segunda-feira, 23 de abril de 2018

Brasil fica com a prata do Campeonato Pan-Americano por Equipes Mistas


No terceiro e último dia de Campeonato Pan-Americano Sênior de San Jose, na Costa Rica, o Brasil ficou com o vice-campeonato na inédita disputa por equipes mistas após final decidida na última luta contra a equipe de Cuba, que venceu o duelo por 4 a 2. No individual, o país fechou o Pan com sete pódios, sendo dois ouros, três pratas e dois bronzes. 

"Acredito que o evento estava mais forte do que o ano passado. As equipes estavam mais fortalecidas, mas percebemos que são poucos os países que estão preocupados com renovação como nós estamos. Eu vejo que o Brasil está saindo na frente, apesar de não ter feito o resultado que merecia. Tiveram alguns resultados injustos, até mesmo hoje na disputa por equipes. Eu não sou de reclamar da arbitragem, mas foi absurdo", pontuou Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ. "Essa seleção cresceu nesse Pan. Acho que a equipe entrou de uma forma e saiu maior. Cada um desses atletas jovens, com certeza, vão progredir, vão sair daqui mais confiantes e estarão criando mais competitividade com os atletas mais experientes."  

Na final contra Cuba, o Brasil entrou com Tamires Crude (57kg), David Lima (73kg), Maria Portela (70kg), Rafael Macedo (90kg), Beatriz Souza (+78kg) e David Moura (+100kg). O primeiro ponto veio com a vice-campeã pan-americana Tamires Crude (57kg), que venceu Anailys Dorvigny por ippon numa revanche do Pan de 2017. Para isso, ela contou com uma ajuda especial de suas colegas de treino, entre elas a campeã olímpica Rafaela Silva. 

"Três dias antes de viajar eu fiz um treino específico para lutar com essa cubana e as meninas do Reação, a Rafaela, que lutou com ela ano passado, me deram muitas dicas. Felizmente, consegui fazer tudo o que treinei e venci", comemorou a peso-leve de 24 anos. "Eu vejo que, mesmo a equipe sendo novinha, estamos cada vez mais maduros, mais duros nas competições e o desenvolvimento de todo mundo, no geral, está sendo muito bom." 

No segundo combate, os cubanos responderam com vitória de Magdiel Estrada por waza-ari sobre David Lima (73kg). Na sequência, Olga Masferrer abriu um waza-ari de vantagem sobre Maria Portela (70kg). A brasileira chegou a empatar a luta, mas acabou sofrendo o ippon e Cuba marcou o segundo ponto.

Na quarta luta, Rafael Macedo sofreu três punições e a vitória ficou com Ivan Silva Morales, fazendo Cuba 3, Brasil 1. Beatriz Souza (+78kg) precisava da vitória contra a Idalis Ortiz, exatamente um dia após de ter perdido a final no individual para a mesma adversária. Dessa vez, Bia conseguiu se sair melhor. Depois de levar um waza-ari, a brasileira foi tática e venceu o confronto forçando três punições à cubana que é uma das maiores atletas do judô mundial, dona de três medalhas olímpicas e cinco mundiais.
"Tive muita orientação de ontem para hoje e pensei muito no que eu precisava fazer de diferente para não cometer o mesmo erro da final. Então, fui na tática. Tomei um waza-ari, mas vi que tinha tempo, eu tinha a pegada e poderia, sim, ganhar no shido", explicou Beatriz, que tem apenas 19 anos. "A equipe toda de Cuba é muito forte, mas todos nós brasileiros lutamos muito bem, demos mais que 100% e fico feliz de ver que temos uma equipe que não desiste nunca."  
Com o 3 a 2 no placar, o Brasil precisava de uma vitória por ippon de David Moura sobre Andy Granda no último combate para vencer o confronto nos critérios de desempate. No tempo normal, Moura foi melhor, forçando duas punições contra o cubano. Mas, quando tentou uma técnica de sacrifício a arbitragem entendeu que houve uma ação de contra-golpe de Granda e deu o ippon para o cubano no golden score. Placar final ficou Cuba 4, Brasil 2.  
Nas preliminares, Brasil passou por Peru e Venezuela

No primeiro confronto, a seleção bateu o Peru por 4 a 1 para avançar à semifinal. Kamilla Silva (57kg) abriu o placar para a seleção ao vencer Brilithi Carbajal por ippon (imobilização). O Peru empatou com vitória de Alonso Wong por waza-ari sobre Jeferson Santos Jr (73kg) e o Brasil respondeu com vitória de Maria Portela (70kg) por waza-ari e ippon sobre Camila Figueroa. No terceiro combate, Gustavo Assis (90kg) forçou três punições a Yuta Galarreta Vilar e garantiu o 3 a 1 no placar. Beatriz Souza (+78kg) fechou o combate com vitória por ippon sobre Xsara Morales Falconi e não houve necessidade do último combate, que seria entre David Moura (+100kg) e Daryl Yamamoto Servan.

Na semifinal, o Brasil repetiu o placar contra a Venezuela com vitórias de Tamires Crude (57kg) sobre Wisneybi Machado; de David Lima (73kg) por ippon sobre Sergio Mattey; de Rafael Macedo (90kg) por ippon sobre Anthony Pena; e de Beatriz Souza (+78kg) sobre Karen Leon, também por ippon. A luta mais equilibrada do combate foi entre as médios Elvismar Rodriguez e Maria Portela, decidida nas punições após dois minutos de golden score. Maria levou 3 shidos e a venezuelana apenas um para vencer o duelo. 

Os bronzes ficaram com Venezuela e Peru.
A próxima competição para a seleção brasileira de judô será o Grand Prix de Hohhot, na China, em maio. Essa etapa definirá os classificados do Brasil para o Campeonato Mundial de Baku, em setembro. 
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Foto: Rafal Burza

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