Veja o que disseram os medalhistas brasileiros no Pan de Montreal.

Maria Suelen Altheman – bronze

 “Conquistar a vaga no peso pesado, uma categoria que não vai aos Jogos desde 2004 é muito especial. Treino em Santos com a Priscila Marques, que foi titular da seleção, e ela me ajuda muito. Conversamos sobre as adversárias. A vaga também é dela e das meninas da categoria”, diz Maria Suelen. “Vejo todos os dias a medalha de prata do Honorato em Sydney. Fica num quadro em casa. Ele me passa um pouco da experiência dele e vejo que o pódio olímpico é uma coisa perto de mim. Quando pergunto como lutar com japonesas e cubanas e ele fala: ‘é só segurar no quimono’. Isso me motiva”

Rafael Silva – ouro

“Estava precisando dessa vitória. O cubano estava engasgado. O segredo da vitória? Muito treino”, diz Rafael Silva. “Nesses três meses até os Jogos vou me concentrar bastante, sem pensar em resultado. Enfrentei a maioria dos meus adversários ao longo do ano e se fizer tudo certo vem coisa boa aí”, completa.

Mayra Aguiar – ouro

“Estou fazendo tudo certo. Agora é hora de preservar o corpo e se concentrar para os Jogos. A cada medalha que conquisto vejo que o sonho de subir ao pódio olímpico é real. Tenho que ficar tranquila”, comenta Mayra, que foi aos Jogos de Pequim 2008 com apenas 17 anos. “Mudou muita coisa de lá para cá. Amadureci bastante dentro e fora do tatame. A forma como encaro os treinos mudou”, avalia a líder do ranking mundial no meio-pesado.

Renan Nunes – ouro

“Não podia ter começado melhor minha participação em Campeonato Pan-Americanos. Foi com pé direito mesmo, ganhei tudo por ippon”, vibrou o gaúcho de 25 anos. “A luta mais tensa foi com o cubano, um judoca experiente e bem ranqueado, com medalha em mundial. Mas estudei bastante o jogo dele e cumpri a tática certinha”, conta Renan.

Maria Portela – ouro

“Assegurar a vaga olímpica ganhando o Pan e vencendo a cubana e a colombiana, sem dúvida, é uma motivação a mais”, afirma Maria Portela, que garantiu matematicamente a classificação para os Jogos de Londres com o resultado em Montreal. “A vaga foi suada e conquistada nos últimos meses do ciclo. Teve um sabor especial. Batalhei muito para isso. Todo o trabalho está sendo feito para eu dar um passo de cada vez. Ano passado fui prata perdendo para a cubana no Pan, agora ganhei. Em março medalhei em meu primeiro Grand Prix. Tudo me faz acreditar que estou no caminho certo e que no dia 1 de agosto o ‘bicho vai pegar’ em Londres”, conclui a gaúcha.

Eduardo Bettoni – bronze

“É diferente ganhar essa medalha. Foi minha primeira conquista internacional e agora quero buscar mais. São essas medalhas que movem o atleta. É o meu combustível. O sonho olímpico está vivo”, diz o atleta de 21 anos, já pensando nos Jogos do Rio, em 2016. “Vi que estou em um alto nível técnico e físico, falta mesmo experiência. Espero enfrentar o cubano de novo na disputa por equipes no domingo”, completa o atleta do Minas Tênis Clube, já querendo revanche sobre Ashley Gonzalez, um dos principais judocas do continente na categoria até 90kg.

Mariana Silva – bronze

“Missão cumprida. Sabia que conquistar uma medalha no Pan seria importante para a vaga olímpica mas procurei não pensar nisso, deixei acontecer”, resume Mariana Silva. “Agora não é mais sonho, é realidade olímpica. Quero ir a Londres não apenas para participar, quero fazer diferença para minha família e para o judô brasileiro”, conclui.

Leandro Guilheiro – ouro

“Queria chegar e sair do Pan como líder do ranking mundial e consegui. Tenho três meses para melhorar todos os aspectos do meu judô até as Olimpíadas”, afirma Leandro Guilheiro. “Até 2009 eu era um atleta com medalhas internacionais mas que nunca tinha ganhado um Pan. Isso era estranho. Com esse ouro já são quatro”, completa o judoca, que ganhou um em 2009, dois em 2011 (Campeonato e Jogos) e um em 2012.

Por: Manoela Penna - In Press Media Guide - CBJ

Foto: Marcio Rodrigues