As competições de judô são dividas por classe de idade, categorias de peso e gênero. Nos treinamentos, porém, é normal que mulheres treinem com homens dependendo das necessidades de cada atleta. Isso é o que está acontecendo nesta semana no treinamento da seleção feminina brasileira que se prepara para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Durante os dois treinos diários, as judocas brasileiras têm dividido o dojô com oito meninos das classes júnior e juvenil.
“Foi um pedido nosso, porque eles dão mais ritmo de luta por serem mais velozes do que as meninas da nossa categoria em geral. Além disso, por ter menos competitividade entre os dois, o treino fica mais aberto, mais solto, e assim, conseguimos praticar mais golpes”, explica a peso-médio Maria Portela. “É diferente, por exemplo, de um treino no exterior com atletas que são nossas adversárias. Nessa situação, é um treino mais travado, mais para estudar o adversário do que esse que estamos fazendo aqui com os meninos”, completa.
A prática é normal em outros países, como sublinha a técnica Rosicleia Campos.
“Na Holanda vimos isso com frequência. No nosso treino, porém, é a primeira vez e tem funcionado bem. Os meninos são mais fortes, mas não de uma forma muito desproporcional e, com isso, eles desafiam nossas atletas.”
O grupo de apoio especial é formado pelos jovens Robson Penna (Junior/Minas Tenis Clube), João Victor Garched (Juvenil/Instituto Reação), Douglas Richard (Juvenil/Instituto Reação), Daniel Ricardo (Juvenil/Instituto Reação), Gabriel Silva (Junior/Minas Tenis Clube), Fellipe Silva (Juvenil/Fluminense), Bruno Watanabe (Juvenil/APAJA) e Bruno Martins (Instituto Reação).
“Achei muito legal. As meninas são muito mais competitivas do que os meninos. Não querem cair para a gente de jeito nenhum”, destaca Robson Penna. “Elas são nossa inspiração e ajuda-las nessa preparação para os Jogos do Rio nos motiva ainda mais. Vou me sentir fazendo parte das conquistas delas também.”
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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