sábado, 21 de fevereiro de 2015

Rafaela Silva conquista primeiro ouro do Brasil no GP de Dusseldorf


O Brasil começou bem na disputa do Grand Prix de Dusseldorf, primeiro evento do Circuito Mundial, conquistando já no primeiro dia uma medalha de ouro com Rafaela Silva (57kg) e um bronze, com Phelipe Pelim (60kg). Outros sete judocas brasileiros entraram no tatame alemão nesta sexta e mais sete estreiam no sábado, 21. 

Para chegar à disputa do bronze, Pelim passou por Joaquin Gomis (ESP) e Arif Bagirof (BLR) nas primeiras lutas, caindo nas quartas-de-final num confronto equilibrado com o número dois do mundo, Amiran Papinashvili (GEO). Na repescagem, o brasileiro derrotou o argelino Mohamed Rebahi, garantindo-se na disputa pelo bronze contra Garricos, que havia batido o campeão mundial Boldbaatar Ganbat (MGL) na primeira rodada. Além de levar o espanhol a duas punições, o brasileiro conseguiu um waza-ari e selou sua vitória. 


"Essa medalha representa muito para mim pelo fato de eu estar me preparando há anos, com apoio da minha família, amigos, parceiros de treinos e, graças a Deus, consegui ingressar na seleção esse ano e começar com essa medalha", avaliou o peso-ligeiro. "Durante a competição consegui lutar bem, impor meu ritmo de luta, mas os atletas são muito fortes. Me perdia, às vezes, na troca de pegadas no kimono, mas conseguia controlar a luta de novo", completa.

Rafaela Silva também não teve caminho fácil. Começou derrotando Derya Cibir (TUR) por ippon, passou por Loredana Ohai (ROU) com um yuko nas oitavas, levou Hedvig Karakas (HUN) a sofrer quatro punições nas quartas e superou Laetitia Blot (FRA) na semifinal, numa luta de oito minutos decidida no golden score, sendo finalizada graças a mais um ippon da brasileira. Na final, ela encarou a mongol Sumiya Dorjsuren, sua algoz no mundial de Chelyabinsk, e foi irretocável. Conseguiu um waza-ari, levou a adversária a sofrer duas punições e finalizou com um golpe perfeito alcançando a pontuação máxima, seu quarto ippon na competição.

"Estou muito feliz, estou vindo de uma preparação muito boa de treinamentos. Nunca tinha feito treinamentos desse nível para inícios de competição e isso foi fundamental hoje", declarou a campeã, lembrando da preparação no treinamento de campo da Áustria e de Saquarema e ressaltando que o momento mais difícil em Dusseldorf foi a semifinal contra a francesa Laetitia Blot. "Foram oito minutos de luta", destaca. "Agora é manter o ritmo de preparação para as próximas competições."

Os outros sete brasileiros que lutaram nesta sexta não conseguiram chegar às disputas por pódio, mas foram guerreiros, encarando adversários de alto nível técnico. A jovem Jéssica Pereira (52kg) fazia uma luta equilibrada com a holandesa Miranda Wolfslag, mas acabou sofrendo o ippon em sua segunda disputa na competição. Na mesma categoria, Érika Miranda foi eliminada por apenas um shido em duelo equilibrado contra Darya Skrypnyk (BLR) nas oitavas. No ligeiro, Gabriela Chibana não resistiu à sul-coreana Bo Kyeong Jeong e Sarah Menezes foi superada pela israelense Shira Rishony. No 66kg, Ricardo Santos Jr começou bem, derrotando o georgeano Tornike Tatarashvili com um waza-ari, mas cedeu ao russo Yakub Shamilov. No peso leve feminino, Ketleyn Quadros fez confronto duro contra a finalista da categoria, Sumiya Dorjsuren (MGL), mas acabou sofrendo um ippon. 

No sábado, 21, mais sete judocas brasileiros entrarão no tatame: Mariana Silva (63kg), Danielle Karla Oliveira (63kg), Bárbara Timo (70kg), Alex Pombo (73kg), Marcelo Contini (73kg), Leandro Guilheiro (81kg) e Felipe Costa (81kg). No domingo, fechando a participação brasileira na competição alemã, Samanta Soares (78kg), Rochele Nunes (+78kg), Eduardo Bettoni (90kg), Luciano Corrêa (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Walter Santos (+100kg).

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

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