Dois ouros, uma prata e um bronze. E assim fechamos o judô no Jogos Pan-americanos de Toronto!

Quatro disputas de medalhas nesta noite de terça feira, fechando a modalidade de Judô nos Jogos Pan-americanos de Toronto 2015. Com 14 atletas participando, 13 medalhas foram conquistadas! Cinco de ouro, duas de prata e seis de bronze! Esse resultado classificou o Brasil em primeiro lugar no geral.

Nas lutas do último dia do judô nesta terça feira (14) foram duas de ouro no masculino, com Luciano Correia e David Moura, uma prata com Mayra Aguiar e um bronze com Maria Suelen Altheman.

Na final da categoria -78kg, não deu para Mayra Aguiar. A brasileira mostrou sua força de sempre, mas perdeu para a norte-americana Kayla Harrison (shido) e ficou com a medalha de prata em Toronto 2015, As duas fizeram uma luta dura e mostraram porque fazem hoje a maior rivalidade do judô mundial. 

Mayra fez uma competição sem sustos até a final. A gaúcha, de apenas 23 anos, teve pouco trabalho para vencer a mexicana Liliana Cardenas (com dois wazari) e a cubana Yalennis Castillo (dois shido) e com isso conseguiu se guardar para a disputa que realmente interessava, contra a norte-americana. Perdeu ponto por falta de combatividade e viu a medalha de ouro escorrer entre os dedos.

Mas com esse resultado, Mayra superou seu desempenho de quatro anos atrás. Ela terminou com o bronze e não escondeu sua frustração em Guadalajara 2011. Depois disso, Mayra conseguiu um ouro, uma prata e dois bronzes em Mundiais.

Nas disputas da categoria +78 kg, Maria Suelen Altheman era tida como uma das favoritas ao ouro em Toronto 2015, mas acabou surpreendida na semifinal e teve de brigar pelo bronze. A paulista, de 26 anos, venceu a dominicana Leidi Herman (ippon) e ficou com a terceira colocação.

A brasileira, que também havia ficado com o bronze em Guadalajara 2011, superou a venezuelana Emileidys Lopez (ippon) e perdeu no finalzinho para a mexicana Vanessa Zambotti (yuko).

Já os dois brasileiros que disputaram final no judô não decepcionaram e conquistaram o ouro para o País ao aplicar o ippon nos rivais.

Na última luta da noite, David não deu chances para o equatoriano Freddy Figueroa e aplicou o ippon no primeiro minuto do combate, ainda com 13 segundos. 

Um pouco mais cedo, foi a vez de Luciano Correa subir no lugar mais alto do pódio. No tatame, o brasileiro aplicou um ippon no canadense Marc Deschenes aos 3 minutos e 55 segundos de luta e desbancou o dono da casa na categoria até 100 kg.

Confira a campanha do judô verde amarelo em Toronto:

Medalha de Ouro: 

Erika Miranda, Charles Chibana, Tiago Camilo, Luciano Correia, David Moura

Medalha de Prata: 

Felipe Kitadai, Mayra Aguiar

Medalha de Bronze: 

Nathália Brigida, Rafaela Silva, Mariana Silva, Maria Portela, Vitor Penalber, Maria Suelen

Com informações do portal r7

Três bronzes e um ouro nesta segunda-feira. Parabéns Mariana, Vitor, Portela e Tiago!

Mariana, Vitor, Portela e Tiago: Quarteto brazuca momentos antes das lutas desta segunda feira

Tiago Camilo não deu chances para o cubano Asley Gonzales e faturou o ouro do judô nos Jogos Pan-Americanos pela terceira vez seguida na noite desta segunda-feira (13), na categoria até 90 kg.

A luta contra Gonzales começou equilibrada e de certa forma difícil para Tiago, mas o brasileiro conseguiu se impôr durante quase toda a disputa, mantendo a vitória ao alcance. No finalzinho, o cubano até tentou reverter a situação, mas pesou a experiência de Camilo.

"Nos últimos anos eu tenho sofrido bastante com as derrotas e isso tem me tornado cada vez mais forte. Agora meu foco é campeonato mundial, daqui um mês. Aqui foi um passo que eu subi nessa caminhada", disse Tiago após a luta.

Victor Penalber venceu o portoriquenho Gadiel Miranda com um ippon daqueles e garantiu a medalha de bronze para o Brasil. O judoca aplicou um ippon daqueles faltando pouco mais de dois minutos para o fim da luta. Ao final do combate na categoria até 81 kg, o brasileiro saiu satisfeito com o bronze e não triste por não estar na briga pelo ouro.

A gaúcha Maria Portela venceu a mexicana Andrea Poo na noite desta segunda-feira e conquistou a medalha de bronze na categoria até 70 quilos do judô dos Jogos Pan-Americanos.

Antes da luta pelo bronze, a judoca brasileira tinha vencido na estreia, nos últimos segundos, a venezuelana Elvismar Rodriguez, mas acabou derrotada na semifinal pela atual campeã mundial Yuri Alvear, da Colômbia.

Maria Portela conseguiu assim o mesmo resultado alcançado no Pan de 2011, em Guadalajara.

Mariana Silva se recuperou de derrota nas semifinais, venceu na noite de segunda-feira a colombiana Diana Velasco e garantiu assim medalha de bronze na categoria até 63 quilos do judô nos Jogos Pan-Americanos, em que a equatoriana Estefania García ficou com o ouro. A brasileira, que começou a campanha superando a mexicana Andrea Gutiérrez, perdeu na sequência para a canadense Stéfanie Tremblay, mas superou Velasco com um wazari e um yuko, assegurando assim uma das duas medalhas de bronze.

O professor Paulo Duarte, com toda sua experiência, comentou as lutas das disputas por medalhas dos brasileiros desta segunda no seu perfil do facebook:

Mariana Silva 

"A atleta brasileira movimentava-se com tranquilidade porque conseguia distribuir seu peso corporal, igualmente, nas duas pernas. Efetuava a pegada muito na ponta da manga da adversária e não permitia que a mesma esboçasse qualquer tentativa de ataque. Porquanto a pegada na ponta da manga neutraliza qualquer ação da adversária, também dificulta a ação de quem segura dessa forma para qualquer técnica que tenha a intenção de jogar a adversária para frente. Por esse motivo, a primeira pontuação obtida por Mariana foi através de um taniotoshi (a oponente é jogada para trás). Com a luta aproximando-se do final, a atleta colombiana procurava de todas as formas sair da situação desfavorável em que se encontrava. Em algumas vezes conseguiu se desvencilhar da pegada e tentou segurar segurar o judogi da brasileira em sua porção mais alta. Porém, uma dessas tentativas propiciou à Mariana segurar um pouco mais alto a manga de seu judogi e isso foi fatal. Mariana desferiu um osotomakikomi e consegui um wazari já nos instantes finais da luta, a brasileira apenas aguardou o soar do final do combate. Vitoriosa, Mariana conquistou a medalha de bronze na categoria até 63 kls".

Victor Penalber

"Penalber comandou as ações desde o início da luta. Miranda perdia no kumikata e por essa razão não oferecia nenhum risco ao judô do brasileiro. Penalber se impunha com muita autoridade e percebíamos que era uma questão de tempo para que sua supremacia se transformasse em boa pontuação. Um osotogari corretamente aplicado de canhoto para destro, abriu o placar a seu favor com um yuko. Próximo ao final da luta, um espetacular morote-seoinage marcou ippon e deu a justa medalha de bronze ao brasileiro".

Maria Portela

"Portela utilizou a estratégia correta. Sendo muito mais baixa que sua adversária, segurou as duas mangas do judogi não permitindo que Poo segurasse em seu judogi. Com bom volume de ataque, por várias colocou a oponente em suas costas tentando aplicar constantes sode-tsuri-komi-goshi. Por pouco não conseguiu uma belíssima projeção. Conduziu a luta com muita consciência e, em momento algum, foi incomodada pela colombiana. isso gerou uma punição em sua adversária que, embora não tenha sido projetada, não deixou de ser uma presa fácil para a brasileira que conquistou o bronze na categoria até 70 kls".

Tiago Camilo

Talvez a luta mais esperada da noite. Dois grandes atletas se enfrentavam em busca do ouro. Dois vice-campeões olímpicos que já se enfrentaram em diversas oportunidades e que guardam grandes resultados um sobre o outro. A luta começou com Tiago buscando claramente a manga de Ashley que a escondia para evitar a vantagem do brasileiro que já dominava a gola do seu judogi. Se Ashley perdesse também a manga o risco de ser projetado seria muito grande. Mas, essa atitude de nada adiantou. Por esconder a manga o atleta cubano foi punido em duas oportunidades com shidô. 

Tiago, muito consciente, sem cometer nenhum erro, sabia que seria muito difícil para o cubano reverter essa situação. Assim foi conduzindo o combate com certa tranquilidade. Sentindo que a luta se aproximava do final, Ashley partiu para o ataque de maneira descontrolada e quase foi projetado por um morote-seoinage desferido por Tiago. A maturidade do brasileiro trouxe-lhe o tri-campeonato em Jogos Panamericanos coroando uma das mais belas carreiras do judô nacional em todos os tempos!

Parabéns para você é pouco! Na falta de uma expressão melhor, fica aqui os agradecimentos de toda a comunidade judoísta brasileira por esse título que muito nos envaidece.

Com informações do professor paulo Duarte e do portal R7

Charles Chibana é Ouro e Rafaela Silva é Bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto

Com dois wazaris sobre Antoine Bouchard, Charles Chibana é o campeão da categoria meio leve dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015. Antes ele havia vencido suas duas lutas contra o salvadorenho Gustavo Lopez Aguilera e o venezuelano Sergio Mattey por ippon.

Rafaela Silva bateu Anriquelis Barrios da Venezuela por um wazari e dois yukos e garantiu um lugar no pódio. Alex Pombo sentiu uma lesão no joelho e acabou ficando em quinto.

O professor Paulo Duarte mais uma vez fez seus comentários a respeito das lutas dos brasileiros nas disputas pelas medalhas em seu perfil no facebook:

Rafaela Silva

"Na disputa vimos uma Rafaela bem determinada vencendo com certa facilidade a disputa pelo bronze. Logo no início da luta, conseguiu um wazari com um taniotoshi. Sua pegada aberta em determinados momentos causou muita preocupação. A adversária percebendo que Rafaela estava acomodada em razão da grande vantagem obtida, começou a atacar com maior frequência. Embora o ataque da adversária não demonstrasse muita eficiência, o volume de entradas que Barrios impetrava logo após sofrer o wazari, preocupava porque poderia induzir à punições e, com isso, ameaçar a supremacia da brasileira. Mas, felizmente isso não ocorreu e Rafaela conseguiu mais uma medalha de bronze para o judô brasileiro. Parabéns!"

Charles Chibana

"Chibana iniciou a luta em desvantagem no kumikata. O atleta canadense, mais alto, canhoto, conseguia se impor no kumikata em razão da postura curvada de Chibana que facilitava a pegada da mão esquerda do canadense em suas costas, A postura curvada de Chibana contribuía para aumentar a envergadura do atleta canadense que, assim, se sentia muito à vontade na luta. Sabendo que Chibana tem um excelente uranage, Antoine manteve-se em posição perpendicular à Chibana durante todo o tempo do combate, esperando que o brasileiro tentasse a aplicação do uranage. Realmente, Chibana tentou e foi surpreendido com um movimento do canadense que ao cair em cima do brasileiro conseguiu um yuko. Numa segunda oportunidade, esperando que Chibana fosse repetir o mesmo movimento, curvou o corpo à frente para tentar cair em cima do brasileiro como da primeira vez. Só que dessa vez, quem foi surpreendido foi ele mesmo porque Chibana aplicou um yokoguruma pelo lado esquerdo e conseguiu igualar o placar em 1 yuko. Durante toda a luta Chibana envolvia a cintura do adversário, mas mantinha sua posição em migi-shizentai. No final da luta, quando tudo levava a crer que Chibana repetiria uma das duas técnicas (uranage e yokoguruma) o brasileiro deu um passo para o lado, mudou sua posição de migi-shizentai para shizentai, ficou de frente para o adversário e aplicou um espetacular kosotogake conseguindo o ippon. A qualidade técnica e a criatividade de Chibana foram determinantes para a conquista da medalha de ouro! Parabéns!"

Alex Pombo

"Infelizmente a disputa pelo terceiro lugar na classe masculina não teve o mesmo desfecho. Alex marcou um wazari com seu ashiguruma, mas não conseguiu manter a grande vantagem. Sentindo uma contusão no joelho, sentia muita dificuldade em se movimentar e acabou cedendo a uma reviravolta no placar perdendo a medalha de bronze. Só nos resta lamentar a falta de sorte do brasileiro que, em condições normais, com certeza teria conquistado essa medalha. Pela sua garra, merece nossos aplausos!"

Com informações do professor Paulo Duarte e da Assessoria de Imprensa da CBJ

Érika Miranda é ouro nos Jogos Pan-Americanos, Kita é prata e Nathália é bronze!

Érika Miranda deu um show na grande final da categoria meio leve e faturou o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Pan-Americanos. De quebra, entrou para história como a primeira atleta a conseguir uma medalha de ouro nessa categoria nesta competição. Nathália Brígida ficou com o bronze na categoria ligeiro e garantiu a primeira medalha brasileira em Toronto. Felipe Kitadai garantiu a terceira medalha do dia no judô, uma prata, ao ser derrotado por Lenin Preciado na decisão.

O professor Paulo Duarte, em seu perfil no facebook teceu seus comentários a respeito das três lutas que definiram as três primeiras medalhas do judô brasileiro na competição:

Nathália Brigida

"Nathalia Brígida conquistou a medalha de bronze na categoria até 48 kls, vencendo Diana Cobos (ECU). A equatoriana tomou a iniciativa do combate se utilizando de uma pegada cruzada que incomodou muito à brasileira. Porém como não desferiu nenhum ataque foi penalizada com dois shidôs. Percebendo que corria o risco de a qualquer momento sofrer algum ataque por parte da equatoriana, Nathalia, inteligentemente, trocou a mão esquerda que se mantinha na manga da adversária para a gola da mesma, neutralizando qualquer tentativa de aproximação.

Em desespero, a atleta Diana Cobos, soltou o braço mais uma vez tentando segurar às costas da brasileira. Neste momento, Nathalia se aproveitou aplicou um kouchimakikomi pelo lado esquerdo que surpreendeu a equatoriana. Em seguida, um bom seionage deu números finais ao combate."

Felipe Kitadai

"Infelizmente, o brasileiro cometeu um erro crasso. O equatoriano, canhoto, segurou a gola do judogi de Kitadai em sua porção mais alta. Kitadai abraçou a cintura de seu oponente com seu braço direito. Porém, o mesmo manteve-se em posição perpendicular ao atleta brasileiro que pensou em aplicar um uranage. Na posição em que se encontrava o adversário, seria muito difícil a execução do uranage. Neste caso, a melhor opção seria um yokoguruma pela esquerda já que seu braço direito envolvia a cintura de Lenin. Na tentativa do uranage, sofreu um uchimata de esquerda e caiu de ippon."

Érika Miranda

"Érika Miranda estava absoluta na luta. Dominou o combate desde o início. Um ouchigari aplicado nos instantes iniciais, quase liquidou a luta. A partir daí, era nítido o descontrole da atleta canadense que não conseguiu, sequer, segurar no judogi da Érika. Dois lindos ipponseoinages deu a primeira medalha de ouro para o Brasil! Parabéns, parabéns, parabéns!"

Com informações do Professor Paulo Duarte e Assessoria de imprensa da CBJ