terça-feira, 17 de abril de 2012

Pesquisadores determinam papel dos sistemas energéticos no judô.


O conhecimento sobre a contribuição dos diferentes sistemas energéticos do corpo humano no fornecimento da energia requerida por um atleta para a prática de um esporte pode contribuir para aprimorar seu treinamento e aumentar sua aptidão física.

Relativamente mais fácil de ser realizada com praticantes de esportes como ciclismo e corrida – cujos movimentos repetitivos e padronizados que fazem durante um treinamento ou competição podem ser reproduzidos em laboratório em equipamentos como bicicletas e esteiras ergométricas –, esse tipo de avaliação é mais complexa de ser feita com atletas de esportes cujos movimentos são imprevisíveis e dependem da ação de seus parceiros ou oponentes, como as artes marciais e os esportes coletivos.

Ao utilizar um equipamento portátil, que permite ao atleta se movimentar sem ter fios ligando-o a um computador, pesquisadores da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram determinar a contribuição dos diferentes sistemas energéticos durante o treinamento de judô.

Os resultados da pesquisa, realizada com apoio da FAPESP, foram publicados no Journal of Visualized Documents, de acesso aberto, que se autointitula o “primeiro videojornal científico”. E ganharam destaque no site da revista Science.

Os pesquisadores avaliaram por meio de um analisador de gases portátil e por telemetria, além de coletas de sangue para dosagem de lactato, a contribuição dos sistemas energéticos durante a execução de técnicas de braço, quadril e pernas utilizadas no judô para projeção do adversário na luta em pé, por cerca de 20 atletas de faixas marrom e preta que praticam o esporte há mais de dez anos e que participam de competições estaduais e nacionais.

As análises revelaram que a contribuição do sistema de fosfagênios (substratos estocados na musculatura e prontamente disponíveis para serem degradados e transferir energia para contração muscular) é crucial para os atletas. E que a participação do sistema aeróbio (que depende do consumo de oxigênio para converter alimento em energia) é maior do que o esperado.

“Quando se tem um melhor conhecimento do que ocorre com o atleta ao realizar determinadas ações em sua modalidade, é possível direcionar de maneira mais adequada o treinamento, realizando alguns ajustes fisiológicos e elaborando uma dieta específica para que ele atinja os objetivos almejados”, disse Emerson Franchini, professor da EEFE da USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

O pesquisador realizou doutorado com Bolsa da FAPESP e além de ser professor da USP também treina atletas da seleção brasileira de judô. Entre eles estão Leandro Guilheiro, medalhista olímpico e primeiro colocado no ranking internacional na categoria até 81 quilos; Tiago Camilo, sétimo no ranking até 90 quilos; e Rafael Silva, quarto colocado mundialmente na categoria acima de 100 quilos.

Clique aqui e confira a matéria na íntegra.


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