quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Blog do Rogério Sampaio: Estamos entre os melhores, mas a meta tem que ser chegar ao topo


O judô brasileiro chega ao final do ano de 2012 com muitos motivos para comemorar. Tivemos uma excelente participação nos Jogos Olímpicos de Londres, alcançamos quase todos os objetivos traçados e, no último final de semana, em Salvador, conquistamos duas medalhas de bronze no Campeonato Mundial Por Equipes. Este foi um dos melhores anos da história do nosso judô!

A leitura que eu faço desse Mundial Por Equipes é que nós, esse ano, cosolidamos nossa posição entre os melhores do mundo, de maneira inconteste. Vale ressaltar que a medalha de bronze no masculino ocorreu num momento em que a equipe brasileira estava desfalcada de dois dos seus atletas de maior destaque: os medalhistas olímpicos Leandro Guilheiro e Tiago Camilo, que foram bem substituídos.

Esses bons resultados aconteceram porque nossos atletas alcançaram um nível de excelência física e emocional. Na parte emocional, o equilíbrio foi alcançado também graças ao legado das gerações anteriores, que construíram a tradição vencedora do judô brasileiro. Do ponto de vista tático, estamos evoluindo muito e o mérito maior é do excelente trabalho da equipe de estrategismo da Confederação Brasileira de Judô.

Independente das conquistas, temos que ter em mente alvos maiores, como alcançar o topo. Para sermos os melhores do mundo, temos que continuar evoluindo, principalmente na parte técnica, e essa evolução tem que acontecer no mesmo nível que temos evoluído na parte física, emocional e tática.

A evolução técnica é fundamental para que possamos dar um salto e nos colocarmos ao lado de França e Japão, que ainda estão na nossa frente. Essa melhora técnica depende desde os professores que fazem o trabalho de iniciação ao judô, passando aos que fazem a iniciação à competição, até chegar aos próprios atletas da seleção brasileira.

A evolução técnica é feita ao longo de toda a carreira de um atleta. Mesmo depois de chegar à elite do judô nacional, o atleta precisa continuar criando novas opções, novos recursos técnicos. É preciso melhorar a postura, a movimentação, as técnicas de pegada. É preciso aprender a trabalhar com ação e reação do adversário. Isso é o que vai garantir que um judoca seja um dos melhores do mundo.

O judô brasileiro consolidou-se entre os melhores do mundo, mas temos que começar a focar em sermos os melhores do mundo, o que hoje não é mais uma utopia. Conquistamos uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres e temos chances reais de chegar a três ouros no Rio de Janeiro, em 2016. Mas, para isso, é preciso continuar evoluindo.


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