terça-feira, 26 de maio de 2020

Quinta-feira tem Live sobre Preparação Física para Judocas. Não perca!


A Athlete Analyzer promoverá mais uma live, agora para falar sobre Preparação Física para Judocas com Wagner Zaccani, preparador físico da Sogipa de Porto Alegre e da Seleção Brasileira. 

Será em 28 de maio, às 15 horas no Instagram @atheleanalyzerbrasil.

Por: Boletim OSOTOGARI



Saiu os resultados do Open Internacional de Kata Individual 2020


A Confederação Sul-Americana de Judô (CSJ), com sede em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, através do seu Presidente Luiz Pavani, realizou o Open Internacional de Kata Individual 2020.

A CSJ desafiou os judocas se manterem em movimento e em contato com o judô nesse período de isolamento. E os participantes nem precisaram sair de casa, bastando gravar o kata individual e enviar o vídeo para a CSJ.

Foram avaliados 115 vídeos que foram enviados de atletas do mundo inteiro (4 continentes). Todos os katas foram analisados com a devida atenção adotando os critérios internacionais para chegar ao resultado mais justo. 

As avaliações foram realizadas por cinco professores, de 4 países, integrantes da Comissão de Graus da CSJ. Os resultados forma divulgados nessa segunda, 25 de maio. 

Entenda a competição: 

O QUE É? 
Uma apresentação de tandoku-renshu (kata de sombra). O tori apresenta sozinho, sem a presença do uke. A apresentação pôde ser feita em qualquer lugar. Não foi necessário estar em um dojô. Pôde ser realizado em uma garagem, sala, cozinha, jardim… 

COMO PARTICIPARAM? O participante gravou um vídeo de sua apresentação e enviou para a Confederação Sul-Americana de Judô. 

QUEM PÔDE PARTICIPAR? Qualquer pessoa de qualquer idade e de qualquer graduação pôde participar. Não foi necessário ser filiado à CSJ. 

QUANTO CUSTOU? FOI GRATUITO! Não houve valor de inscrição para esse evento. Foi só seguir as instruções e participar. 

Confira os resultados completos e assista as apresentações disponíveis:

NAGE-NO-KATA (A)
1º Mark Massami Yoshigaye São Paulo, SP / BRA 10,0
2º Silvana Harumi Nagai Rio de Janeiro, RJ / BRA 8,7
3º Taluan Nogueira São Paulo, SP / BRA 5,7

KODOKAN GOSHIN-JUTSU (A)
1º Paulo Moreira Coimbra / POR 9,8
2º Ana Mafalda Reis Ferreira Gonçalves Coimbra / POR 9,0
3º Pedro de Almeida Gonçalves Coimbra / POR 8,8

SEIRYOKU-ZENYO-KOKUMIN-TAIIKU (A)
1º Mario Tevez Buraco / ARG 9,5
2º Claudio Jose Coelho Costa Nova Lima, MG / BRA 9,2
3º Kátia Massaki Salles São Paulo, SP / BRA 8,3

NAGE-NO-KATA (B)
1º Francis D'Couto Victoria / AUS 8,6
2º Jose Orlando de Araujo Junior São Paulo, SP / BRA 7,4
3º Gabrielly Santos de Oliveira São Luiz, MA / BRA 6,6

SEIRYOKU-ZENYO-KOKUMIN-TAIIKU (B)
1º Edson Kouiti Sakomura Taquaral, SP / BRA 9,8
2º Silvia Nasi Latina / ITA 8,3
3º Ícaro Santana Magalhães Cerqueira Altamira, PA / BRA 7,8

NAGE-NO-KATA (C)
1º Roberto Hernan Pinilla Plaza Santiago / CHI 10,0
2º Yuri Tadeu de Oliveira Uberaba, MG / BRA 7,8
3º Evelyn Cristine Alves de Oliveira São Paulo, SP / BRA 6,8

SEIRYOKU-ZENYO-KOKUMIN-TAIIKU (C)
1º Manuela Alves de Aquino Coelho Costa Nova Lima, MG / BRA 60








As avaliações dos katas foram feitas por uma banca examinadora da Confederação Sul-Americana de Judô. Todos os participantes receberam certificados. Os melhores de cada divisão foram premiados com medalhas. Os certificados foram enviados por email. As medalhas serão entregues no próximo evento da CSJ ou enviadas pelos Correios. 

Por: Boletim OSOTOGARI







segunda-feira, 25 de maio de 2020

São João da Boa Vista: Judô sanjoanense faz trabalho social


A Associação Jita Kyoei de Judô, por meio do projeto social em parceria com a Prefeitura de São João, vem realizando ações para manter os judocas e familiares seguros, ativos e saudáveis durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Uma série de vídeos dos alunos treinando em casa, mantendo o foco e disciplina em plena pandemia já havia sido realizada pela associação. E agora a Jita Kyoei promoveu mais outras ações importantes.
AÇÃO SOCIAL
A primeira foi a entrega de máscaras aos judocas e familiares, com a ajuda e conscientização de pessoas ligadas ao projeto, no sentido de oferecer mais segurança a todos. Os responsáveis pela associação ainda lançaram a campanha ‘Jita Kyoei dá um Ippon no Coronavírus’, na qual as crianças fizeram desenhos alusivos ao tema com muita criatividade, cores e esperança.
“Neste tempo, tivemos que nos reinventar para manter o espírito de união e amizade vivos dentro das pessoas. Então, tentando criar ações simples, que ocorrem às vezes no mundo inteiro, para que de maneira saudável, lúdica e esperançosa, possamos passar por tudo isso e também darmos exemplo com nossos alunos e suas famílias de que juntos somos capazes de fazer”, disse o sensei Marco Aurélio Lodi, responsável pelo projeto.
AULAS GRATUITAS
A Prefeitura oferece aulas gratuitas de judô em quatro polos da cidade. As atividades acontecem no Centro Social Urbano (CSU) do bairro DER, na Área de Lazer do Santo Antonio, na Área de Lazer da Primeiro de Maio e no Centro de Integração Comunitária (CIC).
Após a pandemia, os interessados em participar das aulas devem contatar o Departamento de Esportes por meio do telefone (19) 3634-4100. O contato também pode ser feito direto com o professor Marco Aurélio pelo fone (19) 98212-9527.
Por: O Município - São João da Boa Vista

Projeto de Judô de Artur Nogueira oferece videoaulas em período de isolamento


O Judô Esporte Social surgiu há nove anos e segue sendo cuidado com todo carinho por seus professores e pela Prefeitura Municipal de Artur Nogueira. Tanto empenho com o projeto faz com que, nesse momento difícil de pandemia e isolamento social, os alunos continuem tendo aulas pela internet.

Rodolpho Lavoura, professor e um dos responsáveis pelo Judô Esporte Social, afirma que antes da pandemia todo o planejamento para o ano de 2020 já estava pronto. “Todo o calendário já estava pronto, com plano de aulas e competições. Fomos pegos de surpresa com o cancelamento de tudo. Precisávamos então pensar em uma maneira de fazer com que as atividades continuassem funcionando. Precisávamos atuar em duas frentes, uma com os alunos da rede pública e outra com os atletas”, conta.

Rodolpho conta que a Secretaria Municipal de Educação rapidamente se prontificou em ajudar. “Era uma preocupação que tínhamos em como faríamos nosso material chegar até os alunos, e a Secretaria resolveu isso pra gente. As aulas são postadas na página da Secretaria de Educação, na página do Judô Esporte Social e compartilhada por todos os professores e estagiários, de modo que todos tenham acesso”, explica Rodolpho.

Rodolpho ainda explica que todas as ações atuam em duas frentes: alunos mais jovens e atletas. “Com os atletas é um pouco mais fácil. Passo pra eles um treino para executarem. Já para as crianças, resolvemos fazer videoaulas”, afirma.

Além das aulas, os inscritos contam com vídeos de vários atletas, desde famosos como o campeão olímpico Aurélio Miguel, o medalhista em olimpíada Walter Carmona, o técnico do Flamengo, professor Floriano Almeida, até mesmo atletas mais comuns do nosso dia a dia. Todos eles levam uma mensagem própria para estimular os alunos. Rodolpho explica que todo o trabalho “procura estimular a parte psíquica, social e física dos alunos”.

Elaine Vicensotti, secretária de educação, afirma que não pensou duas vezes quando surgiu a oportunidade de colocar o Judô junto com a Educação nas aulas online. “Sabemos que o Judô desenvolve um trabalho fantástico na área esportiva, no entanto, podemos dizer que é também um trabalho educativo e que vai manter nossas crianças fazendo atividade física”, exclama.

Quem também comemora os resultados obtidos pelo Judô é Alexandre Chichurra, secretário de Esportes de Artur Nogueira. “Tenho acompanhado o trabalho do Judô Esporte Social e fico muito feliz com tudo o que está desenvolvendo. É um projeto incansável, que não poderia parar nesse momento difícil, é o que o prefeito Ivan sempre nos ensinou, todas as secretarias devem estar integradas para melhor atender a nossa população”, exclama Chichurra.

O Projeto Judô Esporte Social atende atualmente 650 alunos em Artur Nogueira.

Por: O Nogueirense

Bahia: Febaju lança campanha de apoio às academias e professores de judô da Bahia


A Federação Baiana de Judô lançou, na última sexta-feira, 22, uma nova campanha de filiação que buscará dar suporte financeiro aos professores e academias de judô da Bahia. A medida é uma das estratégias do presidente da Febaju, Marcelo Ornelas, para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19 no judô baiano.  
A partir de agora, 80% da taxa de filiação individual paga pelo judoca será repassada à sua academia. O cadastro para judocas até a faixa marrom custará R$25,00 e o registro para os faixas-pretas será de R$50,00. É desse valor que sairá o repasse de 80% ao professor/academia que esse judoca representa.  
“Compreendendo o momento inesperado vivido por toda a população, a Febaju assume o compromisso de contribuir com os dojôs e senseis. Contamos com a compreensão da família do judô baiano nessa corrente de cuidado e respeito por nossa modalidade”, afirma a Febaju em nota publicada em seu site oficial.  
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Febaju através do e-mail contato@febaju.com.br
Por: Thaís Brandão - Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)

Mato Grosso: Federação Matogrossense de Judô promove ações sociais de combate ao Covid-19


Buscando minimizar os impactos sofridos em razão da pandemia do Covid-19 e ajudar a comunidade local, a Federação Matogrossense de Judô promoveu, nessa semana, ações voluntárias em parceria com o Governo do Mato Grosso e o Projeto Judô Bope.
Através da campanha “Vem ser mais solidário”, idealizada pela Primeira Dama do Mato Grosso, Virgínia Mendes, com a participação de Fernando Moimaz, Presidente da FMTJ e o Sensei Adalberto Corrêa Júnior, Coordenador do Judô Bope, foi realizada a doação de 50 cestas básicas para famílias carentes da região.
A FMTJ entregou também ao Projeto Judô Bope totens de higienização nos quais é possível limpar as mãos com álcool em gel por meio de um pedal acionador, diminuindo, dessa forma, as chances de contágio pelo novo coronavírus.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Paraná: Ampliação do projeto Leões do Tatame fica refém do fim da pandemia



O judô é uma modalidade de contato direto. Com a propagação do coronavírus, na metade do mês de março, todos os treinamentos e atividades relacionadas à prática foram interrompidos. Em Ponta Grossa, o projeto social de judô Leões do Tatame também teve o planejamento suspenso e agora espera o controle da doença para dar continuidade a iniciativa de ampliação do projeto, idealizada antes da pausa.

O projeto Leões do Tatame, que tem como objetivo inserir crianças e adolescentes de 7 a 14 anos na prática do judô de maneira gratuita, pretende funcionar em uma nova unidade escolar em breve. A ideia já estava começando a ser implantada antes do isolamento e o número de atletas integrantes do projeto social passaria de 130 para 300 alunos sendo atendidos de maneira gratuita. 

Apesar da pausa repentina nas atividades, segundo o professor responsável pelo projeto, Carlos Silva, os atletas foram orientados sobre cuidados e prevenção à dengue e ao coronavírus. "Através de atividades pedagógicas e conversas com nossos alunos informamos e orientamos sobre os cuidados e prevenções tanto da dengue, que tem um número expressivo de casos no nosso estado, quanto sobre a pandemia coronavírus, para que os nossos alunos pudessem levar essas informações e orientações aos seus pais, responsáveis e todos aqueles com quem possuam contato", garante o sensei. 

O projeto vem tentando se reinventar de maneira remota. Através da plataforma online, o professor repassa aos alunos tanto do projeto social quanto do projeto particular, atividades que possam ser feitas de casa. "Foi realizado, por exemplo, o 'Yundansha Challenge', para promover através de atividades físicas e pedagógicas, o encurtamento da distância entre a equipe. Semanalmente enviamos para os nossos alunos instruções e após realizarem devem enviar fotos ou vídeo. É uma forma de incentivar e continuar motivando a prática do judô, ainda que longe da academia", conta Carlos.

O judô de Ponta Grossa está sem calendário. Por mais que os eventos tenham sido suspensos temporariamente e não cancelados, não há previsão de quando tudo voltará à normalidade. se os atletas conseguirão se preparar e se acontecerão eventos ainda em 2020.

"Nossos alunos vinham em um ritmo acelerado de resultados nas competições, o que motivava tanto os que já se encontram em condições competitivas quanto aqueles que almejavam iniciar em competições. Nossa maior preocupação, além de que nossos alunos mantenham os cuidados e a prevenção, é mantê-los motivados. Se todos se cuidarem, logo retornaremos à normalidade, mas ainda resta uma  grande incerteza quanto ao calendário competitivo", finaliza o sensei Carlos Silva. 

Por: Net Esporte - Ponta Grossa - Paraná

Amazonas: Professor de judô oferece aulas através de vídeos online

Glaucio Mendonça durante o Shotyugueiko de Divinolândia (SP) em Janeiro de 2019

Com a recomendação de todos os órgãos da saúde a nível nacional e internacional para que aglomerações sejam evitadas, os eventos esportivos e também os treinos de diversas modalidades foram afetados. Isso não significa que atletas e professores ficarão de braços cruzados em casa.

O mestre de judô Gláucio Mendonça, da Associação Comunitária dos Pais e Alunos do Amazonas (Acopajam) é um exemplo disto: desde a semana passada, ele ministra aulas através de vídeos para seus pupilos e posta em suas redes sociais. 

Ele explica o motivo da decisão de não ficar parado e também a importância de não deixar seus alunos sem treinos da modalidade. “Eu tenho que pensar como atleta e professor, a gente já tem uma certa dificuldade para conseguir seguir uma carreira num determinado segmento. Se a gente deixar todo mundo parado por dois, três meses alguns vão desistir de vez”, afirmou o professor fundador da Acopajam.

“Essa ação é algo que com certeza vai facilitar a volta deles quando tudo isso passar. No retorno vão estar numa forma física que vai possibilitar seguir em frente no caminho deles”, disse.

Gláucio também acrescenta que essa é uma forma dos professores de judô ao redor do Brasil continuar prestando serviços aos alunos, para que haja uma manutenção da mensalidade, mesmo sem treinos presenciais.

“Lançamos uma campanha chamada Apoie o Seu Sensei, porque se o aluno tiver em casa sem fazer nada ele começa a pensar se deve mesmo pagar a mensalidade”, declarou sobre os companheiros de luta. 

Além de liderar a Acopajam, o multicampeão de judô também é professor de educação física em duas escolas da rede estadual e municipal. Sem deixá-los na mão, Gláucio utiliza da internet para ministrar suas aulas.

Nesse caso, ele manda as aulas via aplicativo de mensagem, mas também são postadas nas redes sociais eficientes”, relatou o faixa preta em judô que vai dando seus primeiros passos no ensino a distância.

Por: A Critica.com


Em Tóquio, judô brasileiro quer manter a escrita olímpica

Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ, prefere não fazer prognóstico sobre medalhas do país nos Jogos de Tóquio - Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ

O judô é o esporte que mais deu medalhas olímpicas para o Brasil. São 22, sendo quatro ouros, três pratas e 15 bronzes. E, em meio às incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), uma live (transmissão ao vivo)  realizada na noite de ontem (11) - perfil oficial da Federação Piauiense de Judô,  no Instagram - abordou o atual momento do esporte e a realização dos Jogos de Tóquio (Japão) em julho de 2021. 

Entre os participantes, Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), evitou fazer prognósticos para a Olimpíada no ano que vem. "Esse tipo de projeção exige uma visão mais macro da realidade. Como os países ainda não definiram os nomes que irão compor as seleções, isso é impossível. O certo é que queremos ganhar pelo menos uma medalha para seguirmos sendo a única modalidade brasileira a subir no pódio em todas edições olímpicas, desde 1984 ", revelou o dirigente. Nos jogos de Los Angeles (1984), o judô brasileiro faturou três medalhas: uma prata (Douglas Vieira)e dois bronzes (Walter Carmona e Luís Onmura).

Segundo Ney Wilson, para conquistar duas medalhas, por exemplo, o país precisa chegar com chances em pelo menos quatro categorias. "Confiamos muito no trabalho que vem sendo feito. Mas, não é hora de fazer previsões. Me lembro bem do que ocorreu em Londres [2012], quando projetamos, ainda no Brasil, a conquista de quatro medalhas. Seria um recorde para a modalidade. A marca foi atingida, mas apenas no último dos cinco dias de disputas do judô. Tivemos o ouro inédito da Sarah Menezes e o bronze do Felipe Kitadai na abertura da competição. Depois, completamos as quatro medalhas com os bronzes da Mayra Aguiar e do Rafael Silva no encerramento do torneio olímpico. Tive que responder a várias perguntas de jornalistas sobre a projeção das quatro medalhas. Mas, graças a Deus, chegamos lá", recorda. 

Incertezas
Com o adiamento dos Jogos de Tóquio para julho de 2021, a Federação Internacional da modalidade (IJF, sigla em inglês) estendeu até 29 de junho do ano que vem o prazo para a classificação dos atletas (pontuação/ranking). “Terá pelo menos o mesmo número de eventos no processo de qualificação, incluindo também todos os eventos que já foram agendados no calendário oficial no período até a nova data final da qualificação. O número final de eventos incluídos depende de vários fatores, mas principalmente da situação da saúde no mundo e das possíveis restrições de viagem, bem como a disponibilidade de locais e comitês organizadores locais", informou o IJF por meio de comunicado oficial, publicado no site da entidade em abril. 

Antes da remarcação dos Jogos de Tóquio para julho de 2021, a IFJ havia determinado que o ranking olímpico do judô fecharia no dia 30 de junho deste ano. A data Campeonato Mundial, inicialmente marcado para setembro de 2021, também poderá ser antecipada. Se isso ocorrer, é provável que os resultados obtidos valham para o ranking classificatório dos Jogos de Tóquio 2021. Mas, até o momento, isso não foi definido pela IJF.

O dirigente da CBJ diz que, devido às indefinições causadas pela pandemia de covid-19, a entidade trabalha com vários cenários. "Nós temos um contato direto com a Federação Internacional. E a informação que recebemos é que eles só devem liberar o novo calendário de competições quando houver um cenário mais definido da doença,em nível mundial. O nosso cenário mais otimista é de uma retomada das competições em novembro e dezembro. E o mais pessimista é a volta apenas no ano que vem", avalia Wilson. 

O gestor adiantou ainda que, em nível nacional, a ideia da CBJ é investir em treinamentos, depois que a situação sanitária estiver normalizada. "Uma das possibilidades é fazer trabalhos em cada uma das regiões do Brasil, respeitando todas as regras das autoridades de saúde. Esse seria o cenário ideal. Mas pensamos também em fazer treinos separados com cada uma das categorias de peso, com um calendário específico em apenas uma sede”.

Seleções
Para a Olimpíada de Tóquio no ano que vem, o ranking mundial vai ser usado para alocar as 352 , vagas na ordem hierárquica de qualificação. Os 18 mais bem classificados pelo ranking, em cada uma das 14 categorias (sete em cada naipe) asseguram vaga direta, com o máximo de um atleta por Comitê Nacional, por categoria. Estarão disponíveis ainda mais 100 vagas continentais, distribuídas também de acordo com a posição no ranking. Para as Américas são oferecidas dez vagas no masculino e 11 no feminino. 

Atualmente, o Brasil, tem atletas elegíveis em todas as categorias. Vale ressaltar que a campeã olímpica Rafaela Silva, da categoria até 57 quilos, permanece na zona de classificação. A atleta aguarda o julgamento de um recurso pela Corte Arbitral do Esporte para saber se poderá voltar a competir. A IJF suspendeu a atleta por dois anos, devido a confirmação de doping nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. 

Judoca Daniel Cargnin é uma das promessas do país nos Jogos de Tóquio, na categoria até 66 kg - Roberto Castro/ rededoesporte.gov.br

Ney Wilson reconhece que o adiamento foi benéfico para a delegação brasileira. "É uma equipe bem renovada. Se a Olimpíada fosse esse ano, o time seria quase todo novo. Claro que são nomes com um potencial muito grande, como o Daniel Cargnin (categoria até 66 kg), campeão mundial júnior em 2017, e Rafael Macedo (categoria até 90 kg), campeão mundial júnior em 2014. Mas são atletas que ainda precisam amadurecer no circuito mundial. A gente sabe que, quando eles chegam cedo na seleção adulta, precisamos graduar a participação deles e ir construindo isso junto com as equipes de base e com os próprios atletas. Os homens amadurecem mais tarde. É uma questão fisiológica. As mulheres passam por esse processo de uma forma mais rápida e natural. A Sarah Menezes, por exemplo, entrou na seleção principal junto com a Mayra Aguiar, aos 15 anos. No masculino isso não acontece. Já passamos por outras fases de instabilidade também na seleção feminina e conseguimos superar. Temos certeza que estaremos bem representados no masculino em Tóquio. O adiamento para 2021 foi perfeito para os homens”, conclui.

Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil - São Paulo / Agencia Brasil-EBC
Edição: Cláudia Soares Rodrigues

domingo, 24 de maio de 2020

Bahia: Febaju anuncia inscrições para Curso de Formação para Faixa Preta 2020


A Federação Baiana de Judô (Febaju) realizará o Curso de Formação e Aperfeiçoamento Técnico para Exame de Faixa Preta e Graduados – 1º ao 5º Grau de 2020, para judoístas da Bahia, através de plataforma on line, visto a necessidade se isolamento social em decorrência do novo Coronavírus. Compreendo o momento adverso, a Febaju concedeu 20% de desconto para o investimento na formação.

Os interessados devem se inscrever de 19 de maio até o dia 19 de junho, através do email contato@febaju.com.br. As aulas teóricas do curso acontecerão através da plataforma no site da www.febaju.com.br. Já as aulas práticas obedecerão a quantidade mínima de 15 alunos por sede e aguardarão a liberação dos órgãos de saúde. Os resultados dos módulos serão divulgados após oito dias de participação em cada etapa.

No conteúdo programático do curso serão instruídos os seguintes módulos:
Anatomia, fisiologia, biomecânica e nutrição esportiva aplicadas ao judô; Didática e pedagogia do Esporte aplicadas ao judô; Origem e difusão do judô; Treinamento técnico e tático aplicados ao judô; Conhecimentos teóricos e práticos do judô. O exame final acontecerá no dia 5 de dezembro, com locais a definir.

Para mais informações sobre o curso de formação, os interessados podem entrar em contato com a Febaju através do e-mail.

Por: Thaís Brandão
Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)

Rio Grande do Sul: TJD/FGJ disponibiliza manual prático de suas atividades


O Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Gaúcha de Judô elaborou um manual prático de sua atuação. A apresentação, que ficará disponível no site da FGJ, detalha em uma linguagem simples e objetiva como se dá o trabalho do órgão.
O documento, ressalta o presidente do TJD, Leonardo Culau, visa explicar “como funciona” e “para que serve” o colegiado. Essas respostas esclarecem dúvidas que ainda são recorrentes, segundo ele.
“É um trabalho que será encaminhado a todas as entidades do RS e ficará disponível para a toda a comunidade do judô gaúcho”, destaca Culau.
A apresentação poderá ser baixada diretamente neste link.
Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô

Sesi paulista demite mais 250 professores de esportes


A assessoria de imprensa do Sesi de São Paulo confirmou à Agência Brasil que a entidade demitiu metade do quadro de professores de esporte. O total de profissionais desligados em 53 cidades paulistas foi de 250.

Em nota, o Sesi-SP explicou a decisão à Agência Brasil e disse que “a crise do coronavírus tem castigado todos os setores da economia. O Sesi-SP tem feito todos os esforços para preservar seu quadro funcional. Entretanto, é impossível ignorar a queda de arrecadação causada pela desaceleração da economia, a redução compulsória de 50% da receita nesses meses e o nível de inadimplência, que é imprevisível. Além disso, estamos impossibilitados de manter funcionando as áreas esportivas e culturais. É um momento difícil para todos e até lá o Sesi-SP trabalhará com afinco para que o impacto seja o menor possível”.

Segundo a assessoria de imprensa da entidade,  os desligamentos foram em sua maioria de funcionários das academias e das aulas de ginástica e não só professores do esporte/modalidades. A assessoria também garantiu, mesmo sem informar o valor da bolsa, que cerca de 740 atletas das categorias de base/formação (idade limite de 21 anos) seguem recebendo uma ajuda de custo.

É importante destacar, que no departamento de esportes, o Sesi-SP fez os primeiros ajustes financeiros logo no início da pandemia da covid-19.  Após a decisão do encerramento antecipado da Superliga de Vôlei masculino 2019/2020, nenhum contrato da tradicional equipe paulista foi renovado, inclusive o técnico Rubinho. O único que permanece no clube é o atual líbero Murilo. O medalhista olímpico e campeão mundial pela seleção brasileira aceitou um contrato com uma remuneração reduzida até a volta das competições. 
Ainda segundo a assessoria, outras equipes de destaque como a de basquete masculino, sediada em Franca, e a de vôlei feminino, que atua em Bauru, não tem definição sobre cortes e terão os casos tratados individualmente por terem parcerias locais.

As fortes equipes de modalidades individuais de alto rendimento mantidas pelo Sesi não foram afetadas até o momento.  A entidade mantém fortes equipes de karatê, Wrestling, natação, judô, entre outras. O departamento paralímpico, que tem destaques com a equipe de goalball e de vôlei sentado, também segue sem alterações até o momento.

Por: Istoé / Agência Brasil


CBJ se mobilizou para ajudar as 27 federações estaduais


Através da circular nº 09/2020, enviado a todos os presidentes das federações estaduais, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), ciente do cenário e das dificuldades que se apresentam, e visando auxiliar diretamente a comunidade de judô a nível nacional devido à Pandemia do COVID-19, mobilizou esforços para ativar pleitos que possam ser viabilizados com recursos oriundos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte para atendimento às 27 Federações Estaduais Filiadas.

A circular foi disponibilizada em seu site e poderá ser acessada no link abaixo:


Vamos acompanhar o desenrolar desse processo, torcendo para que todas as medidas tomadas possam dar um retorno positivo para as entidades estaduais. Esperamos que todas tenham enviado seus pleitos. 

Por: Boletim OSOTOGARI


sábado, 23 de maio de 2020

CBJ divulga lista oficial dos Coordenadores Estaduais de Veteranos


A Confederação Brasileira de Judô, através da Coordenação Nacional de Veteranos, acaba de divulgar oficialmente a lista dos Coordenadores Estaduais de Veteranos.

A Coordenação Nacional de Veteranos através dos professores Carlos Eurico Pereira (Cacá), ex presidente da Federação Gaúcha de Judô, e Cristian Cezário, cinco vezes Campeão Mundial de Veteranos e Diretor da ONG Instituto Camaradas Incansáveis (ICI), a pasta, que foi criada oficialmente em 06 de abril de 2018, passa agora a contar oficialmente com Coordenadores Estaduais, que ajudarão a desenvolver a classe veteranos em seus respectivos estados.

"Há tempos batalhamos um lugar ao sol para a classe veteranos, mas sempre extra-oficialmente. Criamos o Ranking Nacional, organizamos o Desafio Internacional de Veteranos, entre outras ações.  Entendendo que precisávamos nos organizar de uma forma mais ''oficial'' e em parceria com a Confederação Brasileira de Judô (CBJ), em 2018 nos organizamos e através do Sensei Carlos Eurico e  conseguimos agendar uma reunião com o Presidente Silvio Acácio Borges da sede da entidade, no Rio de Janeiro. Participaram desta reunião Carlos Eurico Pereira, Cristian Cezário, Rodrigo Motta, Marcelo Ornellas (Presidente da FEBAJU), Jucinei Costa (Presidente da Federação do RJ) e Sensei Oswaldo Simões. Neste dia colocamos todas as necessidades da classe e, entre elas, a criação do Departamento de Veteranos da CBJ. Foi quando o presidente Silvio Acácio nos deu a primeira oportunidade, fazendo o convite ao Sensei Carlos Eurico (Cacá) para assumir a Coordenação Nacional de Veteranos. Iniciamos o trabalho com o Sensei Cacá, e sempre demos o suporte necessário para que ele realizasse essa organização. Com o crescimento cada vez maior da classe e uma demanda muito grande de trabalho, neste ano de 2020, durante o nosso Desafio Internacional de Veteranos, onde nos reunimos na Arena Olímpica no Ibirapuera, e o Presidente Silvio Acácio atendeu nosso convite e veio para São Paulo prestigiar a ação. Na oportunidade me fez o convite para também participar da Coordenação Nacional de Veteranos, junto com o Sensei Carlos Eurico. Com esta oportunidade, e todo apoio da CBJ, promovemos varias ações e uma delas foi sugerir a criação das Coordenadorias Estaduais de Veteranos nas respectivas Federações Estaduais, que teve adesão de vinte e cinco estados. Realizamos uma Capacitação Técnica em parceria com a Faculdade Três Marias da Paraíba, trazendo grandes nomes para um treinamento junto aos Coordenadores Estaduais. Atualmente fazemos reuniões quinzenais para desenvolver estratégias organizacionais para a classe e agora estamos promovendo o 1º Open de Judô Funcional Veteranos Brasil, uma grande inovação neste período de isolamento social", disse o coordenador Cristian Cezário para o boletim OSOTOGARI.

A lista completa com os Coordenadores Estaduais pode ser conferida clicando aqui.

Abaixo o banner de divulgação do 1º Open de Judô Funcional Veteranos do Brasil, cujas inscrições vão até 28 de maio. Dúvidas, regulamento e inscrições poderão ser realizadas através do email: veteranosjudors@gmail, ou entre em contato com o seu coordenador estadual que ele fornecerá todas as informações necessárias. Participe!


Por: Boletim OSOTOGARI



sexta-feira, 22 de maio de 2020

Em Novo Hamburgo, judoca de oito anos escreve livro durante a pandemia


Muitas pessoas têm aproveitado a quarentena para desenvolver novas habilidades ou resgatar algum hobby que estava esquecido. O judoca e estudante da rede municipal de Novo Hamburgo Samuel Robinson, de 8 anos, resolveu escrever um livro. Em casa, devido à pandemia do novo coronavírus, o pequeno uniu o gosto pela leitura e por aventura e transformou em uma obra, que a família busca apoio para publicar.

Atualmente, Samuel está escrevendo o último capítulo da narrativa intitulada "O menino e a casa na árvore: entre sonhos e pesadelos"- e que já possui 60 páginas. O livro, repleto de mistérios e aventuras, conta a história de um menino e seus quatro amigos, e começou a ser escrito no dia 21 de março. Alguns personagens são inspirados nos amigos de Samuel, Renato e Matteo, em sua irmã Melissa, que ele conceitua como sua aventureira favorita, e no avô Joel. As ilustrações são de sua professora de Judô, Monaliza Kasper.

Clique aqui e leia a matéria completa.

Para ajudar na realização do sonho de Samuel, a família lançou uma vakinha on-line para angariar fundos e publicar a obra. Para contribuir clique aqui.

Por: Jornal Novo Hamburgo - Rio Grande do Sul



Kiko: um nome que se confunde com judô


O nome dele é Antônio Carlos de Oliveira. Mas, no meio do judô e do esporte em geral, ele é conhecido apenas como Kiko. Considerado por muita gente como um dos técnicos esportivos mais vitoriosos da história do Brasil, e por um número ainda maior de pessoas o técnico mais vencedor do Rio Grande do Sul. É um nome que se confunde com a história do judô. Hoje, com 52 anos, começou como atleta ainda criança. Chegou a competir, mas, logo aos 20 anos, começou a treinar as categorias de base da Sogipa (tradicional clube esportivo e social de Porto Alegre, Rio Grande do Sul).

Já são mais de 30 anos de trajetória pela qual passaram muitos dos maiores nomes do judô brasileiro, como João Derly, Mayra Aguiar e Tiago Camilo. A Agência Brasil conversou com o técnico sobre vários assuntos: o momento do esporte no país, Jogos Olímpicos e sua trajetória.

Agência Brasil: Enquanto praticamente todo o Brasil segue parado pela pandemia, vocês já retornaram os treinos em Porto Alegre. Como estão os primeiros dias de atividades?

Kiko: Retomamos muito devagar as atividades aqui no clube no início do mês. No Rio Grande do Sul, a pandemia é preocupante, é séria. Mas está relativamente sob controle. Após o decreto do governador (Eduardo Leite) e do prefeito (Nelson Marchezan Júnior) de flexibilização de algumas atividades físicas, nós voltamos apenas com a parte física. O clube social não está aberto para os sócios. Os treinamentos são em grupos separados. Seguimos as orientações médicas e sanitárias. E seguimos trabalhando com bastante calma, sem muita preocupação de desempenho. Não temos ainda nenhuma indicação no nosso calendário sobre o retorno das competições. Na verdade, o que estamos fazendo é recuperar as perdas físicas que os atletas tiveram.

Agência Brasil: Parece que nesse ciclo olímpico a equipe masculina passa por um período de instabilidade maior do que a feminina. Você concorda?

Kiko: Com certeza! A equipe feminina vem de um processo de maior experiência. Ela tem no seu alicerce a Mayra (Mayra Aguiar, bicampeã mundial e dona de dois bronzes olímpicos), a Rafaela, quando não estava suspensa (Rafaela Silva, campeã olímpica e mundial, que está suspensa por dois anos desde agosto de 2019, quando testou positivo em um exame antidoping), a Maria Suelen (Maria Suelen Altheman, com duas pratas em Mundiais, nas disputas individuais, e uma prata nas equipes mistas), a Ketleyn Quadros (dona da primeira medalha olímpica feminina do Brasil no judô, um bronze em 2008) e a Maria Portela (com um bronze e uma prata em Mundiais por equipes mistas). É uma equipe mais rodada, né? E bastante maturada. Mas, também tem atletas bastante novas entrando, como a Larissa (Larissa Pimenta, 21 anos, campeã dos Jogos e do Campeonato Pan-Americano) e a Alexia (Alexia Castilhos, 25 anos, bronze nos Jogos Pan-Americanos). Já no masculino o atleta precisa estar um pouco mais maduro e experiente para começar a colher os resultados. O Daniel Cargnin (22 anos e campeão do Campeonato Pan-Americano Sênior e quinto no Mundial Sênior) e o Rafael Macedo (25 anos e bronze no Mundial Sênior nas equipes mistas) são caras com muito potencial, mas, para ter resultados no sênior, ainda precisam de um pouco mais de maturidade.

Agência Brasil: No final do ano passado, a equipe verde e amarela passou em branco no World Masters da China. Esse tipo de resultado preocupa?

Kiko: O nível mundial do judô está muito elevado. Nos acostumamos mal com o judô brasileiro. Tivemos várias medalhas em Mundiais e Jogos Olímpicos. Mas, quando a equipe não vai completa e não está priorizando determinada competição, não é fácil ganhar uma medalha em um torneio como esse. Se fizermos uma conta de medalhas em Grand Slams, os mesmos acabam se repetindo no pódio. É tão competitivo que você pode ver. Na Rio 2016, as maiores esperanças de medalha eram Mayra Aguiar, Rafaela Silva e o Baby (Rafael Silva). E talvez agora, passados quatro anos, os nomes dos favoritos sejam os mesmos. Isso, é claro, se a Rafaela for liberada do doping. Então, não é fácil chegar e se manter entre os melhores.

Agência Brasil: No começo de 2018, houve uma mudança no comando técnico da seleção brasileira masculina. O Fúlvio Miyata foi para o Minas Tênis Clube e deu lugar a Yuko Fujii. Como você viu essa mudança? Você chegou a ser procurado pela Confederação Brasileira de Judô?

Kiko: O Yuko já fazia parte da comissão (desde 2013, ele assessorava diversas categorias da seleção brasileira e acompanhou a preparação da equipe antes dos Jogos do Rio). Nunca fui convidado diretamente. Na verdade, nunca tive essa ambição. Quero, sim, contribuir com o judô brasileiro. E tenho certeza que contribuo bastante. E quero manter também o espaço para dar as minhas sugestões, que é o que acontece também. Pode até acontecer isso algum dia. Mas não é uma ambição. Tenho viajado bastante, com a seleção inclusive.

Agência Brasil: Recentemente, em uma live, o Ney Wilson, gestor do alto rendimento da Confederação Brasileira de judô, evitou fazer uma projeção de medalhas para Tóquio. Mas disse que quer pelo menos uma medalha para manter a escrita que vem desde 1984 (com a modalidade trazendo pelo menos uma medalha a cada Olimpíada). Ele disse que é um pouco cedo para projetar, mas falou que, para ganhar uma medalha, o Brasil precisa chegar bem em três ou quatro categorias. Você concorda?

Kiko: Quanto mais atletas tivermos entre os cinco primeiros do ranking mundial, maiores serão as chances. Mas aposto também em uma coisa que acredito que o Ney não tenha falado. Nós sempre temos uma surpresa em Jogos Olímpicos. Em 2012, a grande surpresa foi o Kitadai (Felipe Kitadai, medalha de bronze). Ninguém esperava que ele fosse ser medalhista. Em 2016, na minha opinião, a surpresa foi o ouro da Rafaela Silva. Era uma medalha esperada, mas o ouro não era tão fácil de ser conquistado.

Agência Brasil: E falando especificamente do trabalho do senhor à frente da equipe da Sogipa. São mais de 30 anos com uma coleção invejável de conquistas. Qual o momento mais especial?

Kiko: A Sogipa, nos últimos 20 anos, conquistou quatro medalhas olímpicas, 11 medalhas em mundiais sênior e dez medalhas em mundiais sub-21 e 12 medalhas em Pan-Americanos. Acho que o momento mais especial foi em 2005, no Egito, quando o João Derly se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial sênior. Ele venceu o bicampeão olímpico Masato Uchishiba. Ali foi o principal momento. Na época o nosso judô era muito amador, um judô no qual não havia recursos, que eu tinha que ser psicólogo, preparador físico, tudo para o João Derly. Depois conseguimos vários apoiadores e patrocinadores que estão com a gente há 15 anos. Depois, logo em seguida, o João Derly foi bicampeão mundial no Rio de Janeiro em 2007.

Agência Brasil: Pelo ranking atual, o Brasil tem atletas postulantes a ser classificar em todas as categorias de peso. Quantos deles são da equipe da Sogipa?

Kiko: A Mayra é atleta do clube e está praticamente classificada. A Maria Portela deve se classificar sem problemas. Na categoria até 63 kg temos uma disputada interna. A Ketleyn Quadros (décima do ranking) e a Alexia Castilho (décima oitava) brigam pela única vaga nesse peso. No masculino, temos o Rafael Macedo e o Rafael Cargnin praticamente dentro dos Jogos. A Sogipa tem ainda o Leonardo Gonçalves disputando vaga com o Rafael Buzacarini (décimo segundo). E temos o David Lima. Está um pouco mais distante, mas é o desafio do país para classificar para essa categoria. O Felipe Kitadai ainda tem chances também.

Edição: Fábio Lisboa
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo


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