quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rivalidade entre Brasil e Japão se acirra para Mundial


Sem fugir à tradição, boa parte da equipe japonesa inscrita no Mundial de Judô por Equipes - que acontece na capital baiana no próximo final de semana, 27 e 28 - chegou muda e saiu calada do Aeroporto de Salvador. Mas os poucos atletas que falaram com a reportagem de A TARDE, na segunda, 22, provocaram reação em cadeia nos rivais brasileiros, cujo voo chegou na cidade duas horas depois.

"Viemos de muito longe para vencer e não queremos nada menos do que a medalha de ouro", respondeu, rapidamente, Masashi Nishiyama, ao ser indagado se aceitava o favoritismo absoluto dos japoneses na competição. A série de lutas no sistema mata-mata será disputada sábado (feminino) e domingo (masculino), no Grand Hotel Stella Maris, no bairro de mesmo nome.

Aos 27 anos, Nishiyama vem de bronze olímpico, em Londres, pela categoria até 90 kg. Já familiarizado com o calor de Salvador, em 2010 ele foi campeão por equipes da Copa do Mundo.

O Brasil só entrou em cena quando Nishiyama foi convidado a apontar um adversário à altura da potência japonesa. "Brasil é o mais forte. Por estar em casa, vai dar muito trabalho", disse o judoca, antes de deixar o saguão do aeroporto.

Também bronze em Londres, na categoria mais de 100 kg, Rafael Silva saiu em defesa dos brasucas: "O Japão veio com um time forte. É uma escola que tem tradição, mas o Brasil tem a vantagem de lutar em casa".

Maria Suelen, mais ousada, disse que está torcendo para pegar no tatame a japonesa Mai Tateyama, pela categoria mais de 78 kg. "Pode escrever aí que nós vamos vencê-las em casa", disparou a brasileira, ao saber que a rival concorda com o favoritismo a favor do Japão.
Convocado de última hora para substituir Leandro Guilheiro, o judoca Felipe Costa afirmou que estava treinando na expectativa de surgir uma chance como esta. "Espero fazer jus à convocação", desejou Costa, que entrou no lugar de Guilheiro por este estar se recuperando de uma cirurgia no ombro esquerdo, feita na semana passada. "Quanto ao favoritismo japonês, eu discordo. É um dos favoritos, como a Rússia, mas não o principal. Somos mais do que eles, por estarmos competindo em casa", contrapôs.

Outro integrante da equipe é o judoca Henrique Silva, um dos novatos, que revelou uma informação ótima para ele: "Posso dizer que faço parte do ciclo olímpico para o Rio-2016".

Por: Aurélio Lima - Portal A Tarde
Foto: Mila Cordeiro

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