No judô uma das formas de evoluir e estudar os adversários é treinar junto dele. Quando as atividades são bem executadas, o mais provável é que o desempenho melhore. E o Treinamento de Campo Internacional realizado no Hotel Colonial Plaza em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, no início de janeiro, foi muito útil para o Brasil no Grand Prix de Havana, no último final de semana. Três brasileiros tiveram confrontos diretos com adversários que estiveram nas atividades e todos saíram vencedores dos confrontos.
O mais importante deles foi, provavelmente, o de Eric Takabatake. Ele enfrentou Orkhan Safarov, do Azerbaijão, atual número 4 do mundo e bronze no Mundial Rio 2013, na semifinal. Numa luta muito estudada, Takabatake conseguiu um yuko quando faltavam 10 segundos para o fim e se classificou para a grande decisão do Grand Prix de Havana. Na sequencia, viria a conquistar o ouro e a subir quatro posições para o 12º lugar no ranking mundial.
“Eu estou muito feliz pela medalha de ouro, a minha primeira em Grand Prix. Foi ótimo para começar bem o ano olímpico e isso me dá muito mais confiança. Vamos seguir treinando forte para manter o nível nas próximas”, disse Takabatake.
Outra que se aproveitou muito bem dos dez dias de atividades em Pindamonhangaba foi a médio Maria Portela. Depois de cair nas quartas-de-final contra a francesa Marie Eve Gahie, ela precisava vencer a repescagem para chegar à disputa do bronze. E a adversária foi justamente alguém com quem ela tinha estado dias antes, a russa Irina Gazieva. O resultado foi um placar cheio para a “raçudinha”: yuko, waza-ari e, finalmente, o ippon. Depois disso, Portela viria a conquistar o bronze contra Barbara Matic (CRO).
“Muito feliz com este início de ano! Continuar em frente em busca da evolução”, escreveu Portela em sua página oficial.
Charles Chibana não chegou ao pódio mas terminou a competição em Cuba na quinta colocação depois de perder a disputa do bronze para o italiano Elio Verdi. Mas a posição honrosa só foi conquistada porque logo na primeira luta ele superou Tarlan Karimov, do Azerbaijão, com um yuko. Ou seja, foram três confrontos entre brasileiros e atletas que estiveram no Treinamento de Campo Internacional em Pindamonhangaba com 100% de aproveitamento dos brasileiros.
“Não estamos acostumados a treinar com essas escolas e, por isso, creio que tenhamos tido um bom desempenho. O aprendizado vai ficar e será útil para todas as próximas competições”, disse Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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