quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ouro em Londres, Sarah Menezes dá exemplo e valoriza sua terra natal


No próximo domingo a maior conquista do judô feminino do Brasil completa exatos três meses. Foi em Londres, dia 28 de julho, que a piauiense Sarah Menezes derrotou a romena Alina Dumitru e conquistou a primeira medalha de ouro de uma mulher judoca em Jogos Olímpicos.

De lá para cá, muita coisa mudou. Entrevistas, compromissos com patrocinadores, Sarah virou garota-propaganda do judô brasileiro. Mas, uma coisa permanece intacta. Sarah se recusa a deixar Teresina, capital do Piauí.
A decisão não é de agora. Desde 2005, quando, com 15 anos, Sarah passou a integrar a seleção sênior, ela fez questão de não sair da terra natal.

Com o técnico Expedito Falcão, recebeu o apoio da Confederação Brasileira de Judô, com suporte de psicólogo, fisioterapeuta, médico, nutricionista. E o resultado veio. Hoje, ela divide os louros da fama com seus conterrâneos. “É muito importante valorizar nosso estado, nossa raiz. Teresina foi onde eu conheci o judô e eu levei todo mundo junto comigo. Tenho certeza que isso fez diferença”, diz a judoca, que contou com seu treinador na comissão técnica da seleção em Londres.

A repercussão da medalha despertou interesse em várias crianças de praticar o judô e Sarah sabe disso. Mas, para os piauienses, o efeito do ouro olímpico vai além do estímulo à prática esportiva. “O mais legal no geral foi para o povo piauiense, porque a auto-estima das pessoas de lá é muito baixa e a partir da medalha aumentou muito”, diz Sarah.

Para ela, além da atitude e convicção do atleta de respeitar e preservar suas origens, a estrutura disponível em cada cidade é decisiva para que exemplos como o dela  se repitam. Por isso, a campeã olímpica vê com bons olhos os projetos de centros de treinamento a serem construídos na Bahia e no Espírito Santo, além de iniciativas como o treinamento de campo das seleções de base, realizado no Maranhão, onde Sarah participou como palestrante.

Dúvida 
No sábado, quando acontece a disputa do Mundial feminino, Sarah entrará no tatame pela primeira vez para competir depois de Londres. Ou não. Como na competição por equipes não há a categoria até 48 quilos, Sarah está inscrita nos 52 quilos, onde a titular  é Érika Miranda.

Sarah ainda está conversando com a comissão técnica e o aproveitamento vai depender do sorteio das chaves e da pontuação do Brasil. “É uma categoria nova, com atletas fortes, vou sentir bastante diferença”, avisa ela. “Se for pra lutar eu luto, se não fico na arquibancada torcendo”, diz.

Mesmo sem preocupação com peso, já que está inscrita numa categoria quatro quilos mais pesada, Sarah não se arrisca na culinária baiana. “Não pode, tem que manter a concentração”, lamenta.

Por: Alan Rodrigues Correio 24 horas

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