um waza-ari, com base no vídeo. Talvez um pouco desfocado ou simplesmente porque CHOUCHI esteve em chamas o dia todo, o belga pegou seu oponente com um shime-waza que não deixou chance para BORCHASHVILI. Com esta importante vitória, CHOUCHI volta à corrida pela qualificação olímpica na Bélgica, onde Matthias CASSE é seu principal rival. CASSE, que não estava competindo na Geórgia, continua sendo o número um do mundo.

Após o massacre das fases preliminares, encontramos para a primeira medalha de bronze, Murad FATIYEV (AZE), ainda sem referência no circuito mundial e o experiente Antoine VALOIS-FORTIER (CAN), mas devido a uma lesão, o canadense não pôde competir por outra possível medalha canadense. Murad FATIYEV conquistou assim a medalha de bronze.

Para completar o pódio, Alan KHUBETSOV (RUS), vencedor de um grand slam anterior, em 2014 em Baku, enfrentou Tato GRIGALASHVILI (GEO), que finalmente ganhou a medalha de bronze depois que uma terceira penalidade foi dada a KHUBETSOV por passividade. Esta definitivamente não é a medalha pela qual GRIGALASHVILI veio aqui, mas é uma medalha importante, no entanto.


Resultados finais
 1. CHOUCHI, Sami (BEL) 2. BORCHASHVILI, Shamil (AUT) 3. FATIYEV, Murad (AZE) 3. GRIGALASHVILI, Tato (GEO) 5. KHUBETSOV, Alan (RUS) 5. VALOIS-FORTIER, Antoine ( CAN) 7. EGUTIDZE, Anri (POR) 7. GOTONOAGA, Dorin (MDA)

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

Grand Slam de Tbilisi: Análise Técnica do segundo dia

Miroslav Bilic

Miroslav é o homem por trás da tela do computador, controlando cada replay, cada ação em câmera lenta de que os supervisores precisam para tomar as decisões certas e evitar disputas de arbitragem. É por isso que ele assiste a todas as lutas.

“Acho que hoje vimos judô de melhor qualidade em relação a sexta-feira, principalmente no bloco final. Houve uma avalanche de diversos movimentos e excelentes técnicas. Acho que é também porque as quatro categorias em disputa são muito atraentes, muito abertas, qualquer um pode vencer.

Fiquei impressionado com o belga Sami Chouchi porque ele lutou como um leão o dia todo. Em Tashkent ele ganhou uma medalha, mas eu não esperava que ganhasse o ouro, especialmente aqui. Nas semifinais enfrentou o grande favorito e herói local, Tato Grigalashvili, e venceu por ippon. Isso mostra a ambição e a atitude certas. Você não pode vir para a Geórgia e praticar judô tímido. Aqui você tem que seguir em frente, ser ofensivo e nunca desistir. Chouchi entendeu e por isso conseguiu. É por isso que o judô é tão bonito.

Também gostei do austríaco Shamil Borshashvili. Na final contra Chouchi, ele ganhou um waza-ari que poderia ter sido ippon 12 segundos após o início da partida. Isso mostra caráter e atitude.

Os judocas que conquistaram medalhas em Tashkent chegaram aqui ainda em excelente forma, alguns até melhoraram, como é o caso de Chouchi. Isso significa que os resultados aqui registrados não são uma coincidência.

Catherine Beauchemin-Pinard derrotando Daria Davydova

Se tivesse que destacar mais alguém, acho que seria para destacar o excelente desempenho de toda a seleção canadense. Eu realmente gosto de Christa Deguchi; Acho que ela é a melhor em sua categoria. Ontem ela perdeu por se enganar, mas atrás de Deguchi está uma equipe forte, tanto feminina quanto masculina, como atesta o ouro obtido hoje por Catherine Beauchemin-Pinard. Eles não vieram à Geórgia para aparecer, mas para vencer.

Em suma, testemunhamos muitos belos gestos, muitos ippons e waza-ari e muitas reviravoltas de ne-waza. No domingo, após o último dia concluído, verificaremos as estatísticas, mas estou convencido de que, em termos de pontuação, este será o melhor Grand Slam até agora e nenhum dos dois pontos de ouro ou hansokumake foram registrados e isso é excelente indicador também.

Por: Pedro Lasuen
Fotos: Marina Mayorova

FIJ: Fatos e resultados reais da Covid do Grand Slam de Tbilisi


Devido à divulgação de informações falsas sobre o Grand Slam de Tbilisi, a FIJ está publicando um relatório factual para cobrir detalhes sobre testes COVID positivos e as medidas tomadas neste evento.

O Protocolo Covid da FIJ aplicado e executado em todos os eventos da FIJ, em cooperação com o Comitê Organizador Local (LOC) e as autoridades locais, exige que um protocolo estrito seja seguido, incluindo a obrigação bem divulgada de fornecer testes PCR negativos, com tempo específico antes de entrar nas bolhas do evento. Isso se aplica a organizadores e delegações.

O princípio fundamental em todos os eventos da FIJ durante a pandemia COVID-19 é proteger e ser protegido usando uma máscara, higienizando, distanciando e respeitando o protocolo estabelecido. O protocolo foi revisado e atualizado regularmente desde que a Volta Mundial de Judô foi retomada em outubro de 2020. Todos os participantes têm a responsabilidade mútua de proteger uns aos outros.

Todos os participantes (atletas, treinadores, oficiais, árbitros, mídia internacional, VIPs e convidados) que entrarem em um país com a finalidade de participar de um evento do FIJ World Judo Tour, terão permissão para entrar nos balões do evento somente após a apresentação, na chegada, no pelo menos dois (2) certificados de teste médico PCR COVID-19 negativos (PCR-1 e PCR-2). É necessário ter um teste de PCR com um resultado negativo, feito dentro de 72 horas após a chegada na Geórgia. Esses dois testes PCR DEVEM ser administrados no máximo oito (8) dias antes da chegada e com um intervalo mínimo de 48 horas. 

O Grand Slam de Tbilisi, que aconteceu neste fim de semana, recebeu 464 atletas e 278 oficiais de mais de 80 países. Todos tiveram que enviar seus dois testes PCR negativos antes de entrar na bolha do evento, bem como preencher as declarações de saúde e a confirmação de que cumprirão o Protocolo COVID.

Na chegada à bolha, cada atleta e participante foi submetido a um terceiro teste de PCR, permanecendo em quarentena enquanto aguardava o resultado negativo. Com um resultado negativo confirmado pela equipe médica / de teste, os participantes estão autorizados a deixar a quarentena do hotel e entrar na bolha do evento.

Em Tbilisi, antes do evento, tivemos 6 casos positivos (3 atletas e 3 treinadores) com PCR3 e todos foram mantidos em quarentena sendo monitorados quanto à sua saúde, enquanto todos os seus contatos próximos foram colocados em quarentena e receberam outro teste de PCR para segurança .

Como precaução adicional e de acordo com o Protocolo COVID, antes de cada dia de competição, os atletas que competiam foram submetidos a um 4º teste de PCR. Ocorreram 6 casos positivos para PCR4, resultando na utilização dos mesmos protocolos citados.

Dos mais de 2500 testes de PCR administrados, um total de 12 casos de PCR3 e PCR4 foram positivos. Embora estejamos monitorando de perto a situação de saúde desses casos enquanto eles estão em quarentena, também estamos trabalhando para verificar, com nosso Gerente COVID e autoridades médicas locais, possíveis falsos positivos para atletas vacinados.

Os participantes que precisarem, também serão submetidos a um teste de PCR de despedida.

Antes do início do evento, algumas seleções nacionais, como parte de seu próprio programa, viajaram para Tbilisi para treinamento. Dos delegados inscritos para o evento, 15 (12 atletas e 3 treinadores) foram reprovados nos testes PCR1 ou PCR2, necessários para iniciar o processo de entrada na bolha do evento. De acordo com as regras e protocolos da Covid, aqueles com resultados de teste positivos não foram autorizados a entrar no evento.

De acordo e colaboração com as autoridades de saúde em cada país onde os eventos da FIJ acontecem, o mais alto padrão de segurança é essencial e os regulamentos são seguidos a fim de garantir um ambiente seguro para os atletas competirem. Os resultados positivos sendo identificados e ações sendo tomadas para quarentena e prestação de serviços médicos a esses participantes, é uma evidência de que o sistema está funcionando.

É a principal prioridade da IJF fazer cumprir o Protocolo COVID nos eventos do World Judo Tour e continuar trabalhando em estreita cooperação com federações nacionais, LOCs, autoridades locais, atletas, oficiais e parceiros durante este momento difícil, porque juntos podemos garantir um ambiente de competição seguro para todos e a continuação da atividade do judô em nível internacional. 

Por: Federação Internacional de Judô

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