As comemorações do Dia das Mães para os judocas da seleção brasileira foram no tatame do Centro de Treinamento da CBJ, em Lauro de Freitas, e terminaram com Brasil no pódio do Superdesafio Copa Internacional de Seleções. Depois de uma derrota para Rússia nas quartas-de-final, a equipe nacional reagiu e conquistou a medalha de bronze de forma invicta vencendo as sete lutas contra a Grã-Bretanha por ippon.
"O objetivo maior é chegar bem em Tóquio 2020. Eu vi que todos entraram com vontade, com muita garra e esse deve ser o espírito sempre. O nível das equipes estava muito equilibrado. Nós perdemos para a Rússia de 4 a 3 assim como o Japão não teve vida fácil na final e venceu por 4 a 3. Há de se valorizar esse bronze do Brasil", comentou Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ, que acompanhou o evento no ginásio.
O peso-ligeiro Kainan Pires imobilizou Peter Miles no primeiro confronto e colocou o Brasil na frente. Em seguida, Daniel Cargnin (66kg) desequilibrou Neil MacDonald com uma técnica de ashi-waza (técnica de pernas) e ampliou a vantagem brasileira com mais um ippon.
“Ontem eu fiquei o dia inteiro pensando na minha derrota para o russo e foi a minha mãe que aturou o meu mau humor e que me deu suporte quando eu mais precisava” contou Cargnin, dedicando a vitória à sua mãe, Ana Rita, que faz aniversário neste domingo. “Ela e meus técnicos me fizeram acreditar em mim mesmo. Hoje eu vim para ganhar de ippon.”
O terceiro ippon brasileiro do dia veio com Lincoln Neves contra Daniel Powell. Rafael Macedo (81kg) foi implacável e finalizou seu combate em 15 segundos contra Oscar Di Domico. Com a quarta vitória, o Brasil garantiu a medalha de bronze do torneio.
Henrique Francini (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e João Cesarino (+100kg) mantiveram o alto rendimento da equipe nas últimas lutas e fecharam o placar em sete a zero para o Brasil.
“Procuramos corrigir os erros cometidos contra a Rússia e melhoramos a autoestima deles para que eles acreditassem. Tivemos muitos ippons, mas isso não significa que os combates foram fáceis. Foram lutas duras, mas nossos atletas tiveram a tranquilidade para fazer o que sabem fazer de melhor”, avaliou Douglas Vieira, técnico da seleção brasileira.
O ouro da competição ficou com a seleção do Japão que derrotou a Rússia por 4 a 3 em duelo definido apenas na última luta. O pesado Genta Tanaka venceu Ruslan Shakhbazov por ippon quando o confronto estava empatado em 3 a 3, garantindo, assim, o título da competição para o Japão. O segundo bronze ficou com a seleção da Geórgia, que bateu a Itália por 5 a 2.
As equipes permanecerão em Lauro de Freitas e se reunirão a outros 40 judocas brasileiros para treinamento de campo na cidade baiana até a próxima terça-feira, 10.
Em Baku, David Moura também fatura o bronze
Depois da prata de Maria Portela, o pesado David Moura conquistou a segunda medalha do Brasil no Grand Slam de Baku neste domingo, 08, no Azerbaijão. No duelo decisivo contra Temuulen Batulga, da Mongólia, o brasileiro pontuou com um yuko para garantir o pódio e os 200 pontos no ranking mundial.
David chegou à semifinal com vitórias sobre Nadir Huseynov, do Azerbaijão, Mohammed Tayeb, da Argélia, Barna Bor, da Hungria e, na semifinal, perdeu para o ucraniano Iakiv Khamo, medalhista de bronze no último campeonato mundial.
"Fiz muito boas lutas, com a atitude que venho treinando. Ajustarei os detalhes mas seguindo nessa minha linha. Meu trabalho está sendo bem feito e essa medalha é fruto disso", disse David.
Rafael Silva (+100kg), Luciano Corrêa (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg) também lutaram neste domingo, mas não avançaram às disputas por medalha. A próxima competição da seleção principal será o Grand Prix de Almaty, no Cazaquistão, no próximo final de semana.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ